sexta-feira, 17 de julho de 2015

Leia nesta semana na Voz de Diamantina


Quando a história destes tempos atuais de Diamantina pertencer aos arquivos das bibliotecas públicas, dois sentimentos se revelarão aos que a lerem atentamente. O primeiro deles registrará que o legado do prefeito que não conseguiu reeleger-se no pleito de 2012 se mostrou infinitamente mais deletério e duradouro do que, na época, grande parte dos pessimistas imaginou. O segundo, diretamente ligado ao primeiro, desnudará a grande frustração do diamantinense com o prefeito que, todos achavam, colocaria a cidade nos trilhos de que seu antecessor incompetentemente descarrilou. O aprofundamento de tal leitura mostrará também que, ao vencer duas eleições marcadas por empecilhos legais que lhe custaram quatro meses de mandato, o nosso atual gestor talvez não tenha aquilatado que bem maior e danoso que o rombo superior a R$ 6 milhões que herdara, era o estado de desorganização, de falta de comprometimento e de viciado corpo mole que se impregnara em grande parte do quadro de pessoal com que teria de contar. Mal que até se abrandaria diante das fracas opções para ocupar relevantes postos do governo que o jogo fisiológico da política nunca deixa de cobrar de seus aliados. Além da descoberta de que o povo (ah... o povo!) costuma ser mais condescendente com maus, desonestos e demagógicos políticos do que com sérios e bem intencionados homens públicos.
              Tais digressões vêm à tona quando a gestão do prefeito Paulo Célio já passa da metade e se aproxima de um ano eleitoral, o que lhe míngua mais ainda o tempo útil. E também para registrar uma das mais importantes obras de sua administração: a Farmácia Básica-SUS, inaugurada festivamente (e com justa razão) na tarde da última terça-feira, 14 de julho. Instalada ao lado da Hemominas, na Rua da Glória, ela representa um dos melhores aproveitamentos da antiga Fábrica de Tortas que bem relembra a saudosa Era JK.
              Parte do editorial da Voz de Diamantina, edição 727, de 18/07/2015

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