quinta-feira, 28 de maio de 2009

Diamantina sedia a sexta etapa do Circuito Mineiro de Trekking 2009

Acontece em Diamantina, no dia 06 de junho, sábado, a sexta etapa do Circuito Mineiro de Trekking 2009. A etapa será a primeira noturna do ano e conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Diamantina, da ADELTUR (Associação de Empresas ligadas ao turismo de Diamantina) e do Circuito dos Diamantes, que oferecem aos competidores e acompanhantes uma logística de transporte e hospedagens a preços especiais.

A arena para largada e chegada da prova será montada em um importante ponto turístico da cidade, o Mercado Municipal, antigo rancho dos tropeiros. Erguido em 1835, foi restaurado em 1997 e desde então abriga uma rica feira de alimentos e de artesanato que acontece nos finais de semana, além de um importante centro cultural. Inscrição e pagamento:

O competidor deverá fazer seu cadastro individual no site do Minas Trekking e no link CADASTRO preencher todos os dados solicitados. O competidor deverá fazer este cadastro apenas uma vez e atualizá-lo sempre que qualquer informação mudar. Após efetuar o login e clicar em inscrição individual, o boleto bancário será gerado automaticamente.

O competidor também poderá optar pelo procedimento antigo, através de email. Valor das inscrições: - R$ 40,00 - Até dia 05/06/2009 (horário bancário) - R$210,00 - p/ 6 pessoas - Até dia 05/06/2009 (horário bancário) - R$50,00 - À partir de 05/06/09 (depois horário bancário) Monte sua equipe e participe!

PROGRAMAÇÃO:

SABADO 06/06

9:00 horas - A arena para largada e chegada das equipes será montada a partir das 8:00 horas no famoso Mercado no centro histórico da cidade. Nossa sexta etapa marca o encerramento das comemorações do dia mundial do meio ambiente, e a maior obrigação como trekkeiros é a valorização e o cuidado com a natureza, algumas ações acontecerão com o objetivo de informar e conscientizar sobre a preservação do meio ambiente, desenvolvidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente através do projeto “DIAMANTINA BRILHANTE”, tudo com muita música ao vivo, comidas e petiscos comercializado pelos feirantes do mercado.

13:00hs – Chegada do segundo ônibus Check in na pousada Encontro na praça do mercado

18:00hs – Chegada do terceiro ônibus na Praça de Esportes (Av. Francisco Sá, 446)

19:00hs – Inicio Check in da prova – Praça do Mercado

20:00hs – Inicio das largadas das equipes

DOMINGO 07/06

9:00hs – Inicio Café no Beco / Local: Beco da Tecla e Rua da Quitanda - Centro histórico Todo domingo tem Café no Beco Assim é conhecido o animado evento que reúne a venda de artesanato e apresentações culturais, como o grupo fiel de músicos seresteiros. O Café no Beco já é ponto de encontro tradicional para o diamantinense, que recebe o turista com um agradável bate-papo acompanhado do tradicional cafezinho e chá da Canastra Local: Beco da Tecla e Rua da Quitanda - Centro histórico

10:00hs – Entrega das premiações no Café no Beco

Fonte: Prefeitura de Diamantina

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Raridade: Campanha publicitária da Chevrolet em Diamantina (1975)


Acabo de receber essa raridade do Prof. Wellington Gomes. Trata-se de um vídeo da campanha publictária da linha Chevrolet de 1975, gravado nas ruas de Diamantina. Possivelmente, algumas pessoas serão reconhecidas no vídeo, apesar de passados 34 anos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

As melhores e piores listas- parte II


A idéia de fazer listas tem gerado discussões interessantes. Dando continuidade ao arriscado exercício de classificar e selecionar coisas, tento listar abaixo 10 quitutes e guloseimas que devem ser apreciadas em Diamantina. Tarefa difícil, pois criatividade e mineridade não faltam. 

Se você tem alguma indicação, mande para nós. Teremos o maior prazer em experimentar e incluí-lo na lista.


