Fonte: Reveista Encontro (clique aqu)
O Instituto Casa da Glória, em Diamantina, norte de Minas Gerais – fica a 386 km de Belo Horizonte –, vinculado ao Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, será reformado e ganhará novos espaços. O famoso casarão com o passadiço (espécie de corredor que une duas edificações) sobre uma rua do centro histórico ganhará um café, um teatro e uma livraria, com acesso pela rua. Além disso, o alojamento de estudantes, as salas de estudo, a biblioteca, os laboratórios, as secretarias e o espaço para exposições serão revitalizados.
De acordo com a arquiteta do IGC, Valéria Franco, um desafio da obra de reforma e adptação do prédio histórico será o atendimento às normas do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional. "A Casa da Glória faz parte da área de tombamento do centro histórico de Diamantina, e o órgão federal impõe muitas restrições para obras nessa região. As fachadas são inalteráveis, mas há também limitações quanto às mudanças internas", explica.
Mesmo sem ter um projeto definitivo e orçamento estabelecido, a reforma poderá contar com a verba de dois convênios assinados pela UFMG com a Petrobras, para melhoria na recepção dos estudantes. O primeiro prevê recursos para investimento na infraestrutura e nos equipamentos de hospedagem, além do provimento de diárias para os alunos. O outro, será usado para financiamento de bolsas para estudantes de graduação e pós-graduação. Juntos, os convênios somam R$ 5,5 milhões.
Ícone da cidade
O Instituto Casa da Glória – que também abriga o Centro de Geologia Eschwege – recebeu este ano, até junho, 357 estudantes para estágios de mapeamento geológico, além de 2.634 visitantes. Muitos deles, estrangeiros, que vieram principalmente da França, Argentina, Estados Unidos e Alemanha. Entre julho de 2010 e março de 2014, foram mais de 5 mil hóspedes e 17 mil turistas.
As edificações que fazem parte da Casa da Glória – ela recebeu esse nome devido à sua proprietária, dona Josefa Maria da Glória, que ali residiu no século XVIII – são ligadas pelo famoso passadiço e chegou a ser residência dos intendentes do diamante, recebendo hóspedes como o geólogo alemão Ludwig Wilhelm von Eschwege, que mais tarde deu nome ao centro de geologia que funciona no mesmo espaço.
A partir da segunda metade do século XIX, a casa funcionou como orfanato e educandário feminino. Em 1979, o Ministério da Eucação adquiriu o conjunto, repassando à UFMG, sob responsabilidade do Instituto de Geocências.
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