domingo, 20 de dezembro de 2009

Maria de Diamantina?

Gravada por Milton Nascimento em 1970, a música "Maria três filhos" possivelmente tem alguma ligação com a cidade de Diamantina. Especula-se que a letra aborda a história de uma mulher negra octagenária que vivia na cidade e foi fonte de inspiração para Bituca e Fernando Brant. Será?

 Maria Três Filhos

Milton Nascimento e Fernando Brant

Negra voz de vela só
Numa igreja interior
Me falando de seu tempo
Conta a idade, conta o que restou

Onde os filhos que eu criei?
Vida presa no quintal
Me lembrando desse tempo
Vejo quem vem meu leito festejar

Três meninos nascendo no ventre negro
Sem cor
Meninos sentados no chão
Quem veio por eles buscar?

Hoje eu digo 83
Sem diamante, escravidão
Nem pergunto pelos filhos
Ligo o rádio, durmo no colchão.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Livro sobre José Mendonça é lançado em BH

Fonte: UAI

Na semana que vem, José Mendonça completa 92 anos. Como ele mesmo gosta de dizer, trabalhou a vida toda, de manhã, de tarde e de noite, e isso só lhe fez bem. Hoje, com a memória em forma, pode se orgulhar de uma história de vida construída na imprensa e na universidade. Parte dessas lições está no livro José Mendonça – A vida revelada, que será lançado nesta quinta-feira, na Biblioteca Pública, dentro do projeto Sempre um papo. Escrito pelos jornalistas Flávio Friche, Manoel Marcos Guimarães e pela pesquisadora Maria Auxiliadora de Faria, o livro é ao mesmo tempo história pessoal e retrato de época. Testemunha profissional de um período marcante da vida brasileira, José Mendonça fez do jornalismo uma barricada em defesa de valores éticos e democráticos, como demostram as dezenas de depoimentos que ajudam a compor o painel apresentado pelo livro.

O volume é dividido em três partes. Na primeira, de corte mais biográfico, é contada a história de vida de José Mendonça, de sua infância vivida em Diamantina, dos estudos no seminário, do gosto pelas línguas – entre elas o latim, da qual se tornaria tradutor – e da história. Em Belo Horizonte, ainda moço, começa a dar aulas para sobreviver, entrando em seguida no ofício ao qual entregaria sua vida: o jornalismo. As convicções católicas, profundamente plantadas no seminário de Diamantina, estarão presentes na militância no jornal O Diário, mais conhecido como Diário Católico.

A segunda parte trata exatamente do jornalismo. Os autores contextualizam a criação do jornal católico da Arquidiocese de Belo Horizonte dentro do horizonte político da época. Na avaliação de dom Cabral, faltava à Igreja um órgão que levasse à população a visão de mundo e de política da instituição. Desde a década de 1930, o diário cumpriu esse papel. José Mendonça trabalhou ao lado de nomes como Edgar da Matta Machado, Guilhermino César e Milton Amado, entre outros. O ofício de jornalista o levaria a assumir ainda a sucursal de O Globo em Minas, além de trabalhar como correspondente do grupo Folha, de São Paulo. São inúmeros os episódios onde a postura equilibrada de José Mendonça permitiu enfrentar as ameaças à liberdade de imprensa, nos períodos ditatoriais do Estado Novo e dos primeiros anos do regime militar instalado em 1964.

Ainda no âmbito do jornalismo, José Mendonça esteve presente na fundação do sindicato da categoria, do qual foi o segundo presidente. Na terceira seção do livro entra em cena o professor Mendonça, como ficou conhecido por várias gerações de jornalistas. Fundador do curso de jornalismo da Universidade Federal de Minas Gerais, ao lado de Anis José Leão e Adival Coelho de Araújo, trabalhou na universidade de 1962 até a aposentadoria compulsória, em 1992. Durante 30 anos trouxe para a UFMG as qualidades que o tornaram distinto no meio profissional: o saber profundo da língua, a visão ética do jornalismo, o conhecimento das humanidades. E, sobretudo, a mansidão de modos que não abrandava a determinação em termos de valores.

José Mendonça – A vida revelada
Lançamento quinta-feira, às 19h30, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, anexo Francisco Iglésias (Rua da Bahia, 1.889, 2º andar, sala de cursos. Informações: (31) 3261-1501 ouwww.sempreumpapo.com.br.

Diamantina na visão das crianças

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Diamantina se destaca na geração de empregos em Minas Gerais

Fonte: Agência Minas

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou nesta quarta-feira (16), em Brasília, os números de empregos formais relativos a novembro, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Durante os 11 primeiros meses deste ano foram criados 140.370 empregos formais em Minas Gerais, o que significa uma variação positiva de 4,11%. O resultado, em valores absolutos, foi o segundo melhor do país, superado apenas pelo estado de São Paulo. O levantamento revela que, em novembro, o Estado também registrou saldo positivo de 24.979 vagas contra 15.898 vagas em outubro.

Até o mês de novembro, o maior percentual de contrações foi da construção civil com uma variação de 10,04%, ou seja, foram criados 27.038 empregos no setor. Em números absolutos, no entanto, o setor de serviços liderou as contratações, com um saldo de 55.594 e percentual de 4,49%, seguido pelo comércio, que em novembro foi o setor que mais contratou, empregando 13.838 pessoas, com alta de 1,83%, enquanto no ano o setor comercial foi responsável pelo emprego de 31.663 pessoas e um crescimento de 4,31%. Mais uma vez, em novembro, a agropecuária apresentou queda de 1,01, com a demissão de 2.978 trabalhadores. No ano, no entanto, sua variação foi positiva com crescimento de 2,14% e contratação de 5.968 pessoas.

Os números do Caged indicam que em 12 meses a variação foi de 1,54%, com a criação de 52.308 empregos. Neste período, o principal setor responsável pelo crescimento foi o comércio, que contratou 30.839 pessoas, representando uma alta de 4,27%. O segundo setor que mais contratou de novembro de 2008 a novembro de 2009 foi o de serviços. A variação foi de mais 3,51%, com a admissão de 42.091 trabalhadores. A construção civil ocupa o terceiro lugar, com variação de 2,45%, e geração de 6.790 empregos.

O ritmo de crescimento da economia mineira em 12 meses não foi melhor, porque uma atividade importante como a agropecuária sofreu queda de 3,47%, ou seja, demitiu 10.548 pessoas. A segunda maior baixa foi registrada pela indústria de transformação, com a variação negativa de 2,25%, ou seja, 17.422 pessoas ficaram desempregadas no período. O subsetor que mais caiu foi o metalúrgico, com um índice de menos 6,03%.

Regiões

Das 27 Unidades da Federação, 25 apresentaram crescimento no nível de emprego, com resultados recordes em 17 delas. As Regiões Sudeste (124.362), Sul (59.601), Nordeste (55.134) e Norte (8.589) registraram desempenho recorde para o período. Na Região Centro-Oeste registrou-se recuo de 991 postos, por motivos sazonais negativos relacionados ao agronegócio, inclusive Agricultura, que fechou 6.994 postos.