1- Bambá do Garimpo do Chef Vandeka
2- Asinha recheada do BarZé
3- Bolinhos de Bacalhau do Henrique e Ana (Minas Brasil)
4- Cafezinho com Bolo de Fubá do Café Mineiro (Beco da Tecla)
5- Sanduíches de Falafel do Al Arabe
6- Torta de Chocolate do Espaço B
7- Os doces (Melancia ou Limão com doce de leite) da Pousada do Garimpo
8- A farofa de carne do mercado velho
9-  Pé-de-moleque com choccolate do Sr. Orázio (mercado velho)
10- Pirulito à moda antiga vendido nas ruas (foto).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As melhores e piores listas do mundo

Existe um site chamado "Lista  10" que se propõe a fazer as melhores e piores listas do mundo. Sempre com bom humor, você encontra a lista da 10 melhores fotos da semana, os melhores beijos do cinema, as maiores transações do futebol, os livros mais estranhos já publicados e assim por diante. 
A partir dessa idéia, vou tentar fazer algumas listas sobre Diamantina. Sem ordem de prioridade, abaixo tento listar dez sugestões para melhorar a cidade:

1- Tirar a cachorrada da rua. (nunca vi tanto cachorro solto!!!)
2- Cuidar das praças da cidade, principalmente o Largo Dom João
3- Acabar com o cartel dos preços dos combustíveis
4- Melhorar a  sinalização das ruas e pontos turísticos
5-Melhorar as condições das ruas e avenidas (nunca vi tanto buraco!!!)
6- Acabar com a poluição visual das placas de anúncio no centro histórico
7- Proteger e recuperar importantes construções ( Ex.: Tênis Clube, Hospício e outros)
8- Recuparar a linha de trem como opção turística (Diamantina-Barão)
9- Abrir uma sala de cinema
10- Tirar a fita zebrada (preta e amarela) da Vesperata

Crie sua liste e envie para o Passadiço: passadicovirtual@gmail.com

Comentário de leitor:

Texto: Gladistone Gripp

É uma lista e tanto! Ao atentarmos para ela podemos notar que a maioria das reivindicações possui um fundo comum: A necessidade de olharmos a nossa Cidade (qualquer cidade!)com o "olhar" da civis(latina)e da polis(grega): o olhar do cidadão!
E aí que reside a solução, pois a lista apresentada é caracterizada por reivindicações cidadãs, de pleno direito! Afinal, todos querem ver a sua cidade sem problemas. E pagamos por isso!
E aí entram 
 em discussão o civis e a polis: etimologicamente, o civis (civil), se refere ao cidadão, o habitante da cidade; e o caráter da polis, que é relativo à participação de todos no governo da cidade. 
Portanto a solução para nossas mazelas é, e sempre será 
política na sua verdadeira e esquecida acepção!
Diante disso, fico feliz por esse blog já tão rico e contributivo para "pensarmos"  Diamantina, colocar a mão na massa e chamar a todos os que o lêem para recuperarmos as tradições que plasmaram em Diamantina os valores que a tornaram conhecida como uma das cidades mais cultas do Brasil. E isso não se perdeu ainda! Portanto...


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Produção de vinhos em Diamantina

Recentemente ouvi a história sobre a produção de bons vinhos em Diamantina. Ao pesquisar sobre o assunto na internet acabei encontrando um blog muito interessante sobre a historiografia de Minas Gerais. Trata-se do excelente "Minas de História", desenvolvido pelo  professor Marcos Lobato Martins. Lá estão disponíveis ótimos textos sobre o passado mineiro. Entre as ricas informações encontrei algumas sobre a produção de vinhos no Espinhaço. 

