terça-feira, 21 de abril de 2009

O apogeu e a decadência econômica de Diamantina (1870-1930)

Acabo de ler o artigo do professor Marcos Lobato Martins que aborda o desenvolvimento insdustrial de Diamantina  entre 1870 e 1930. O texto muito bem escrito retrata as diferentes fases do desenvolvimento econômico da cidade no período e relata alguns aspectos curiosos sobre a intensa agitação urbana. 

Recomendo a leitura do artigo na íntegra para aqueles que desejam conhecer um pouco mais da história da cidade e os reflexos desse passado na cidade atual. Para acessar o texto completo basta clicar aqui.

Transcrevo abaixo alguns trechos interessantes:

"Na década de 1840, uma população estimada em cerca de 150 mil habitantes vivia direta ou indiretamente da exploração de diamantes (Filho, 1957). O município de Diamantina – o Tijuco fora elevado à condição de vila em 1831 e sua primeira Câmara Municipal instalada em 1832 – consumia a produção agrícola do município do Serro e parte das exportações dos municípios de Formigas (Montes Claros), Curvelo e Minas Novas. Conforme Joaquim Felício dos Santos, o desimpedimento das lavras atraiu grande quantidade de pessoas para a região em torno de Diamantina, em razão das notícias sobre a quantidade expressiva de diamantes extraídos nas décadas de 1830 e 1840. Os dados disponíveis para a população do Distrito da Cidade de Diamantina corroboram esse ponto de vista. Em 1832-40, Diamantina contava com 12.354 moradores; em 1856, eram 17.000 moradores; em 1872, 19.910 habitantes; em 1890, a população alcançou 30.412 habitantes."

"Em decorrência das transformações econômicas que o município experimentava, Diamantina vivia na década de 1890 a euforia da “belle époque”: possuía iluminação a querosene, abastecimento de água potável, calçamento nas ruas centrais, o Teatro Santa Isabel, biblioteca pública, diversas bandas de música e grêmios literários, um parque municipal no largo da Cavalhada Velha. Eram muitos os saraus realizados nas casas das famílias de destaque e, nas primeiras décadas do século XX, a cidade chegou a ter salão de boliche, pista de patinação, dois cinemas, loja de aluguel de bicicletas, clubes recreativos."

"Os relatos de época mencionavam enfaticamente o luxo e a diversidade das casas comerciais da cidade de Diamantina. As tropas, às vezes de cem burros, chegava m quase diariamente ao Mercado Municipal trazendo mercadorias diversas, principalmente os “gêneros da terra”. Diamantina encheu-se de lojas e armazéns semelhantes, no aspecto, aos do Rio de Janeiro, a capital do Império."

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