O conjunto das nove áreas metropolitanas registrou desempenho recorde de empregos, com 125.355 postos, resultante da geração recorde em todos os aglomerados urbanos. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) acusou acréscimo de 10.591 empregos formais, crescimento de 0,78%, sendo o melhor desempenho de toda a série histórica do Caged para o período.

No interior de Minas Gerais foram gerados 76.645 postos de trabalho. Entre os dez primeiros municípios com maior taxa de expansão do nível de emprego no ano estão Brasília de Minas (25,73%), Nova Serrana (21,83%), Salinas (21,29%), Minas Novas (18,14%), Diamantina (11,77%), Formiga (9,97%) Espinosa (9,96%) João Pinheiro (9,93%), Caeté (9,05%) e Bom Despacho (8,15%).

No mês de novembro foram criados 246.695 mil novos empregos no Brasil, recorde histórico para o período, segundo dados do Caged. O número é o dobro do recorde anterior, de novembro de 2007, quando foram abertos 124.554 postos de trabalho formal no país. Ao longo do ano, foram gerados 1.410.302 empregos. Cinco dos oito grandes setores de atividade econômica apresentaram saldo recorde, incluindo seis subsetores da indústria de transformação.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Concerto de Natal

Fonte: Prefeitura de Diamantina

A Prefeitura de Diamantina convida toda a comunidade para o Concerto de Natal com a Banda de Música do 3ª Batalhão de Policia Militar, neste domingo, às 20h30 na Catedral Metropolitana.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vote na nossa enquete

Disponibilizamos na barra lateral do Passadiço Virtual  uma enquete para avaliarmos o primeiro ano da atual gestão da Prefeitura de Diamantina.  Depois de uma  campanha  eleitoral vitoriosa baseada principalmente na palavra MUDANÇA, o desempenho da atual gestão vem sendo alvo de acalorados debates nas ruas e mesas da cidade. Apesar de avanços na área cultural e social, muitas são as críticas ao executivo diamantinense, principalmente em relação aos aspectos da regulação urbana.

Você está convidado a participar dessa discussão democrática. Deixe um comentário ou registre seu voto na enquete ao lado. Viva a democracia!!!

domingo, 13 de dezembro de 2009

"Causos" de Minas

Autoria: Tadeu Martins

"O cara lá da roça foi levar a mulher ao médico. O doutor constatou pneumonia aguda e receitou alguns remédios, mas a mulher não resistiu e morreu. Um dia na feira o médico encontrou com o caboclo:
- Como está passando sua mulher? Melhorou?
- Ela morreu, dotô...
- Mas como? Ela tomou direitinho todos os remédios que eu mediquei? Como foi que isso aconteceu?
Vendo a preocupação do médico, o caboclo quis consola-lo:
- Preocupa não doto. Ela fez tudo direitinho como o senhô mando. Inté, quando ela tava morrendo, ela já tava até melhorzinha".

Dicionário Jequitinhonhês

Fonte: o excelente Onhas.com.br

A língua portuguesa possui grandes variações de acordo com a região, profissão, idade, dentre outras. Desta forma, reunimos gírias, jargões, neologismos e expressões regionais que são pronunciadas pelo povo do Vale do Jequitinhonha.

A
Agavios: apetrechos, coisas, armas e implementos destinados ao seu porte (vales dos rios Jequitinhonha e Mucuri).
A lassavem: muito à vontade. Diz se de crianças quando não se preocupam com xingos e fazem 'tudo'.
Apelinha: pessoa que se irrita fácil, quando alguém provoca.
Arredar: afastar.

B
Bafo: pessoa que aparece demais, ou algo que fez muita repercussão no sentido negativo.
Beira-mar: cantiga de canoeiros, ao compasso das vogas ou dos remos, no rio Jequitinhonha.
Belarmina: órgão genital feminino.
Bembeu: pessoa raquítica, mirrada; bezerro enjeitado.
Bestolado: sujeito bobo, de idéia fraca.
Biscate: trabalho de pouca monta, bico
Biscata: Mulher que não presta.
Bobajada: mesmo que bobeira
Boneco de cera: sujeito sem noção; pessoa fora da realidade.

C
Cacunda: costa. Ex: me pega na cacunda.
Cidibesta: se fazer de besta.
Caçota: nome de rã.
Caçoar: rir da cara do outro; ridicularizar.
Calundù: fazer manha; pirraçar; chorar a troco de algo.
Calopscita: mulher "sem - vergonha".
Canga Leitão: rasteira.
Catreva: Mulher que não presta.
Cazumba: rês morta em atoleiro; mordida de cobra; doença ou acidente.
Chuparinha: mulher que não presta.
Chupe - chupe: suco congelado em saco plástico. Conhecido como refresco.
Comporta: atenção que se dá a alguém: Eu fui lá, mas o compadre não me deu comporta.
Compromissado: pessoa que tem um compromisso; está namorando; casado.
Constipado: gripado.
Coxin: banco de bicicleta.
Curniche: órgão sexual feminino.

D

Difruço: resfriado.

E
Entrunfado: amuado, aborrecido, mal-humorado, emburrado.
Enrrabar: correr atrás de alguma coisa ou pessoa.
Escaderado: pessoa com dor na coluna.
Estriziado: magro, desbarrigado.

G
Galinhota: carrinho de mão.
Godelar: aproveitar de uma pessoa ou situação. Ir a algum lugar sem ser convidado.

I
Iapa: extremidade larga e chata do chicote, destinada a estimular a alimária.
Imperequetá: arrumar exageradamente (muita maquiagem, bijuterias, etc.).
Imundiça: sujo; imundo.
Injinhar: encolher. Quando alguém está encolhido (injinhado) de frio.
Inrrabar: correr atrás de outra pessoa ou animal.
Iscupi: cuspir.
Istoporar: quando alguém bebe algo quente, ou está em local quente e sair no vento istopora.

J
Jatium: mosquito da classe do transmissor de impaludismo; pernilongo.(Ver também Muriçoca).
Juncár: vomitar.

L
Lançar: vomitar.
Laquera: agitação, inquietação infantil.
Ligêro: rápido;
M
Mabaço: irmão gêmeo.
Malino: criança que apronta muito (que mexe com tudo que vê).
Malinar: fazer estripulia; mexer onde não deve. As crianças malinam.
Mondongo: alguma coisa amontoada (mais usado para monte de terra). Usa-se também falar mondonguim.
Muriçoca: pernilongo (Ver também Jatium).
Murundu: Pequeno monte de terra resultante geralmente da ação de cupins.
Musquiteiro: cortinado destinado a proteger a picada de pernilongo durante o sono.

P

Panavueiro: bagunça, confusão.
Patola: preguiçoso, moleirão.
Perequita ou priquita: órgão genital feminino.
Perrengue: adoecer; não se sentir bem.
Prato: o mesmo que um quilo e meio. Ex: me dá um prato (quilo e meio) de arroz.
Presepeiro: pessoa aparecida demais (que sempre faz palhaçadas).
Presseguida: órgão genital feminino.
Pocar: estourar.
Pongar: o mesmo que subir ou montar em algo. Ex: subir (pongar) na garupa de uma bicicleta.
Pixéu: órgão genital feminino (BAIXO JQEUITINHONHA). No médio é CARCARÁ.