"No início do século XX, a viticultura alcançou expressão econômica no município de Diamantina. Existiram diversos parreirais na sede municipal e nos distritos de Gouveia e Conselheiro Mata. A produção local de vinhos, tintos e brancos, rivalizou com a da cidade de Andradas, a maior produtora mineira. O governo do estado chegou a instalar em Diamantina uma Estação Experimental de Enologia, cujas atividades, todavia, não tiveram longa duração. A Igreja Católica e proprietários privados fabricaram vinhos artesanalmente, anunciaram seus produtos nos jornais da região e abasteceram o vasto território do Norte mineiro, empregando as tropas de burros para distribuir o vinho diamantinense. A crise de 1929 e medidas dos órgãos federais de saúde – que estipularam determinadas características para o vinho comercializado no país, como quantidade de açúcar e acidez – destruíram a viticultura e a vinicultura diamantinenses. Os produtores locais, sem maior capital para aprimoramento de suas lavouras (seleção e adaptação de novas variedades de uvas e melhorias nos processos de fabricação do vinho), além do ônus representado pela falta de crédito e infra-estrutura econômica na região, abandonaram o setor. Restaram, em algumas chácaras e quintais de Diamantina, parreiras que deliciaram familiares e vizinhos mais chegados."
Autor: Marcos Lobato Martins

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pelos trilhos da história - Parte II

O post sobre a antiga estrada de ferro, especialmente o trecho Diamantina-Barão de Guacuí, gerou uma boa discussão e vários comentários. Transcrevo abaixo um desses comentários devido ao seu rico conteúdo que nos leva a algumas reflexões importantes:

"Esse post nos permite iniciar uma longa e bela viagem pelos caminhos do "trem de ferro", marca indelével da Cultura Mineira. Destruídas que foram as estradas de ferro pelos interesses econômicos hegemônicos, digamos, "alienígenas”(sem xenofobias!), resta-nos as marcas do que foi, certamente, o meio de transporte mais utilizado por muitos brasileiros que a eles tiveram acesso, principalmente os de renda mais baixa. Fui um desses privilegiados (não pela renda, mas pelas viagens do trem!). Guardo com muita emoção as lembranças das viagens Caparaó-Carangola (Zona da Mata Mineira), no percurso pelas encostas das Serras do Caparaó (onde fica situado o Pico da Bandeira, com 2.890 m) e da Caianna. 

Sugiro a continuidade dos posts, seguindo o traçado do ramal que ligava Diamantina até Corinto, atravessando o Espinhaço, com sua paisagem singular.

E quem sabe, ampliando para Minas Gerais, que já possuiu uma das mais extensas malhas ferroviárias do Brasil.

Constata-se, atualmente, uma leve retomada do uso das ferrovias para transporte de passageiros, principalmente no setor turístico, sendo que o crescimento da rede se dá essencialmente no setor de transporte de cargas, o que não era sem tempo, considerando as dimensões continentais de nosso país. 

Sonho com a possibilidade de um dia poder reutilizar o trem como meio opcional de viagem, e reviver as experiências lúdicas, e por isso mesmo prazerosas, das vivências da infância/adolescência, quando ia e voltava pela Estrada de Ferro Leopoldina, com a parada obrigatória em Caianna, na casa de vovó Clarinda, que ficava aproximadamente no meio da viagem do percurso acima mencionado.

Impossível não concordar quanto à beleza que seria uma viagem de trem de Diamantina - B. do Guaicuí. Mas, por que não até Belo Horizonte, ou vice-versa? Fico analisando como são fortes os interesses da ind. automobilística! E isso num tempo de aquecimento global, quando cada automóvel, em média, despeja na atmosfera que respiramos cerca de 300g. de monóxido de carbono por cada quilometro rodado. Mais barato e menos poluente pela tonelagem de carga deslocada somente o feito por navios ou o transporte fluvial. Por falar nisso, no séc. XIX, o Richard Burton saiu de Sabará e foi até o Atlântico de barco. (Viagem de Canoa de Sabará ao Oceano Atlântico, Editora Itatiaia) Mas isso já é tema para mais um dedo de prosa, acompanhada, é claro por um cafezinho e um pedaço de queijo!"

Autor: Gladistone Gripp

domingo, 17 de maio de 2009

A importância de John Rose na arquitetura de Diamantina




Atualmente, pouquíssimas pessoas em Diamantina saberiam falar quem foi o arquiteto John Rose. Porém, sua interferência é marcante na paisagem da cidade. Sua obra prima é o principal cartão postal de Diamantina: o passadiço da Casa da Glória,  inspirada na "Ponte dos Suspiros" da cidade de Veneza (foto).  Além disso, foi responsável pela projeto de construção da Fábrica de Biribiri, a residência do Barão de Paraúna (atual Hospital Nossa Senhora da Saúde), o prédio do Seminário Episcopal, o conjunto de residências do "Pão de Santo Antônio", a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e muitos outros projetos de reforma.

