Fonte: G1 (clique aqui)
A Polícia Civil em Diamantia, na Região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, investiga denúncias de que um padre do distrito de São João da Chapada teria cometido abusos sexuais contra adolescentes. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Kíria Orlandi, até o momento, dois jovens foram identificados como vítimas.
O nome do padre não foi revelado porque o processo corre em segredo de Justiça. Segundo a delegada, ele trabalhava no Centro Comunitário Infantil Padre Romano Merten, na cidade, mas está afastado de suas atividades. A reportagem do G1 entrou em contato com a casa paroquial onde o suspeito mora e uma mulher informou que o padre estava em Belo Horizonte.
Segundo o inquérito, os crimes sexuais teriam sido cometidos desde 2013. As primeiras denúncias, conforme a delegada, chegaram à polícia em outubro de 2015.
A delegada Kíria Orlandi informou que, logo após as acusações, um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça apreendeu mídias como hardware e pen-drive, que foram encaminhados para o Instituto de Criminalística, em Belo Horizonte, onde estão sendo analisados. Conforme Kíria, ainda não há resultado de que haja conteúdo pornográfico no material recolhido.
A delegada explicou que, em janeiro deste ano, um dos adolescentes que seria vítima de abuso sexual foi ouvido e indicou o padre como suspeito. A polícia fez à Justiça um pedido de prisão preventiva, que foi negado. Contudo, medidas cautelares de afastamento foram definidas.
De acordo com determinação judicial, o padre foi obrigado a se manter afastado do Centro Comunitário Infantil Padre Romano Merten, das vítimas e das testemunhas; não pode deixar a cidade sem a autorização da Justiça e deve se recolher das 20h às 6h – inclusive nos fins de semana.
“Se ele descumprir qualquer uma das medidas cautelares, vai ser decretada a prisão preventiva dele”, disse Kíria. Ainda segundo a delegada, antes de o padre ser transferido para Minas Gerais, houve outras denúncias de crimes sexuais envolvendo o religioso no Sul do Brasil, mas que não foram investigados.
Uma funcionária da Arquidiocese de Diamantina, que pediu para não ser identificada, disse que instituição foi pega de surpresa pela notícia e que o arcebispo metropolitano da cidade, dom João Bosco Óliver de Faria, se manifestaria somente quando a instituição fosse notificada oficialmente.
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