Fonte: Hoje em Dia (clique aqui)
Com uma capa vermelha amarrada nas costas e um sonho, o menino Jequi se transforma em super-herói do Vale do Jequitinhonha. Na busca incessante por água, a criança corre descalça pelo chão rachado do semiárido e enfrenta outras adversidades de uma das regiões mais carentes do Estado. A história serve de pano de fundo para um game desenvolvido por alunos recém-formados da PUC Minas.
Chamado de “Sonho de Jequi”, o jogo de aventura vai além do entretenimento. O principal objetivo é a conscientização. A proposta inédita concorre nesta semana a uma vaga para representar o país na etapa mundial da maior copa do mundo de tecnologia, a Imagine Cup.
Promovida pela Microsoft, a etapa nacional da competição acontece neste ano em Belo Horizonte, por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectes).
Na disputa, nove projetos de estudantes, professores e outros profissionais brasileiros. Todos de olho no cheque de US$ 50 mil a ser entregue ao trabalho mais inovador do planeta, eleito pela empresa norte-americana. Essa é a 14ª edição do torneio internacional.
Sonho de Jequi
Alessandra Faria de Castro, de 45 anos, Ramon Coelho, de 34, Érico Grasso, 26, e Daniel Sanabria, 33, integram a equipe mineira Tower Up Studios. O quarteto conta que o protótipo do Sonho de Jequi levou mais de um ano para ficar pronto. “É um jogo cultural e cidadão”, resume Ramon Coelho, que nasceu em Araçuaí. Cenários característicos do Jequitinhonha podem ser vistos enquanto o personagem Jequi tenta coletar o máximo de água possível, desviando dos obstáculos do sertão mineiro.
Na tela do computador, tablet ou smartphone, o jogador vê a palma (uma espécie de cacto), gado, aves e construções de adobe (pequenos blocos semelhantes ao tijolo, mas preparados com uma mistura de argila e barro secos ao sol).
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