Três policiais guardavam os portões onde um grupo de curiosos, incluindo o prefeito, acompanhava o trabalho dos dois especialistas em medicina forense. Com passagem pelo FBI, eles retiravam uma ossada da tumba 24 do cemitério da Igreja de São Francisco de Assis.
A cena parecia um episódio de uma série policial, mas o grito de "ação" partiu do produtor e fotógrafo brasileiro Jacques Dequeker, que filmava as primeiras cenas do documentário "A Rainha das Américas", na cidade colonial de Diamantina, em Minas.
Com direção da atriz Zezé Motta, o filme deve ser lançado em 2017. O tempo de produção é proporcional à megalomania: a ideia é jogar luz sobre Chica da Silva (1731/32-1796), uma das figuras mais enigmáticas da cultura brasileira.
Imortalizada por adaptações em novela e filme do livro "Xica da Siva" (1976), de João Felício dos Santos, a escrava forra e primeira negra a assumir uma posição de destaque na elite do país não tem rosto nem corpo pela falta de pinturas fidedignas.
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