R
Ranso: fedor.
Ribusar: Cobrir com cobertor.

S
Surão: aquele ou aquela que não "fica", "pega", paquera ninguém.
T
Tanja: maneira carinhosa de xingar alguém. Quer dizer mané, bobo, idiota.
Titirica: sujeira que fica grudada na pele.
Tunga: brincadeira de correr um atrás do outro. O mesmo que pega-pega.

U
Unzanzoto: Ex: nos conhecemos uns aos outros.

V
Varejera: Mulher que não presta.

Etimologia da palavra Jequitinhonha

Fonte: o excelente Onhas.com.br

Etimologia da palavra Jequitinhonha, encontrada no jornal A Voz do Serro, de 31 de janeiro de 1913.

"A despeito do estado em que se encontra, extraímos um trecho da matéria Indigenismos, do Serrano Pristino (Dario Augusto Ferreira da Silva), onde se vê a etimologia da palavra Jequitinhonha, a mais convincente das que vimos até o momento. Ele decompõe o nome do rio desta forma: jiqui-itá-hy-nhonha. Onde jiqui é jequi, armadilha para pegar peixes, ou "covo afunilado tecido de taquaras, o qual, cheio de iscas se lança no rio com o fim de se apanhar peixes vivos". O nome jequi, por sua vez, vem i-ique-i - "o em que se entra". Itá é partícula designativa de plural, que transforma jequi em jequis. Hy, que se pronuncia aspirado, mais para "ri" que para "i", significa rio, e nhonha é sumir. Logo Jequitinhonha é o rio em que os jequis somem, por estarem pesados com os peixes capturados. Esse significado concorda com a etimologia popular que formou o híbrido no jequi tem onha, onde onha é peixe, logo no jequi tem peixe."

Parágrafo do livro Serro e Serrania - O Vale dos Boqueirões volume 2, de Luís Santiago.

Força-tarefa vai recuperar estações de trem em Minas

Fonte: Uai

Locomotiva Maria Fumaça na estação ferroviária de Ouro Preto - (Pedro David/Esp.EM/D.A Press - 10/01/09)
O apito dos trens, o burburinho do entra e sai dos vagões, acenos de despedida e abraços de reencontro ficaram num passado distante de muitas cidades do interior de Minas depois da desativação dos trens de passageiros. Com o fim desses personagens célebres das Gerais, muitas estações foram condenadas ao abandono e à degradação. Mas a história do palco de chegadas e partidas das locomotivas que desafiaram as sinuosas montanhas para ligar lugarejos, cidades e pessoas de um ponto ao outro acaba de ganhar um novo capítulo.

A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, o Ministério Público Federal, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) firmaram termo de compromisso com cinco municípios mineiros para a proteção e a preservação dos bens ferroviários. As prefeituras terão prazo de quase dois anos para recuperar e dar uma destinação sociocultural às estações de Miguel Burnier (em Ouro Preto) e Lobo Leite (em Congonhas), ambas na Região Central, Campanha (Sul de Minas), Lassance (Norte) e Chiador (Zona da Mata).

As administrações assumiram a obrigação de fazer obras emergenciais e de restaurar os prédios. Até o início de abril, as prefeituras devem providenciar o tombamento dos imóveis em âmbito municipal e elaborar os projetos de restauração dos prédios, que serão apresentados ao Iphan. O instituto terá prazo de 90 dias, a partir da data de recebimento, para analisar os documentos. As restaurações deverão ocorrer em, no máximo, 12 meses, a contar da data de aprovação do projeto, com recursos dos municípios. A supervisão e a fiscalização das obras ficarão a cargo do Iphan, que deverá ainda expedir as orientações e recomendações de natureza técnica para as intervenções. Quem descumprir o acordo está sujeito a multa diária de um salário mínimo (R$ 465).

Minas Gerais tem 1,5 mil bens da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). A maioria, segundo o coordenador das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, está completamente abandonada. “As estações fizeram parte do cotidiano de muitas pessoas e foram largadas de forma abrupta. Ficou uma lacuna em vários locais. Muitos perderam a razão de ser com a retirada do transporte de passageiros, como as regiões de Barra Mansa (RJ), Lavras (Sul de Minas) e Miguel Burnier. Algumas povoações se transformaram em verdadeiras cidades fantasmas”, afirma.

Até agora, a responsabilidade sobre as estações foi transferida para 10 municípios. Há seis meses, foi assinado termo de compromisso também para a preservação de Mariano Procópio (distrito de Juiz de Fora, na Zona da Mata), Andrelândia (Sul de Minas), Conselheiro Mata (distrito de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha), Velho da Taipa (em Conceição do Pará, no Centro-Oeste do estado) e Uberaba (Triângulo). “O interessante é que não foi uma imposição. Todas as cidades que fazem parte do acordo quiseram e nos procuraram”, relata o promotor.
As cidades comemoram o repasse da gestão das estações às prefeituras. Em Congonhas, o processo de restauração da Lobo Leite promete ser simples, com a substituição de telhas e esquadrias, conserto de portas e janelas, uma vez que o imóvel não apresenta problemas estruturais, como trincas e rachaduras. O diretor de Patrimônio Histórico da cidade, Maurício Geraldo Vieira, ressalta a importância da iniciativa: “Reivindicávamos a estação havia muito tempo. É um espaço centralizado e chave para a prefeitura, que paga aluguel de posto de saúde e dos Correios. Queremos criar também um espaço no qual as pessoas podem ter cursos de dança e teatro, fazer uma horta e várias outras atividades que as façam se sentir parte desse patrimônio”, diz.

Depois de registrada no livro do tombo, a estação de Miguel Burnier vai integrar um importante conjunto ferroviário. O secretário de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano de Ouro Preto, Gabriel Gobbi, chama a atenção para o transporte. “No Brasil se discute muito a questão ferroviária e, por isso, é preciso pensar no meio ferroviário como algo maior no futuro. Além disso, é um bem cultural protegido e um local que pode ter alguma funcionalidade. Essas estações podem integrar um projeto com pontos de visitação cultural, no contexto da história do Brasil”, sugere.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Coral das lavadeiras do Jequitinhonha

As lavadeiras do Vale do Jequitinhonha, região situada à nordeste do Estado de Minas Gerais, são guardiãs de antigas canções – batuques, sambas, afoxés, frevos, rodas, modinhas e toadas – cuja origem já se perdeu na memória do tempo. São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, de influência africana, indígena e portuguesa. Eles revelam a mistura étnica que originou a rica música popular brasileira.

A história do Coral das Lavadeiras começou em 1991, a partir da construção de uma lavanderia comunitária no Bairro São Pedro, em Almenara, pelo ex-prefeito Roberto Magno. Incentivadas pelo cantor e pesquisador cultural Carlos Farias, elas passaram a cantar em grupo e criaram a ASLA – Associação Comunitária das Lavadeiras de Almenara, reunindo mais de cinqüenta mulheres. O trabalho teve logo uma ótima repercussão e elas começaram a participar de festivais na região e em outras cidades do Brasil.

