Fonte: Jornal O Globo – Patrícia Kogut
DIAMANTINA - Na pequena Diamantina, cidade mineira de cerca de 70 mil habitantes, tudo está girando em torno das gravações de "A cura", série de João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein, com direção de núcleo de Ricardo Waddington, que estreia na Globo no dia 10 de agosto e terá nove episódios semanais. Na praça cercada por construções coloniais, é intenso o movimento de diamantinenses, seja em busca de uma chance como figurante, seja para tirar uma foto com Selton Mello. Mais de cem profissionais, entre diretores, elenco, figurinistas, cenógrafos, produção e equipe técnica, transformaram totalmente a rotina do lugar, cujo caráter pacato só não é absoluto graças às vesperatas, como são chamadas as serestas que ocorrem ali em junho e julho.
São, portanto, duas frentes de gravação movimentando Diamantina. A primeira no Centro, a outra, no Garimpo Real, a 15 minutos de lá. Se Guimarães Rosa teve Manuelzão, guardadas as devidas proporções, "A cura" também possui o seu. Ele é Belmiro, descendente de uma família de garimpeiros e dono das terras das quais até hoje extrai minério e onde ficam as locações das lavras de Silvério. Belmiro virou uma espécie de orientador da equipe e palpita até na direção de arte.
Patrícia, de fato Diamantina passou a viver as transformações que a Rede Globo tem feito na cidade e isso é muito bom de assistir, principalmente quando é de camarote. è um bom momento de imaginarmos como era o Arraial do Tejuco. Só para explicar melhor, as vesperatas não são serestas que acontecem no mes de junho e julho. Elas acontecem duas vezes por mês, na Rua da Quitanda, aonde os músicos de duas Bandas da cidade ficam posicionados nas sacadas dos casarões desta rua. É um espetáculo belíssimo, que vale a pena ver e ouvir.
ResponderExcluirVerônica - Diamantinense