quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dom João VI e as treliças


No livro 1808, o autor Laurentino Gomes comenta que o Rei de Portugal Dom João VI proibiu a utilização de treliças e musharabis (muxarabiê) nas janelas das casas do Rio de Janeiro Colonial. De influência árabe eesse tipo de construção permite que o morador observe o movimento das pessoas na rua sem ser visto pelos pedestres. A razão alegada é que o muxarabiê facilitaria as conspirações e a ação de assassinos. Outros afirmam que a razão é apenas de caráter comercial, pois obrigaria a compra de vidros fabricados pelos ingleses. Independente da razão, trata-se de uma medida extrememente sem sentido. Posteriormente, já no século XX, o arquiteto Lúcio Costa incorporou a sua utilização em várias construções brasileiras.

Ainda bem que essa proibição não foi capaz de impedir a construção e preservação de alguns musharabis em Diamantina. O mais famoso deles está no prédio da Biblioteca Pública, na Baiúca, centro da cidade. Porém, podemos encontar as treliças em várias construções da cidade, como por exemplo na Casa de Chica da Silva.
Fotos: Felipe Marcelo

2 comentários:

  1. Saúde e... Paz! Eis a minha opinião sobre a minha terra, a maravilhosa Diamantina:

    DIAMANTINA!

    Oh! Viandante sedento
    Da fuga da chaminé...
    Vire leme e pensamento
    Pra o reflexo do Itambé!

    Esqueça a luxúria enfadonha,
    Progresso, sufoco e poluição,
    Venha à bacia do Jequitinhonha
    Conhecer gente... Dar às mãos!

    Verás deitada na serra,
    Banhada em água cristalina,
    A mais bela cidade da terra:
    Minha doce... Diamantina!

    Cimo apoiado no “Bom Jesus”,
    Pés, descansando na “Palha”,
    Braços em forma de cruz:
    Apontando pára às muralhas!

    Comunidade sem barreiras,
    Mágoas, muros ou suspeição,
    Onde turistas cerram fileiras,
    Com total admiração!

    Clima ameno, cheiro de campina,
    Ruas estreitas... Aconchegantes!
    Para os turistas não é sovina
    Pra os filhos é sempre amante!

    Construída por escravos
    Em época remota e sofrida,
    É uma cidade sem agravos,
    Espelhando as faces da vida.

    Do passado... Os casarões!
    Com treliças nas varandas
    Desafiando às gerações:
    Derrotando as estações!

    Cidade patrimônio!
    Base da Antigüidade:
    Teu presente é sinônimo
    Da maior tranqüilidade!

    Teu futuro... Uma promessa!
    De ser o retrato da vida,
    Desde que não haja pressa
    De ser pelo homem... Destruída!

    Oh turistas pasmados!
    Com tanta beleza pura,
    Mantenham-se respeitosos
    Ante tão belas estruturas!

    Precisamos ter amor
    Pelo que existe agora,
    Respeitando o seu resplendor
    Pelos tempos afora!

    Admirem o barroco lindo,
    Aspire ao nosso ar mais puro,
    Mas, não maculem, destruindo
    O nosso passado: fulcro do futuro!

    Tijuco era o teu nome
    No pretérito distante,
    No presente, tens renome
    Como o oásis do viajante!

    Oh filhos de Diamantina!
    Conservem o teu patrimônio
    Numa pilha cristalina
    De beleza sem homônimo!

    O tempo sempre devassa
    Às construções antigas,
    Mas, o Homem, faz carcaça
    Como se fossem inimigas.

    Fugistes da chaminé
    E da total poluição!
    Em Diamantina, tens o pé...
    Não causem destruição!

    Sebastião Antônio BARACHO.
    conanbaracho@uol.com.br
    Fone: (31)3846-6195

    ResponderExcluir
  2. Sebastião,
    Obrigado pela visita ao blog e, principalmente pelos lindos versos. Não nasci em Diamantina, mas aqui moro e me encantei com a cidade.
    Posso publicar seus versos aqui no blog?
    Grande abraço
    Fernando

    ResponderExcluir