Com a volta do compositor Carlos Farias a Belo Horizonte, em 1994, para cuidar da sua carreira musical, o coral passou a ser coordenado por Tânia Grace Almeida, que permaneceu com o grupo até 1998.

Em outubro de 1999 as lavadeiras tiveram a primeira experência em estúdio, ao participarem da gravação de um CD coletivo, em Teófilo Otoni, juntamente com outros grupos culturais do Vale do Jequitinhonha. Esse disco chama-se "Por Cima das Aroeiras" e ficou pronto no ano 2000.

Em 2002, com o lançamento do CD-Livro “Batukim Brasileiro – O Canto das Lavadeiras”, terceiro álbum de Carlos Farias, reunindo uma parte do repertório pesquisado, a música das lavadeiras cruzou as fronteiras do país e chegou à Europa. No período de 07 a 17 de março o coral participou do 3º FACR- Festival de Arte, Criatividade e Recreação, realizado na Ilha da Madeira, em Portugal. A apresentação do concerto “O Canto das Lavadeiras”, com Carlos Farias e banda de apoio, causou grande impacto no público e na mídia local.

Em 2003 o grupo fez várias apresentações pelo Brasil, com o patrocínio da Telemar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, lotando todos os teatros e espaços onde se apresentou. O emocionante espetáculo misturou elementos do teatro, dança, música e contação de histórias.

Em 2004 e 2005, além de participarem da Conexão Telemig Celular de Música, as lavadeiras e Carlos Farias iniciam a gravação de “AQUA – A Música das Lavadeiras do Jequitinhonha”, contando, novamente, com o patrocínio do Grupo Mod-Line. Este CD-livro ficou pronto em 2005 e resgatou outras canções de domínio público, numa edição primorosa, enriquecendo ainda mais o patrimônio musical brasileiro.

Em 2006 o grupo seguiu encantando o país com o espetáculo “Batendo Roupa, Cantando a Vida”, projeto que incluiu, ainda, a palestra/oficina “Conversa de Lavadeira” e a cerimônia de “bênção das águas”.

A arte das lavadeiras-cantoras do Rio Jequitinhonha vem despertando o interesse crescente do público, da imprensa e da crítica especializada. Várias reportagens foram divulgadas nos principais veículos de informação do país, com destaque para os programas Jornal Hoje (14/06/01) Mais Você (02/02/05) e Fantástico (05/02/06), todas da Rede Globo. Elas são um exemplo bem sucedido de inclusão social, através da arte.

Atualmente, cerca de trinta e nove mulheres ganham o seu sustento lavando roupas na lavanderia comunitária, em Almenara. Uma dezena delas participa do coral, que vem sendo considerado parte integrante do patrimônio cultural imaterial dessa instigante região de Minas.

Clique aqui para conhecer mais sobre esse belo trabalho

Asfaltamento de estrada beneficia turismo no Jequitinhonha

Fonte: Agência Minas

BELO HORIZONTE (04/12/09) - Com investimentos de cerca de R$ 61 milhões, a obra de asfaltamento do trecho de cerca de 60 km entre Serro, Milho Verde e Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, terá início neste mês, com previsão de entrega para março de 2011. O anúncio do asfaltamento foi feito pelo vice-governador Antonio Anastasia no início desta semana, durante viagem à região. A obra, viabilizada por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur/ NE II), contempla ainda a revitalização de três pontes no Córrego da Prata, Ribeirão do Inferno e Rio Jequitinhonha.

A secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond, destacou que o trecho terá o primeiro conceito de estrada turística do Estado. “É um projeto inovador que preserva as belezas naturais e históricas em uma região de extraordinária riqueza cultural e turística”, afirmou.

Turismo Local

Ainda na estrada que será pavimentada, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), em convênio com a Prefeitura de Diamantina, está construindo a Vila Real do Vau (foto), um projeto piloto que consiste em um posto especial de informação turística que terá a participação da comunidade local como divulgadora dos atrativos, hábitos e costumes da região.

Na opinião de Geraldo Macedo da Silva, prefeito de Diamantina, os benefícios para a cidade são imediatos. “Sem dúvida a obra colabora para que Diamantina se torne uma cidade indutora do turismo nacional e internacional. Por meio do acesso, há a integração com a comunidade e a qualidade do produto turístico é melhorada. Logo após o anúncio, tomei conhecimento de empresários querendo investir na cidade. São empreendedores que querem comprar terrenos para construir imóveis ou para a abertura de estabelecimentos comerciais”, destacou.

Para Bueno do Prado, presidente do Circuito Turístico dos Diamantes, os vilarejos próximos às cidades beneficiadas pela pavimentação também serão motivados pelo crescimento do turismo regional. “A facilidade do acesso permite a geração de emprego não só para o turismo, como também para o artesanato e para a agropecuária de todas as localidades próximas à Diamantina, Milho Verde e Serro. A pavimentação incentiva a região como um todo e o fluxo de turistas também tende a crescer”, afirmou.

Programa

O Prodetur/NE II é um programa de crédito para o setor público - estados e municípios -, criado a fim de possibilitar condições favoráveis à expansão da atividade turística e à melhoria da qualidade de vida das populações residentes nas áreas beneficiadas.

Em Minas Gerais, o programa abrange nove municípios do Vale do Jequitinhonha - Capelinha, Couto de Magalhães de Minas, Diamantina, Felício dos Santos, Itamarandiba, Minas Novas, São Gonçalo do Rio Preto, Serro e Turmalina. A Coordenação Executiva do Prodetur NE II é feita pela Setur, por meio da Superintendência de Estruturas do Turismo.

Investimentos

Financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e com a contrapartida dos governos estadual e federal (Ministério do Turismo), o Prodetur, entre 2006 e 2009, investiu em Minas Gerais R$ 50,6 milhões, sendo R$ 8 milhões do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos; R$ 15 milhões de recursos do Governo de Minas na reforma e modernização do Aeroporto de Diamantina; e, já em fase de conclusão, as obras de saneamento básico nos municípios de Serro e Diamantina receberam investimentos de cerca de R$ 27,6 milhões.

A Setur também está trabalhando na estruturação de parques, preservação ambiental e do patrimônio cultural da região, implantação de sinalização turística rodoviária, urbana e rural, elaboração de projetos para implantação de novos e modernos terminais rodoviários nos municípios de Diamantina e Serro, capacitação do profissional, do empresário e da comunidade para o turismo, melhoria da gestão dos municípios, dentre outros.

Ao todo, o Governo do Estado está investindo, por meio do Prodetur NE II, recursos da ordem de R$ 120 milhões, visando à efetiva inserção do Vale do Jequitinhonha no turismo nacional e internacional.

As obras para melhoria da infraestrutura têm a parceria do Instituto Estadual de Florestas (IEF),Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais (Deop), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru) e Copasa.

Há controvérsias, uai!