Em um artigo muito interessante a pesquisadora Celina Borges Lemos da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais assim definiu o trabalho e a importância desse desconhecido personagem da história de Diamantina:

"John Rose, que era arquiteto, artífice e engenheiro mecânico e nasceu na região da Cornualha, Inglaterra, na primeira metade do século XIX. Em busca de uma nova vida, emigrou para Minas Gerais, no final dos anos quarenta daquele século, para trabalhar na Mineração Morro Velho, em Nova Lima. No início da década de sessenta, desligou-se da empresa e mudou-se para a região de Diamantina, quando se casou com Dona Manuela Rodrigues da Paixão. Tendo nascido no berço da Revolução Industrial e, ao mesmo tempo, das inovações técnicas e estéticas da engenharia e arquitetura, John Rose revelou, ao se casar com uma mulata brasileira, o seu ethos abolicionista."

" [  ] o arquiteto John Rose, apesar de ter permanecido apenas 28 anos na região, conduziu de forma inusitada as inovações técnicas e arquitetônicas do cenário local. Nesse contexto, como se verá a seguir, a arquitetura teve o seu percurso redefinido e a sua estética e o seu sentido reinventados. Ao lado disso, cumpre destacar os indícios da influência inglesa na postura do arquiteto, que a adaptou à estética colonial mineira. Conferiu modernidade ao cenário oitocentista."


sábado, 16 de maio de 2009

As estações de trem na região de Diamantina




A estação de Diamantina foi aberta em 1913 e ficava num nível muito alto (1.261 m) em relação ao ponto inicial do ramal, Corinto (607 m). Foi fechada na primeira metade dos anos 1970, com o ramal; os trilhos foram retirados não muito tempo depois. "Em 1998, quando estive em Diamantina, ainda existia por ali, mesmo já sem o ramal, um belo e antigo vagão de serviço com pessoas nele morando" (Pedro Paulo Resende, 12/2003). O prédio da antiga estação hoje serve como sede do Corpo de Bombeiros.

 A estação de Guinda foi aberta em 1913. A estação ficava no ponto mais alto do ramal (1.378 m). Era um pequeno estribo (parada).

 Na região a maioria das estações está preservada, aproveitada para repartições, bibliotecas, pequenos museus, como as do ramal de Diamantina, cujos trilhos foram criminosamente arrancados, inaproveitável então para o turismo ferroviário nascente. Rodeador, Conselheiro Mata, Diamantina, Santo Hipólito(Informação de Reinaldo Faria Tavares, Belo Horizonte, MG, 12/01/2004). A estação de Conselheiro Mata ainda está de pé em 2005. "O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público Federal assinaram com a prefeitura de Diamantina, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e com a Secretaria do Patrimônio da União um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pioneiro para a preservação da Estação Ferroviária do distrito de Conselheiro da Mata, no município de Diamantina - MG. O prédio da estação ferroviária foi inaugurado em 1911, na antiga linha da estrada de ferro Central do Brasil. O imóvel, reconhecido pelo Iphan como bem cultural, encontra-se em péssimo estado de conservação e necessita de intervenções urgentes para não desmoronar. A prefeitura de Diamantina, vendo a situação, procurou o MPMG e demonstrou interesse em assumir a estação ferroviária para instalar um centro de produção e exposição de artesanatos. Um TAC então foi firmado pelas partes interessadas, e, com a assinatura do acordo, a Secretaria do Patrimônio da União, por meio de sua gerência regional, assumiu a obrigação de entrar com processo administrativo para a transferência da guarda provisória e posteriormente a cessão definitiva do imóvel para o município de Diamantina. Já a prefeitura de Diamantina se comprometeu a executar, no prazo de 30 dias após a efetiva posse do imóvel, medidas emergenciais para preservar a integridade do bem cultural. E, depois de aprovado o projeto pelo Iphan, serão executadas as obras de restauração. O Iphan exercerá fiscalização e expedirá orientações e recomendações de natureza técnica para as intervenções necessárias à restauração, à manutenção, e à adequada destinação do imóvel" (Assessoria de Comunicação do Ministério Público de Minas Gerais - Núcleo de Imprensa, 11/2008).

