sexta-feira, 19 de junho de 2015

Memórias que não devem ser esquecidas

PAPÉIS DE FOGUETES, FORNO DE CALDEIRA, FERRO VELHO, 
OCULTAÇÃO DE JUSTOS FATOS, ETC...


Fundado pelos Padres Lazaristas de Diamantina, iniciado no século XIX, o acervo Bibliográfico da Biblioteca da Chácara das Missões, uma das mais antigas e valorizadas do Brasil, foi queimado como papel de foguete (fogos de artifício)...

Felizmente, com o envolvimento de pessoas e profissionais que se dedicaram ao assunto, os Jornais antigos da “Voz de Diamantina”, foram salvos, não virando papéis para o forno da caldeira da fábrica de tecidos “Antonina Duarte” e o maquinário da tipografia que seria entregue para ferro velho, como foi anunciado por um vigário daquela época, hoje, tornaram-se a “Memória do Pão de Santo Antônio”.
Naqueles dias, providencialmente, dois Guias das “Oficinas de Oração e Vida” chegaram ofegantes até a casa da Coordenadora das Oficinas, Escritora e Pesquisadora, D. Conceição Duarte, após a missa da Capela do Pão de Santo Antônio, onde escutaram o anúncio do que se planejava fazer com o material bibliográfico e maquinário do Jornal da “Voz de Diamantina”...
A minha pessoa, sensibilizada contactou - se imediatamente com o professor de História Antônio Carlos Fernandes (In memoriam) e a Diretora, Silvia Regina Porto da Rocha, da FAFIDIA, e lhes anunciou o provável desfazimento. Por quê?...

    Os Fatos se desenrolaram da seguinte maneira:

1 – A FAFÍDIA fez uma parceria com o Pão de Santo Antônio, presidido na época pelo senhor Walter Alves Baracho.
2 – O Projeto para salvar o acervo antigo foi apenas iniciado, sendo elaborado um pequeno museu de História do Jornal.
3 – Em novembro de 2.004, a Diretora da FAFEID procurou os historiadores, Antônio Carlos Fernandes (In Memoriam) e Wander Conceição, para confeccionar o livro da História da Universidade.
4 – Naquele momento, a professora Mireile, da FAFEID procurou a direção do Pão de Santo Antônio para saber da possibilidade do jornal ser utilizado como fonte de pesquisa. Recebeu, porém, a notícia de que o acervo estava deteriorando e todo embolado nos móveis e  prateleiras, já em estado quase falimentar.
5 – Terminando o livro, ao final de 2006, a Diretora solicitou ao Wander que ficasse mais um tempo, contratado pela Universidade, porque havia adquirido material específico para ajudar a salvar aquele conjunto de bens patrimoniais do Pão de Santo Antônio.  Foi feito outro Projeto na gestão de Jason Nonato Caldeira Rocha.
6 – A senhora Mireile contratou a  estagiária bolsista Alcione da Espírito Santo  Machado Tibães, que, juntamente com Wander Conceição, iniciaram o trabalho de salvar o acervo a partir de janeiro de 2006.
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7 – Foram manuseados em torno de 6.000 exemplares, que estavam impregnados de terra vermelha, pois ainda, no tempo do Monsenhor Walter Almeida, caiu o telhado e paredes do cômodo que abrigava as obras, tudo foi molhado pela chuva.
8 – Os periódicos  estavam em péssimo estado, todo mofado, envolto em teias de aranha, bosta de rato, cheio de traças e com baratas nos móveis. 
9 – Durante um ano e meio, os dois profissionais separaram os jornais, sanearam exemplar por exemplar e os acondicionaram em ordem cronológica.
10 – Ao final do trabalho, a Direção da Universidade foi trocada e não houve condições de finalizar os serviços de digitação.
11 – Somente por ter sido realizado este trabalho minucioso é que hoje, a UFMG reuniu condições de realizar a tarefa atual  de “Memória do Pão de Santo Antônio, por sinal Maravilhoso.
O U T R O S :
- Também, alguns documentos, fotos, equipamentos, etc. desapareceram da “Santa Casa de Caridade”, de Diamantina MG e dizem não saber para  onde  foram... 
Será que foram para o “ferro velho”?... Tivemos notícias de que pias foram transformadas em coxos para alimento de animais... Será?...
Porque querem acabar com o passado?... “O Antigo se harmoniza com o Moderno e o Moderno se abraça fraternamente com o Antigo”! (Lahma/Doutor).
E o que dizer da Essência dos Estatutos dessa “Casa Santa”, Relíquia de Diamantina, Patrimônio de nossa Comunidade, que é bi – secular? 
E outras alterações,... os outros desaparecimentos, que não dão para escrever no momento...! 
Precisa-se de Respeito e a Genuína Transparência nos assuntos e nas ações! E as Verdadeiras MEMÓRIAS, perduram para sempre, nas mentes Esclarecidas...!

Autora: Maria da Conceição Duarte Tibães. Pesquisadora, Escritora, Historiadora de Diamantina  e Divulgadora da Ciência Médica  Quântica Milenar,  que deseja ver, como muitas outras pessoas dignas, sua Terra Natal Suave, Produtiva e Feliz!

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