Recentemente, disponibilizamos um post  no passadiço virtual sobre a origem da expressão mineira "UAI".  Recebemos um comentário muito interessante que merece destaque e gera mais discussões. De acordo com o Saul, do bacana  micuim.org , sua origem é inglesa. Vejamos:

Uai, descobrir a verdadeira origem de palavras, expressões e ditados populares é realmente muito difícil. Sobre o nosso gostoso “uai”, a origem que conhecia era outra, registrada por Eduardo Marques (http://emarquesbh.blogspot.com/2008/02/estada-estadia-e-origem-do-uai.html):“A explicação é que quando a extração do ouro de aluvião, que era retirado dos rios na bateia, que era uma espécie de peneira, ficou muito complicada, os portugueses tiveram que achar alternativas e eles começaram a procurar no subsolo, ou seja em minas. Só que nossos colonizadores não tinham o conhecimento para isso, portanto, resolveram chamar os ingleses, que já haviam passado pelo processo da “Revolução Industrial”.

Os britânicos conheciam as máquinas, mas não conheciam o processo, dai a necessidade de fazerem mil e um questionamentos, “como” , “onde” e principalmente “porque”, então eles perguntavam muito “Why?” , só que a mineirada ouvia uai, e ai ficou uai.”

Curioso, descobri no Houaiss que, nos Açores, também se usa “uai”, com o significado de “ah” ou “Oh”. Não sei se lá havia tbém ingleses ou maçons… Quem sabe um dia a gente ainda descubra.

Masp realiza curso especial sobre Oscar Niemeyer

Fonte: Pini Web

Já estão abertas as inscrições para o curso "Oscar Niemeyer e a Arquitetura da Paisagem Brasileira", realizado pelo Masp (Museu de Arte de São Paulo). As aulas promovem um estudo crítico sobre a obra do arquiteto, analisando seus diferentes períodos.

O curso será ministrado pelo prof. Dr. Rodrigo Queiroz, arquiteto da FAUUSP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), com mestrado e doutorado sobre a obra de Oscar Niemeyer. As aulas tratarão dos temas Le Corbusier e o Brasil; Pavilhão do Brasil em Nova York e Pampulha; São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Diamantina; Museu de Arte de Caracas; Brasília; Europa e Argélia; Museu de Arte Contemporânea de Niterói e, por fim, Rebatimentos na arquitetura moderna e contemporânea no Brasil.

O curso será realizado entre a segunda semana de agosto de 2010 e a última de setembro do mesmo ano, todas as quintas-feiras, das 19h às 21h. O valor investido é de R$ 450 ou R$ 240 para estudantes, professores e aposentados. As inscrições devem ser feitas no próprio MASP para quem mora na capital paulista, ou solicitando a ficha de inscrição por email, para quem não está em São Paulo. Mais informações em: escola@masp.art.br ou pelo tel. (011) 3253-9663.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Origem da expressão mineira "UAI"

Fonte: descaradamente "furtado" do excelente blogdobanu

Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os in centivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Es tado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.

Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portu guesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica , recebiam os compa nheiros com as três batidas clássicas da Ma çonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é ? E os de fora respondiam : UAI - as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa se nha a porta seria aberta aos visitantes.

Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorpora ram ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem. Uai, sô!

II Encontro de Tamborzeiros do Rosário Vale do Jequitinhonha

Acontece nos dias 12 e 13 de dezembro, no Mercado Velho, o II Encontro de Tamborzeiros do Rosário Vale do Jequitinhonha, ocasião em que estarão congregando grupos dessa manifestação popular secularmente atuantes em nossa região. Estarão presentes grupos de Araçuaí, Virgem da Lapa, Chapada do Norte, Francisco Badaró e Minas Novas, oportunizando. O encontro tem como objetivo fortalecer essa tradição histórica, cultural, familiar e centenária, como também o de propor o registro desses grupos, no rol e na catalogação específica do Patrimônio Imaterial da cultura do Vale do Jequitinhonha e do território das Minas Gerais. A Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio é parceira do Grupo Cultural Semente do Vale na idealização desse 2º encontro.

Aureliano Lessa

Fontes: Wikepedia, Enciclopédia Itaú Cultural e Dicionário Cravo Albin

Aureliano José Lessa (1828-1861) (Diamantina, Minas Gerais, 1828Conceição do Serro,Minas Gerais, 21 de fevereiro de 1861) foi um poeta brasileiro da chamada segunda geração romântica (Ultra-Romântica,Byroniana ou "Mal-do-século") e amigo de Álvares de Azevedo e de Bernardo Guimarães, com os quais planejou, sem chegar a concretizar, a publicação de uma obra conjunta chamada "As três liras". Era bacharel em Direito, tendo exercido a profissão durante toda a vida.

Iniciou, em 1847, o curso de Direito em São Paulo; no entanto, formou-se bacharel em Direito pela Faculdade de Olinda PE, em 1851. Em São Paulo, conviveu com Álvares de Azevedo e Bernardo Guimarães. Trabalhou com procurador fiscal da Tesouraria Geral de Minas, em Ouro Preto MG, e advogado em Diamantina e Conceição do Serro MG. Não publicou livros em vida; seus poemas foram reunidos no volume Poesias Póstumas, publicado em
1873, com nova edição em 1909. Poeta da segunda geração do Romantismo brasileiro, Aureliano Lessa, segundo o crítico Augusto de Lima, "escrevia principalmente para o povo, se é que ele não se preocupava simplesmente com as suas próprias impressões, dando-lhes a forma que mais convinha ao meio simples em que veio viver".

Sabe-se que foi autor de modinhas, somente editadas por familiares após seu falecimento. Uma delas, "Lembranças do nosso amor", editada em 1865, foi muito cantada em Minas, rendendo duas versões: a de Laurindo Rabelo, "À minha mulher", é tida como previsão da própria morte desse compositor. Outra versão é a engraçada paródia de Bernardo Guimarães, publicada em 20 de junho de 1867, no jornal "Constitucional" de Ouro Preto.

 

Vês lá na encosta do monte,
Mil casas em grupozinhos,
Alvas, como cordeirinhos
Que se lavaram na fonte ?!...
Não vês deitado defronte
Qual dragão petrificado
Aquele serro curvado
Que mura a Cidadezinha,
Pois essa cidade é minha
É meu berço idolatrado!...

Ali meus olhos se abriram
À Luz matinal da vida,
Lá primeiro à Mãe querida
Meus lábios de Amor sorriram ...
Lá seu nome proferiram
Antes do nome de Deus !...
Lá tentei os passos meus
Da vida na estrada rude
Lá aprendi a Virtude
Minha Mãe, dos lábios teus.


Olha como ela se inclina
Pela esmeralda do monte
Molhando os pés numa fonte
De água fresca e cristalina.
Olha como ela domina
Esses serros alcantis
Com seus ares senhoris
Com seu cofre de Diamantes
No meio de seus Amantes
Distribuindo rubis.


Salve Atenas tão risonha
Da verde e saudosa Minas
Rainha dessas colinas
Que banha o Jequitinhonha
Teu vassalo; ele nem sonha
Quebrar-te o jugo real...
E vem, a um leve sinal,
Com seus Rubis, com seu Oiro
Derramar no teu tesoiro
O seu tributo anual.