Fonte: Site Estações Ferroviárias

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Agenda Cultural

Sexta-Feira -Dia 15/05/2009 

18:00h - Feira de artesanato, gastronomia típica e música ao

vivo. 

Local: Centro Cultural “David Ribeiro” (Mercado Velho)

Atração: Geraldo Roberto

            Samba Three Jazz 

21:00h – Seresta 

Local: Saída Praça JK

Atração: Grupo de Seresta do Conservatório Estadual de Música “Lobo de Mesquita”. 

Sábado- Dia 16/05/2009 
 

08:00h - Feira de artesanato, hortifrutigranjeiro e música ao vivo. 

Local: Centro Cultural “David Ribeiro” (Mercado Velho)

Atração: Grupo Forró Sertanejo 

21:00h – Vesperata 

Local: Rua da Quitanda

Atração: Banda Mirim Pref. Antônio de Carvalho Cruz

              Banda do 3º BPM 
 

Domingo- Dia 17/05/2009 
 

08:00h  Café no Beco. 

Local: Beco da Tecla

Atração: Músicos do Beco 

10:00h – Café com Retreta 

Local: Beco da Tecla

Atração: Banda Euterpe Diamantinense

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Pelos trilhos da história: Barão do Guacuí




De acordo com a Wikipédia, Josefino Vieira Machado, primeiro e único Barão de Guaicuí  foi um empresário brasielrio proprietário de diversas empresas, incluindo a Navegação do Rio das Velhas. Filho de Agostinho José Vieira Machado e Germana Leite Ferreira,  foi coronel  da guarda nacional e recebeu o título de barão em 19 de julho de 1879. 

O vilarejo de Barão de Guacuí, situado a 33km de Diamantina (9 km de terra), pertence ao município de Gouveia e pode ser considerado uma interessante opção de passeio, cheio de boas surpresas.

A primeira delas é o prédio da antiga estação ferroviária. O site das estações ferroviárias do Brasil descreve algumas características desse trecho:

O ramal de Diamantina, que alcançava esta cidade saindo da estação de Corinto, na Linha do Centro da EFCB, foi aberto entre os anos de 1910 e 1913 pela E. F. Vitória a Minas, que, depois, em 1923 o repassou à Central do Brasil. Ele funcionou até o início dos anos 1970, quando teve os trens de passageiros desativados. Oficialmente o trecho somente foi suprimido pela Refesa em 1994, mas segundo consta os trilhos já teriam sido arrancados antes disso.

A estação de Barão de Guaicuí foi aberta em 1913, com o nome de Baraúna. O nome foi alterado pouco tempo mais tarde para homenagear o empreendedor da navegação no rio das Velhas, Josephino Vieira Machado, Barão de Guaicuhy, antigo político local. poucos meses depois da estação terminal deDiamantina. A estação mudou de nome para Gouvea, localidade próxima, e voltou a se chamar Baraúna, para depois recuperar o nome de Barão de Guaicuí. O prédio atual também não é o original. As fotos abaixo mostram uma das trocas de nome. Foi fechada na primeira metade dos anos 1970, com o ramal; os trilhos foram retirados não muito tempo depois. "Barão do Guaicui é um excelente lugar. Era uma vila ferroviária, que praticamente desapareceu após a saida do trem. Hoje ali vivem uma meia dúzia de famílias, vivendo do garimpo. Eles precisam caminhar cerca de seis quilômetros até o asfalto para poderem ir a Diamantina satisfazer suas necessidades de civilizados. Por estrada são doze quilômetros até o asfalto. Na época do trem viviam ali mais de cem famílias, conforme apurei. A estação está intacta, como pode ver. Até parece que o trem saiu de lá ontem. Ainda há dormentes sobre a ponte que se situa logo depois, e o horário do último trem ainda está gravado no quadro negro, acredite se quiser." (Pedro Paulo Resende, 10/2003)

Outro atrativo interessante é a  Cachoeira do Barão, formada pelas águas do Capão, que percorrem trajetos entre pedras com uma queda d’água e duas laterais formando um poço.

