O chão de barro rachado é a miséria lembrando como a monocultura de eucalipto matou a agricultura familiar por ali. Ironicamente, o mesmo barro virou matéria-prima da cerâmica, moldada pacientemente por mulheres que criaram uma cultura e um trabalho para contrariar a imposição da fome. Nesse retrato doído e longínquo do Vale do Jequitinhonha, o fotógrafo paulistano Maurício Nahas foi registrar de perto rostos, mãos, olhares, desilusões e mudanças na cultura dos moradores de um lugar conhecido como “Vale da Miséria”. O resultado está no livro, na exposição fotográfica e no documentário reunidos no amplo projeto “do Pó da Terra”, que ele apresenta em bate-papo amanhã, na Casa Fiat de Cultura, como convidado do Foto em Pauta.
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