Feliz quem no seio teu
O sopro da Providência
Faz brotar a Inteligência,
Pérola fina do Céu,
Como da Noite no véu
Faz mil pérolas fulgir
Tu tens ó rival de Ofir,
Outras jóias, outros brilhos
Teu tesoiro são teus filhos,
Tua glória é seu porvir.

Seu Porvir, sim, que amanhece
Lá nos longes do Futuro,
Não o meu, que um Fado escuro
De negros fios só tece...
Pátria! tudo me falece
Para erguer teu esplendor
Mas do pobre trovador
Terás o óbolo pobre
No peito um Coração nobre
Na lira um canto de Amor!...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A história em ruínas.

Clique aqui para saber mais.

Até quando assistiremos passivamente  ao processo de degradação desse importante prédio histórico?

Auto de Natal com a Orquestra Sinfônica Jovem

Clique na imagem

Projeto Árvore é Vida da Associação das Caminhantes da Estrada Real

Nesta terça-feira a Acer- Associação das Caminhantes da Estrada Real estará realizando simultaneamente as 10 horas da manhã, numa ação conjunta e solidária, o plantio de 5.000 mudas de arvores em três cidade mineiras da Estrada Real: Diamantina, Ouro Preto e Passa Quatro.

Trata-se do Projeto Arvore é Vida, idealizado pelas integrantes da Acer, com o objetivo de chamar a atenção para a preservação do meio ambiente e da vegetação característica da Estrada Real.

São as caminhantes, mulheres pioneiras, guerreiras e que tem como objetivo conhecer, vivenciar e divulgar as riquezas e tradição de Minas, dando exemplo de cidadania, conclamando a todos que se preocupam com o Planeta, a se unirem com elas nesta ter-feira as 10 hrs. da manhã em cada uma destas cidades. "É o inicio do plantio de mais de 300.000 árvores em toda a ER, em 2.010, no mesmo dia e na mesma hora", afirmou Debora Riedel, vice-presidente da Acer- Associação das Caminhantes da Estrada Real, que está em Diamantina pra a realização do evento.

Local: Rua da Palha nº. 2460, ás 10 horas da manhã, terça-feira, dia 08/12/2009.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sons dos sinos em nove cidades mineiras são tombados e viram patrimônio nacional

Fonte: O Globo

O toque dos sinos de nove cidades históricas de Minas Gerais foi tombado como Patrimônio Imaterial do Brasil. A decisão foi tomada pelo tomada pelo Conselho Consultivo do Iphan nesta quinta-feira. No instante em que a aprovação foi dada, igrejas da cidade começaram a badalar seus sinos para comemorar.

As badaladas influenciam a vida dos moradores há centenas de anos. O som tombado ecoam nas cidades de São João Del Rei, Congonhas, Ouro Preto, Mariana, Diamantina, Serro, Sabará, Tiradentes e Catas Altas.

As baladadas anunciam missas, enterros e notas de falecimento. Para o aprendiz Jeferson, que há dois anos ajuda a comandar sinos, é quase uma conversa. Apenas no centro histórico da cidade de São João Del Rei são 31 sinos em ação.

- Um pergunta, outro responde - diz ele, ao comentar a proximidade com que os sinos tocam.

Nilson José dos Santos, sineiro experiente, diz que as badaladas que mais gosta são aos do Dia de Nossa Senhora da Boa Morte, 14 de agosto. Tocar o sino no dia ou na hora errada é sinal de desrespeito, alerta.

- Quando preservamos a linguagem dos sinos, tenho certeza, estamos preservando parte da nossa memória, da nossa história - diz Jairo machado, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

O tombamento foi um pedido de moradores da cidade de São João del-Rei, feito em 2001. No ano seguinte, o Iphan iniciou uma pesquisa sobre o tema. Em Catas Altas, o toque dos sinos é único patrimônio tombado, já que o município não tem imóveis na lista.

De acordo com a pesquisa do Iphan, os sinos vêm sendo substituídos por instrumentos eletrônicos, com aval da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, por causa das dificuldades para a manutenção da estrutura que viabilize o toque dos sinos em diferentes momentos. A CNBB argumenta que o custo de manutenção é elevado e exige uma ou mais pessoas para tocar os sinos.

Há ainda um problema de conservação. É grande o número de sinos rachados, sem badalo ou, simplesmente, sem torre apropriada para instalação. Os modernos equipamentos eletrônicos são previamente programados para tocar e podem gravar até 300 sequências de sons diferentes.

Em Minas Gerais, no entanto, o sino é ainda uma marca das comunidades nas cidades históricas de Minas, onde os moradores "se reconhecem e se distinguem dos de outras cidades a partir do repertório desses toques e do som diferenciado de cada um daqueles bronzes", diz o Iphan.

Os toques têm, além da finalidade religiosa, objetivo de anunciar alertas da defesa civil.

Segundo o Iphan, os nomes dos toques dos sinos foram criados pelos sineiros ainda no tempo colonial e preservados na tradição oral. "Muitos deles são onomatopéicos, exprimindo o som ou ritmo que produzem. Os toques mais conhecidos são Ângelus, A Senhora é Morta, Toque de Exéquias, Toque de Cinzas, Toque de Finados, Toque de Passos, Toque de Treva, Glória de Quinta-feira Santa, Toque da Ressurreição, Toques de Te Deuns, Toque das Rasouras e Procissões, Toques de Incêndio, Toques de Agonia, Toques Fúnebres, Toques Festivos, Toque de Parto, Toque chamada de sineiros, Toque chamada de sacristão, Toque de Posse de irmandade, Toque de Almas, Toque de Missas, Toque de Natal, Toque de Ano Novo, Toque das Chagas ou Morte do Senhor", diz o Iphan.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

JK em serenata (1967)

Fonte: o blog bacana chamado Toque Musical

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Este álbum de seresta, que na época de seu lançamento fez um baita sucesso. Um disco com um dos mais populares presidentes do país, Jucelino Kubitschek ao lado do Grupo de Seresta de Diamantina.

Como deve ser do conhecimento de todos, JK era mineiro de Diamantina e como um bom diamantinense, um amante da seresta. Embora fosse chamado de "Presidente Bossa Nova", seu negócio mesmo era a seresta. Segundo contam, ele só não suportava mais ouvir o tal de "Peixe Vivo", pois em todo lugar que ia, alguém cantava essa música seresteira. Virou sem querer o tema de JK.

Mas quanto ao disco, este feito memorável, e porque não dizer histórico, foi registrado em 1967 em Belo Horizonte, pela Bemol. Conforme Dirceu Cheib, engenheiro de som, pioneiro em Minas Gerais e dono da Bemol, *...logo no primeiro ano de atividade do estúdio em 67 , nos conseguimos trazer o presidente Juscelino Kubitschek. Ele sabendo da gravação do disco “Diamantina em Serenata”, logo se prontificou em fazer a abertura e redigiu um pequeno texto de improviso. O disco teve uma repercussão nacional, porque naquela época, mais do que hoje o JK era um grande ídolo.

O fato é que no ano seguinte, com a vinda do AI-5 o álbum acabou sendo recolhido (sem motivo aparente, além da figura de JK) e o pessoal da Bemol foi parar na Polícia Federal. O disco caiu no esquecimento, pondo fim ao que seria o primeiro grande sucesso da gravadora. Hoje, apenas alguns poucos colecionadores possuem este disco. Uma raridade!