Fonte: Estações Ferroviárias do Brasil.

Garimpando em Diamantina:molho do Ailton


Aqui vai uma dica para quem curte os prazeres da boa mesa: o molho do Ailton. Produzido de forma artesanal pelo maitre do Restaurante da Pousada do Garimpo, o molho combina bem com carnes, saladas e, principalmente com a autêntica comida mineira. Particularmente prefiro o condimento no famoso bambá do garimpo preparado pelo chef Vandeka.

Sempre atencioso, Ailton tem o maior orgulho de descrever as características do seu produto e sugerir outras combinações.

Para mais informações basta entrar em contato pelos telefones e e-mail do rótulo reproduzido acima.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Garimpando em Diamantina: bolinhos de bacalhau do Henrique e Ana

O objetivo era comprar apenas uma camisa, mas acabei encontrando uma preciosidade: os bolinhos de bacalhau do Henrique e da Ana. Os simpáticos proprietários da loja Minas Brasil em Diamantina nos oferecem deliciosos bolinhos de bacalhau com o verdadeiro sotaque português. De brinde, ainda fui presenteado com um belo CD de músicas de autoria do Henrique, violonista de alta qualidade.
Os preciosos acepipes podem ser encomendados pelo telefone (38) 3531-2608.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Denúncia: destruição na Serra do Espinhaço

Estão disponíveis no youtube dois vídeos que mostram os impactos do projeto da MMX na região do Serro e Conceição do Mato Dentro. Clique nos links abaixo e tire suas conclusões:

http://www.youtube.com/watch?v=kLxQjBsvQdo&feature=related


Um rico acervo histórico de Diamantina


Acabo de encontrar na internet um blog muito interessante sobre Diamantina. Desenvolvido pelo Sr. Gilberto Rocha, o Arraial do Tijuco (http://arraialdotijuco.blogspot.com/) é repleto de fotos antigas da cidade e de seus moradores. O rico acervo mostra personalidades, construções, manifestações culturais, turmas de escola, igrejas  e muitos outros aspectos do cotidiano, principalmente da primeira métade do século passado.

Parabéns ao Sr. Gilberto pela inciativa de compartilhar conosco um pouco dessa história. 

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Olhar sobre Diamantina




Estreando o novo espaço do blog  chamado "Olhar sobre Diamantina", publico acima as fotos do Bruno Taunay e Simone. São novos ângulos que registram as cores do pepalantus, os becos e a tradição religiosa da cidade. 
Mande suas fotos para o Passadiço Virtual: passadicovirtual@gmail.com 

Dia mundial de luta antimanicomial

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Agenda cultural do mês de maio



08/05 - Sexta-Feira

18:00 - Sexta Cultural  no Mercado Velho.

Feira de artesanato, gastronomia típica e música ao vivo

09/05 - Sábado

08:00h - Feira de artesanato, hortifrutigranjeiro e música ao vivo. - Mercado Velho

10/05 - Domingo

09:00h - Café no Beco no Beco da Tecla

Café com Retreta em Homenagem ao Dia das Mães

15/05 - Sexta - Feira 

18:00hs - Sexta Cultural  no Mercado Velho.

Feira de artesanato, gastronomia típica e música ao vivo

21:00hs - Seresta com o grupo de seresta do Conservatório Estadual Lobo de Mesquita

16/05 - Sábado

08:00h - Feira de Artesanato com música ao vivo - Mercado Velho

21:00h - Vesperata - Rua da Quitanda

17/05 - Domingo

09:00h - Café no Beco e Café com Retreta - Beco da Tecla

22/05 - Sexta-Feira

18:00 - Sexta Cultural  no Mercado Velho.

Feira de artesanato, gastronomia típica e música ao vivo

23/05 - Sábado

08:00h - Feira de artesanato, hortifrutigranjeiro e música ao vivo. - Mercado Velho

29/05 - Sexta-Feira

18:00hs - Sexta Cultural  no Mercado Velho.

