segunda-feira, 25 de maio de 2015

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

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Até poucos anos atrás, notícias sobre a produção de vinhos não passavam de saudosas reminiscências de um tempo cada vez mais esquecido e distanciado das reais possibilidades etílico-turísticas-gastronômicas deste velho e inebriante burgo. Só que ultimamente esse antigo e destreinado inebriar-se - verbo nobre com significado virtuosamente ligado à libação de vinhos - vem começando a ser conjugado em Diamantina com alguma desenvoltura. Nunca, é claro, desacompanhado de sutilezas gastronômicas que - desde que o mundo é mundo - sempre foram regadas por bons tintos, brancos ou espumantes, a depender do que se vai saborear. Muita gente, porém, anda totalmente desinformada ou incrédula de que em seu berço de nascença, tradicionalmente famoso pela apreciação de boas - assim chamadas branquinhas, coloridas ou temperadas com raízes - pingas, ganhariam espaço cartas de vinhos bem como didáticas sugestões sobre sua harmonização com queijos, acepipes, finos manjares e ainda (quem diria?) aspersão com finos azeites a serem extraídos de oliviculturas locais.

Pois bem... Muito mais do que simplesmente falar dessa refinada evolução, divagarei aqui hoje sobre o aparente atrevimento de já podermos encher a boca para exaltar o terroir diamantinense, palavra francesa que exprime território limitado e, mais especificamente, com excepcional aptidão para a produção vitícola. Para quem só ouvia referências de míticos terroirs franceses, italianos, portugueses, argentinos, chilenos, fica até parecendo desmedida presunção distinguir o antigo Arraial do Tijuco com galicismo tão restritivo. O que soaria ao tão alardeado complexo de vira-lata. Mas ora bolas, uma cidade que não só pelo nome, mas pela riqueza mineral com que foi dotada pela natureza, brilhou, por séculos, com o epíteto de Terra dos Diamantes, não poderia ter também a pretensão de aspirar a ser inscrita no seleto grupo terroir?

Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 719, de 23/05/2015

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