Disponível  no rapidshare

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Linguagem do Toque dos Sinos de Minas Gerais será preservada

Fonte: Farol Comunitário

Levantamento realizado em nove cidades reúne histórias dos sineiros mais antigos e seus repertórios, utilizados para "conversas" com a comunidade

Um vasto material que reúne textos, entrevistas e vídeos sobre a linguagem dos sinos nas igrejas será avaliado pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, no próximo dia 3 de dezembro, na cidade de São João del-Rei. A proposta apresentada pelo escritório local do Iphan pede o registro como patrimônio imaterial para O Toque dos Sinos em Minas Gerais, tendo como referência São João del-Rei e as cidades de Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Congonhas, Diamantina, Sabará, Serro e Tiradentes.

O material começou a ser compilado em 2001, por iniciativa da comunidade de São João del-Rei. A solicitação chegou ao Iphan que, em 2002, deu início a uma grande pesquisa sobre o assunto. Além do material já existente, o contato direto com os sanjoanenses foi importante para estabelecer que essa forma de expressão não era exclusiva, apesar de o município guardar especificidades no que se refere à prática da comunicação com o toque dos sinos. Assim, outras oito cidades foram acrescidas à pesquisa com base nas referências a sineiros e toques de sinos, com histórias e lendas em torno deles: Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo, Diamantina, Sabará, Serro, Tiradentes e Catas Altas, a única entre elas que não tem o sítio urbano tombado pelo Iphan.

A necessidade de salvaguardar
A partir da confirmação de todo um repertório de toques a ser apreendido, preservado e, em alguns casos, recuperado, o Iphan preparou o dossiê que será apresentado ao Conselho Consultivo. O documento avalia que os sinos vêm sendo substituídos por instrumentos eletrônicos, com aval da própria Confederação Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, devido às dificuldades para a manutenção da estrutura que viabilize o toque dos sinos em diferentes momentos da liturgia católica. Segundo a CNBB, o custo da manutenção é elevado e exige a disponibilidade de uma ou mais pessoas para tocar os sinos sempre que necessário.

Outro aspecto que chama a atenção para a necessidade de proteção desse bem cultural é o registro de grande número de sinos rachados, sem badalo ou sem local apropriado para serem instalados. Os equipamentos eletrônicos possuem uma praticidade mais adequada aos dias atuais já que podem ser instalados em qualquer lugar, acionados por qualquer pessoa, programados para tocar em qualquer intervalo de tempo e com uma diversidade de repertório que pode chegar a 300 músicas diferentes.

Entretanto, apesar de toda diversidade e modernidade, o Iphan - MG afirma que o toque dos sinos ainda está presente e sua relação com a população das cidades inventariadas reforça a possibilidade de reconhecimento desse bem como patrimônio. O toque dos sinos é elemento capaz de revelar a diversidade sociocultural característica e presente nessas comunidades. Seus habitantes se reconhecem e se distinguem dos de outras cidades a partir do repertório desses toques e do som diferenciado de cada um daqueles bronzes, por exemplo.

Ainda hoje, nas cidades inventariadas, os toques são religiosos e têm finalidade social e, até mesmo, de defesa civil. Com sinais bem característicos, os nomes dos toques dos sinos, principalmente os repiques, foram criados pelos sineiros ainda no tempo colonial e preservados na tradição oral. Muitos deles são onomatopéicos, exprimindo o som ou ritmo que produzem. Os toques mais conhecidos são Ângelus, A Senhora é Morta, Toque de Exéquias, Toque de Cinzas, Toque de Finados, Toque de Passos, Toque de Treva, Glória de Quinta-feira Santa, Toque da Ressurreição, Toques de Te Deuns, Toque das Rasouras e Procissões, Toques de Incêndio, Toques de Agonia, Toques Fúnebres, Toques Festivos, Toque de Parto, Toque chamada de sineiros, Toque chamada de sacristão, Toque de Posse de irmandade, Toque de Almas, Toque de Missas, Toque de Natal, Toque de Ano Novo, Toque das Chagas ou Morte do Senhor.

Biribiri: a vila de seis pessoas

Fonte: Webventure/UOL - Por Bruna Didario

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Doze quilômetros separam o centro da cidade de Diamantina da remota vila de Biribiri, passando por estradas de terra e com muita história para ser contada. E o potencial natural da região fez com que a vila se desenvolvesse no final do século XIX, com a construção da fábrica Estamparia S.A.. Hoje, Biribiri continua com suas belas paisagens, muitas cachoeiras, e apenas seis pessoas que vivem por lá.

Muito bem cuidada e restaurada, a cidade chegou a ter três famílias na administração do local. Hoje, Kika Mascarenhas é a responsável por manter Biribiri em ordem. O local foi utilizado para a gravação do filme “A Hora é a Vez”, de Augusto Matraga.
Toda a história da região se concentra na fábrica têxtil, do garimpo e também na natureza. O bispo Dom João Antonio Felício dos Santos foi o responsável pelos primeiros passos: a construção da estamparia próxima às quedas d’água para a geração de energia. “No início, eram cerca de 140 mulheres trabalhando, e chegou a 1500. Foi uma época que as religiosas começaram a trabalhar e também muitas moças dos arredores de Diamantina”, explicou Kika.

Crescimento - Junto com a construção da estamparia, casas, pensionatos, armazéns foram erguidos. Uma das mais importantes construções foi a igreja, financiada pelas próprias trabalhadoras da cidade. O sino, em bronze, foi fundido na fábrica e o relógio doado pela família real.

Muitos técnicos especialistas dos maquinários começaram a chegar à cidade, predominantemente de mulheres e o crescimento foi notável. Foram construídas mais casas para abrigar as famílias que se formavam. “Nessa época, os homens começaram a chegar à cidade e a vida social começou a se desenvolver com aulas de teatro, canto”, disse Mascarenhas.

Com o tempo, a produção cresceu e em 1876 a fábrica estava funcionando com máquinas vindas do exterior e quase cem anos depois, em 1973, as dificuldades de acesso fizeram a Estamparia S.A. fecharem as portas.

Natureza e esportes

Assim que a fábrica foi desinstalada, iniciou o processo de saída das famílias da região. Biribiri teve como seu “primeiro dono”, o Bispo Dom João Felício e o desenvolvimento da indústria fizeram duas famílias tomarem conta da cidade. A atual administração é da família de Kika, a terceira mandante.

Os cuidados com a vila, pela qual passam de 150 a 200 pessoas durante feriados e férias em busca de aventuras é bastante grande. Com as gravações do filme, Kika teve que repintar a cidade nas cores branca e azul. “Também estamos instalando toda a rede elétrica subterrânea, para colocar lampiões de época”, afirmou.

Mesmo com seis pessoas que moram efetivamente na vila, a receptividade dos visitantes está garantida: um pequeno restaurante serve todo o tipo de comida mineira para os aventureiros encararem as belezas naturais durante todo o dia. As casas antigas hoje funcionam como pousadas, com valores fechados para finais de semana e feriados.