Feira de artesanato, gastronomia típica e música ao vivo

21:00hs - Seresta com o grupo de seresta JK em Seresta

30/05 - Sábado

08:00h - Feira de Artesanato com música ao vivo - Mercado Velho

31/05 - Domingo

10:00hs - Cortejo Imperial da Festa do Divino

Fonte: Prefeitura de Diamantina

Linda foto: Fabiana Veloso, no Flickr 

Novo livro do Chico


Em seu novo e esperado romance "Leite Derramado" (Companhia das Letras, 2009), o cantor, compositor e escritor carioca Chico Buarque atinge o ponto alto de sua produção literária. Munido de prosa elegante, fluente e divertida, ele narra a saga dos Assumpção, família de elite liderada pelo moribundo Eulálio Montenegro d'Assumpção. De seu leito de morte, em meio a delírios e devaneios, o protagonista relembra sua vida. O ponto central é seu amor possessivo e egoísta pela mulata Matilde, uma garota incrivelmente desejável com quem Eulálio se casa e vive uma relação corroída pelo ciúme. Paralelamente, Eulálio narra a saga de sua família, uma sucessão de calhordas que desembarca no Brasil nos tempos da corte portuguesa e atravessa as décadas comandando negócios escusos, fazendo quase tudo fora da lei e exibindo truculência para levar vantagem em tudo. "Chico cutuca e devassa com olhar cortante as mazelas da vida brasileira: a desigualdade obscena; a promiscuidade público-privada; a subserviência colonizada; o preconceito velado pela cordialidade", aponta o cientista social Eduardo Gianetti em resenha do livro publicada na Folha de S.Paulo. O cenário da trama é o Rio de Janeiro e o enredo dá vida a objetos e lugares que habitam as lembranças do autor, como vitrolas, colégios para moças, ritmos de época e o futebol. 

terça-feira, 5 de maio de 2009

A voz do bronze


Texto: Djalma Corrêa

A percussão dos sinos.

Pouco se fala sobre esta forma percussiva que se instala no Brasil desde o seu descobrimento. Ela se faz presente na primeira missa rezada no Brasil (Porto Seguro 1500). Desde então em cada fortificação, igreja ou capela construída torna-se obrigatório a instalação de um ou mais sinos usados como meio de comunicação.

As invasões, revoltas, fugas, cerimônias festivas e religiosas, mortes e outros acontecimentos ao longo de nossa historia foram marcados pela presença sonora dos sinos, com seus toques dobres e repiques. 

A igreja estabeleceu de uma forma bastante vaga padrões a serem seguidos ao se tocar os sinos, alguns deles obedecidos até hoje. Um exemplo é o toque de aviso fúnebre, sempre realizado no dia do falecimento. O dobre dos sinos onde o badalo do sino menor responde em contratempo ao dobre do sino maior. Se o falecido for homem este sinal se repete 3 vezes e se mulher 2 vezes. 

São inúmeros toques diferenciados dos sinos, cada um com seu significado específico. Diversas variações e criações foram aparecendo na linguagem comunicativa dos bronzes que através dos sineiros noticiavam os acontecimentos locais. 

Um aspecto curioso e interessante é o de que por ser uma atividade física e às vezes árdua, coube ao escravo a função de tocar os sinos. Estes escravos guardavam em suas memórias células rítmicas que sempre foram tocadas pelo Gam (Agogô), instrumento sempre utilizado nos ritos religiosos Africanos(tipo de campânula metálica, primeira forma do sino). Por uma associação às vezes inconsciente estas células rítmicas de origem Africana foram sendo incorporadas ao toque dos sinos ou seja o toque do Agogô se ouvia no alto das torres. 

Em Cuba, Haiti, Porto Rico, Brasil e países onde a mão negra desempenhou esta função estas características rítmicas mostram-se claras diferenciando-se dos toques dos países onde não foram os escravos e seus descendentes os encarregados de repicar os sinos. 

Essa linguagem percussiva dos sinos, pode ser ouvida ainda hoje em várias cidades mineiras do ciclo do ouro como Ouro Preto, Mariana, Diamantina e São João Del Rei. 

