sábado, 31 de janeiro de 2009

Exposição de fotos de Assis Horta no Museu do Diamante

Imperdível. Não deixe de visitar a exposição fotográfica com os trabalho de Assis Horta no Museu do Diamante, até dia 28 de março, entrada franca. 

Segundo o jornal O Tempo, Assis Horta, 90 anos, foi fotógrafo dos idos tempos em que o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) - atual IPHAN - possuía verdadeiros artistas da fotografia espalhados por todo o país. Foi ele que proporcionou o título de Patrimônio Histórico Nacional, conferido à cidade em 1938.

Trazendo imagens de lavadeiras de assoalho, senhores do diamante, alto clero, ex-escravos, vendedores, militares, funileiros, garimpeiros, seresteiros, tecelãs, dos cortejos, funerais, folguedos carnavalescos, residências, comércios, repartições públicas, igrejas e a força documental da sociedade diamantinense do início do século XX, a exposição garante a memória de tempos distantes.

Fonte: Jornal O Tempo

O mascarado


Ele geralmente surge nas manhãs de domingo. Todo vestido de preto, botas, capa e uma máscara. Seria uma intervenção teatral ou maluquice? Não importa. Por onde passa, o mascarado de Diamantina nos traz um pouco do seu imaginário e da sua ludicidade. Crianças, portas, jornais, placas, veículos, papéis e até mesmo os cachorros são motivos para a sua retórica inflamada. Na verdade, acredito que ele seja um super-herói que veio nos salvar do lugar-comum e do cotidiano. O fotógrafo Hugo Carneiro conseguiu captar muito bem um desses momentos.
Posted by Picasa

Ruas, buracos e cachorros

Dois aspectos me chamam a atenção quando ando por Diamantina, seja a pé ou de carro: a grande quantidade de buracos e cachorros que encontro nas ruas. Sinceramente, não entendo como uma cidade que tem esse grande potencial turístico pode receber seus visitantes com uma rua de acesso tão esburacada. Imagino o que deve passar pela cabeça do visitante, após percorrer longas distâncias, ansioso para chegar e conhecer as belezas da cidade, quando se depara com uma entrada da cidade em tão precárias condições. Para os moradores, então, essa situação é inadimissível. Trabalhadores, comerciantes, estudantes têm que conviver diariamente com essa situação. Prejuízo e insegurança para todos.

Em relação aos cachorros a situação também é preocupante. Experimente caminhar pelas ruas e repare o grande número de cães soltos que você irá encontrar. Não tenho nada contra os cães, mas sim contra os problemas ocasionados por esses animais que perambulam pela cidade ocasionando uma séries de inconvenientes: fezes pelo chão, possibilidade de ataques, risco de transmissão de doenças e outros.

Enfim, você deve estar se perguntando sobre a relação dessa foto com o assunto dest post. Como estou falando sobre as ruas, imagine um lugar em que a rua principal é um grande gramado. Esse lugar existe. Fica em Bonsucesso, aproximadamente 20 km de Diamantina.
Posted by Picasa

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Garimpando em Diamantina: Treliça

Um dos lugares com a maior densidade de criatividade e bom gosto de Diamantina. A pequena loja das simpáticas Sâmia e Ciça é um jóia a ser garimpada. Lá estão pequenos enfeites para casa, presentes, utensílios e outros mimos criativos com a influência do autêntico e rico artesanato do Vale do Jequitonhonha. 

A obra de Oscar Niemeyer em Diamantina

Consultando o site oficial do arquiteto Oscar Niemeyer podemos encontar a relação dos seus principais projetos. Entre eles estão quatro projetos relacionados com Diamantina:



Diamantina Tênis Clube - 1950
Escola Júlia Kubstcheck - 1951
Hotel Tijuco - 1951
Estação do Aeroporto de Diamantina - 1954


O hotel e a escola estão vivos, cumprindo a sua função e fazem parte da vida e da paisagem da cidade.  Infelizmente, não podemos dizer o mesmo do Diamantina Tênis Clube. Uma construção com marcante traço do nosso maior arquiteto está está totalmente descuidado, sujo e desvalorizado.  Até quando?

Sobre a Estação do Aeroporto não tenho nenhuma informação. Caso alguém possa nos ajudar, o Passadiço Virtual se compromete a publicar aqui.

Minha vida de menina: o filme e o livro

Duas dicas interessantes para quem quer conhecer um pouco sobre o cotidiano de Diamantina no final do século XIX. Tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, Helena Morley começa a escrever o seu diário, que nos revela seu universo e um país que adolesce com a menina. É nesse diário que Helena debocha e desmascara as pretensas virtudes alheias. Adolescente de ascendência inglesa, Helena vive na remota cidade de Diamantina em Minas Gerais, símbolo da era de mineração agora em franca decadência. Em um momento crítico de sua vida, ela briga para estabelecer sua liberdade e individualidade. Procurando com sofreguidão não perder uma infantil alegria de viver, e reinventando o mundo à sua maneira, Helena Morley é o diamante mais raro de Diamantina.

Minha vida de menina é um diário escrito pela brasileira Helena Morley, publicado pela primeira vez em 1942. O livro traça uma margem entre a história provinciana de Diamantina dos finais do século XIX e as peripécias da infância e adolescência da autora, antecipando a moda dos contos e histórias do quotidiano das jovens nas regiões do interior do país.

As cores das ruas de Diamantina


Fim de tarde, esse é o meu horário preferido para caminhar pelas ruas de Diamantina. Sem dúvidas, é o melhor horário para perceber suas luzes e suas sombras. As duas fotos acima nos mostram essa beleza, esse encantamento. Os fotógrafos Ricardo Beviláqua e Franco foram capazes de captar essas cores com extrema sensibilidade. Sempre que passo pelos locais fotografados imagino como eles conseguiram perceber a beleza daquele instante. É preciso nunca perder esse encantamento e o deslumbramento dessas ruas, por mais que o cotidiano nos leve a nos acostumar com essas paisagens.

Visite o flickr para ver mais fotos de Diamantina