Natureza - Kika indica Biribiri para os interessados em descanso e também em esporte de aventura. Trekking, cachoeirismo, mountain bike e rapel são os esportes mais procurados na região, que possui dois pontos turísticos: as cachoeiras Sentinela e Cristais; além da mata fechada ainda virgem e pinturas rupestres, encontradas na região.

O projeto para a cidade agora é transformá-la no Parque Estadual Biribiri, com 18 mil hectares – sendo três mil deles que continuarão sendo a vila e administrado por Mascarenhas.

Foto: Edy Luigi, no Flickr

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cine Mercúrio apresenta agenda de filmes de dezembro

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As sessões do Cine Mercúrio, que busca fomentar a atividade audiovisual na Universidade, prosseguem em dezembro com três filmes do diretor espanhol Alejandro Amenábar. As películas integram o ciclo de cinema espanhol Cine Papo, iniciado em outubro no auditório do Instituto Casa da Glória da UFMG em Diamantina.

Nesta semana, dia 02/12, será exibido o filme Mar Adentro. No dia 09/12, Tesis. E em 16/12, Abre los Ojos – sempre às quartas-feiras, no horário das 19h30. A entrada é gratuita.

A mostra está sob coordenação do Centro de Apoio a Idiomas, ligado à Diretoria de Relações Internacionais da UFVJM, e acontece em parceria com o Instituto Cervantes de Belo Horizonte, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFVJM e o Instituto Casa da Glória da UFMG, além de ter o apoio da Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram/Jequitinhonha).

Local: Instituto Casa da Glória da UFMG
Endereço: Rua da Glória nº 298, Centro, Auditório 209
Horário: 19h30
Entrada: Gratuita
Informações: (38) 3532-6070

Parque Estadual do Rio Preto

Fonte: blog do Governo de Minas

O Parque Estadual do Rio Preto está localizado a 56 km da cidade histórica Diamantina e, desde 1991, é uma das Unidades de Conservação (UCs) abertas ao público de Minas Gerais, sob a coordenação do Instituto Estadual de Floresta (IEF). Também pudera, suas nascentes e grande diversidade natural merecem ser protegidas de qualquer ação do homem.

Dentre os destaques que o parque apresenta, um deles não está atrelado às suas belezas naturais, mas sim a uma lenda que os moradores da região contam até os dias de hoje. A história começa na antiga área de mineração, que segundo relatos, era onde se escondiam escravos fugidos que conheciam bem a mata por terem trabalhado na Estrada Real. De lá, apenas alguns conseguiram fugir para os quilombos no interior da Bahia.

Parque Rio Preto

E por falar em Estrada Real, está dentro do parque o primeiro marco de referência do trajeto. Mais precisamente, o marco está localizado no mirante que leva o próprio nome da estrada, e para chegar até lá é necessário um caminhada de 2,1 quilômetros. Uma jornada que vale a pena, pois de lá pode-se avistar o Pico Dois Irmãos e trechos do Rio Preto.

Os atrativos são tantos no Parque Estadual do Rio Preto que foram feitos quatro roteiros diferentes para que o turista possa se guiar. No Roteiros dos Mirantes, as mais belas paisagens podem ser vistas; no Roteiro Convivência com Fauna e Flora estão listados lugares específicos onde é possível ver toda a diversidade de animais e plantas em meio aos poços, como o Poço Vau Bravo onde os turistas podem se banhar.

Parque Rio Negro

"Água mole pedra dura, tanto bate até que fura". Algumas das formações rochosas do parque são frutos das batidas constantes da água. Crédito: Evandro Rodney e Bernadete Amado, respectivamente

E para quem gosta de nadar em águas naturais, as opções continuam no Roteiro Praias de Rios e Cachoeiras. As inúmeras cachoeiras trazem grandes quedas d’água, como a Cachoeira do Crioulo que conta com uma queda de 30 metros e uma praia de areia branca. E por último tem-se o Roteiro das Pinturas Rupestres que é constituído de quatro lapas onde estão presentes essas figuras rupestres, algumas ainda não estudadas. Para este roteiro é necessário o acompanhamento de um guia.

Com um das principais infraestruturas das unidades de conservação de Minas, o Parque do Rio Preto conta com um centro de visitas, doze alojamentos e área de camping, quiosques e churrasqueiras. Por ano, cerca de 15 mil visitantes passam pelo parque.

Pavimentação Diamantina-Serro via Milho Verde

Fonte: Minas On-line

O vice-governador Antonio Anastasia esteve em Alvorada de Minas, na região Central do Estado, nesta segunda-feira (30), para inaugurar mais uma obra do Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios (Proacesso). Com investimentos de aproximadamente R$ 10 milhões, as obras foram concluídas em julho deste ano. Os 15,4 km da rodovia foram asfaltados e ligam a cidade a Serro.

Para Anastasia, não há recursos melhor aplicados do que aqueles destinados à pavimentação de estradas, empenho que, segundo ele, é capaz de gerar novos investimentos e oportunidades, trazendo desenvolvimento para toda uma região. “Alvorada de Minas possui 47 anos de existência. Desde então, passaram pelo Palácio 11 governadores de Estado e, somente agora, com o governador Aécio Neves à frente da gestão de Minas Gerais, que o asfalto chegou nesta região. E não é somente aqui, mas em 223 municípios que também estamos levando asfalto. É um ato quase heroico, são obras gigantescas, mas que adotamos como prioridade neste Governo. O asfalto permite melhorias, qualidade de vida para a população e mais empregos. Alvorada de Minas será uma nova cidade a partir de agora”, ressalta.

No Serro, na manhã desta segunda-feira, o vice-governador presidiu a entrega da Medalha Teófilo Ottoni. Durante a solenidade, Anastasia anunciou a liberação de recursos para a pavimentação das rodovias municipais que ligam Diamantina a Milho Verde e Milho Verde a Serro. Serão 58,15 km de pavimentação, com investimento médio de R$ 61 milhões. Também será realizada a recuperação das pontes sob o Córrego da Prata, Ribeirão do Inferno e Rio Jequitinhonha.

Na região, o Governo de Minas já concluiu obras em 11 trechos, incluindo Alvorada de Minas a Serro, investindo cerca de R$ 108 milhões. Além disso, 12 trechos ainda estão em obras e três com obras contratadas para serem pavimentadas.

O Programa de Pavimentação de Ligações e Acessos Rodoviários aos Municípios (Proacesso) possui o objetivo de levar acesso pavimentado a 225 municípios mineiros que, em 2003, ainda não contavam com o benefício de uma rodovia asfaltada. Até agora, por meio do programa, foram investidos R$ 1,56 bilhão e asfaltados 3.249 quilômetros de estradas, com 128 trechos concluídos, 83 em obras, oito com obras contratadas e seis dependem do Dnit.

“O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) está batendo recorde neste ano devido ao número de pavimentações realizadas nos municípios. Isso é fruto do esforço e do trabalho do Governo de Minas e de toda a equipe do DER, que, verdadeiramente, se empenharam para levar asfalto e o consequente desenvolvimento e progresso para todo o Estado”, destaca o vice-governador.