Nesta ultima cidade é de se destacar a riqueza e criatividade dos toques e repiques, e o surgimento de novos sineiros. Estes jovens criaram uma série de repiques com características rítmicas lúdicas chamadas: 

Batucada- Repique alegre e festivo onde os badalos fazem uma verdadeira batucada. 

Batucada Franciscana- Variação da batucada comum com maior complexidade rítmica. 

Batuquinho- Semelhante ao repique da batucada sendo mais rápido e mais simplificado. 

Renovando e ao mesmo tempo mantendo a tradição da linguagem sineira os ritmos brasileiros são tocados nas torres das igrejas até hoje.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Diamantina desperta curiosidade de turistas na Europa



Se por acaso avistar uma placa indicativa citando a cidade histórica mineira de Diamantina ao passar pelas principais vias de acesso da comuna de Sangano, no Piemonte, província de Turim, Norte da Itália, não se assuste. Você está mesmo em território europeu. As placas foram instaladas este ano graças a um termo de irmandade assinado entre a cidade brasileira e a comuna italiana em outubro de 2008, durante evento Minas em Piemonte, promovido pelo Governo de Minas. Com base no documento, elas se tornaram oficialmente gêmeas por terem uma série de características semelhantes. 


A secretária de Turismo de Diamantina à época, Márcia Dayrrel, explicou que o processo de “gemellaggio”, como se chama em italiano essa irmandade, teve início em 2004. Um professor italiano, em visita a Minas, enumerou as semelhanças entre Diamantina - uma cidade histórica, cuja praça principal tem o nome de Conselheiro Mata e se distingue pela forte musicalidade. Já a comuna de Sangano, do outro lado do Atlântico, é uma localidade medieval, tem a Praça Pedro Matta e também é muito conhecida pela musicalidade. 

Diante de algumas semelhanças, a Prefeitura de Diamantina fez contato com Agnese Ugues (administradora da comuna), para formalizarem a irmandade. O então prefeito de Diamantina, Gustavo Botelho, sancionou Lei Municipal que trata do assunto, em 2006. Em Sangano, o “gemellaggio”, foi autorizado em maio de 2008. Retribuindo a visita a Sangano, por ocasião do evento Minas em Piemonte, uma comissão de autoridades da comuna italiana esteve em Diamantina, em dezembro do ano passado, quando foi assinado o termo de irmandade por parte da cidade mineira. 

No decorrer da viagem a Minas, os italianos conheceram os atrativos turísticos, músicas e até escolas municipais. O objetivo do “gemellato” vai muito além da questão turística. A expectativa é de que, com isso, possam ser estreitados laços entre a cidade mineira e a comuna italiana, em vários setores – como a educação, por exemplo, já que há universidades nas duas localidades. 

Diamantina é destino indutor para turistas estrangeiros 

A cidade de Diamantina, a 298 km de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, está entre as quatro cidades mineiras escolhidas pelo Ministério do Turismo como destino indutor para o turismo internacional. Isso quer dizer que o município tem potencial e está preparado para atrair, receber e distribuir turistas estrangeiros para as demais cidades da região. A população estimada era de 44.238 habitantes, em 2004. 

A secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond, ressaltou que a iniciativa pode instigar a curiosidade dos italianos e promover o interesse em conhecer Minas Gerais. “O povo daquela região italiana, assim como o mineiro, é hospitaleiro e cordial. Minas e província de Piemonte estão situadas entre as montanhas, com a possibilidade de oferta de produtos turísticos únicos, diferentes de sol e mar. São destinos onde a história, a cultura, a música, a gastronomia e as manifestações humanas apresentam- se nas mais variadas e variadas formas", disse a secretária.

Novos olhares sobre Diamantina
































Você tem alguma foto interessante de Diamantina? O Passadiço Virtual pretende divulgar aqui algumas fotos que nos dão um novo olhar para a cidade. Navegando no flickr selecionei algumas imagens interessantes que nos mostram novos ângulos e cores de Diamantina.

Mande sua foto para passadicovirtual@gmail.com

Fotos do Flickr : (Edy Luigi, Szeretlek, Fabiana Veloso,Glauco Umbelino, Rosa Flor, Carl OttersenMario Machado)