terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Voz de Diamantina: IFNMG abre novos horizontes para Diamantina e região

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IFNMG ABRE NOVOS HORIZONTES PARA DIAMANTINA E REGIÃO

Não posso deixar de render-me à magia de Diamantina. Como alguém que menino ainda se embasbacava com suas belezas, sua topografia acidentada e tentava compreender sua sina garimpeira, seu miraculoso dom de lastrear a moeda que movimentava a economia da cidade desde seus primórdios. Quando o diamante e o ouro garantiam mesa farta, opulência e segurança para constituir família sem pensar muito no dia de amanhã. Só que esse alguém assistiu ao fim desses tempos áureos. Viu os garimpos minguarem. Sentiu na pele e no bolso a escassez de empregos, de oportunidades. E, mais até que esses declínios que podem acometer qualquer comunidade, descobriu que a faustosa e aristocrática Atenas do Norte cambaleava. Ora por causa da baixa cotação internacional dos diamantes. Ora pelo alto preço de sua cada vez mais difícil extração. E, principalmente, pelas perdas que lhe foram impostas pelo simples fato de seus ricos prumos terem produzido um diamante sem igual. Cujo brilho e pureza ofuscavam tudo e todos ao redor. E o mais grave; essa gema tão rara e preciosa não era do reino mineral, andava pelas ruas da cidade e tinha o apelido de Nonô. Seu verdadeiro nome, Juscelino, estava fadado a gerar muito ciúme, despeito e perseguição à terra em que nascera.

Quem viveu em Diamantina no último quartel do século passado sabe do que falo. Pois sentiu, como eu, que morava numa cidade perdedora. Cuja economia, baseada no garimpo, não tinha futuro. Mas, assim como este atento escriba, muita gente se surpreendeu com a reação da cidade. Que, inexplicavelmente, saiu do fundo do poço para alçar-se, num tempo relativamente curto, em pujante centro universitário, em Patrimônio Cultural da Humanidade, além de reconquistar sua antiga condição de polo de extensa região. Como explicar uma reviravolta desta grandeza, se o único e inigualável líder político da cidade parece ter levado para o túmulo todo e qualquer resquício de carisma, de liderança e de arrojo empreendedor? Talvez morramos todos sem conseguir explicar os bons ventos que passaram a soprar nestas penedias. Ou tenhamos de acreditar em sorte, fado, boa estrela ou sabe-se lá que nome dar à sequência virtuosa de acontecimentos.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 696, de 13 de dezembro de 2014

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2 comentários:

  1. A audiência pública se restringiu por 5 mais ou menos 10 minutos de repostas de perguntas que eram agradáveis pelos políticos presentes. O resto era muita conversa fiada consistindo de comprimento dos excellentissimos representantes, muito autoelogio e propagando partidária. Resultado para o público interessando - Perda de tempo.

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  2. Fui falado nenhum fato que a IFNMG vai fazer e adentro que prazo. Conversa fiada.

    Comentário de EDSchlegel@gmail.com

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