Não bebo, mas a história da cachaça é muito interessante. O site da revista cultural Jangada Brasil ao analisar a presença da cachaça na vida do mineiro faz várias citações ao seu consumo em Diamantina:
Viajando por Minas, em 1840, notou Gardner, todavia, o uso imoderado da cachaça na região de Diamantina, e não só entre os pretos, que tinham motivos de sobra para ingerirem ácool com freqüência, mas entre os brancos de ambos os sexos, em todas as camadas sociais, os quais lhe pareceram também largamente viciados. Viu contudo poucos casos de embriaguez."
Montes Claros dá toucinho
Bocaiúva dá feijão
Buenópolis dá dinheiro
Diamantina dá pifão
Os diamantinenses, ao menos os dotados de senso de humor, não o negam. Como aquele que cantava:
Na Diamantina nasci
É minha terra, pois não
Bebendo pinga cresci
E hei de morrer no pifão
Aires da Mata Machado Filho cita no seu livro Arraial do Tijuco, Cidade Diamantina os versinhos de um coretoque, no dizer dos antigos, era cantado pelos pretos de São João da Chapada:
Oia como bebe
Esse povo do Brasil
Inxuga um garrafom
Mai depressa qu’un funi
Outros nomes da pnga:
Abre, abrideira, aca, aço, a-do-ó, água-benta, água-bruta, água-de-briga, água-de-cana, água-que-gato-não-bebe, água-que-passarinho-não-bebe, aguardente de cana, aguarrás, águas de setembro, aninha, a-que-matou-o-guarda, arrebenta-peito, azougue, azuladinha, azulzinha, bagaceira, baronesa, bicha, bico, birinaiti, birita, boa, boinha, borbulhante, boresca, branca, branquinha, brasa, brasileira, cachaça, caiana, calibrina, cambraia, cana, cândida, canguara, canha, caninha, canjebrina, canjica, capote-de-pobre, catuta, caxaramba, caxiri, caxirim, cinqüenta e um, cobertor, cobreira, corta-bainha, cotréia, cumbe, cumulaia, danada, delas-frias, dengosa, desmancha-samba, dicionário, dindinha, dona-branca, eau de vie, elixir, engasga-gato, espírito, esquenta-por-dentro, filha-de-senhor-de-engenho, friinha, fruta, gás, girgolina, gole, gororoba, gorobeira, gramática, guampa, guarda-chuva, homeopatia, imaculada, já-começa, januária, jeribita, jurubita, jinjibirra, jora, junça, jura, legume, limpa, lindinha, lisa, maçangana, malunga, malvada, mamãe-de-aruana, mamãe-de-luanda, mamãe-sacode, mandureba, marafo, marato, maria-branca, mata-bicho, mé, meu-consolo, minduba, miscorete, moça-branca, monjopina, montuava, morrão, morretiana, mundureba, óleo, orontanje, panete, parati, patrícia, perigosa, pevide, pilóia, pinga, piribita, porongo, prego, pura, purinha, quebra-goela, quebra-munheca, rama, remédio, restilo, retrós, roxo-forte, saideira, samba, schnaps, sete-virtudes, sinhaninha, sinhazinha, sipia, siúba, sugar cane brandy, sumo-de-cana, suor-de-alambique, supupara, táfia, teimosa, terebintina, tiquira, tiúba, tome-juízo, trago, três martelos, uca, uma, uminha, urina-de-santo, water-that-the-little-birds-won’t-drink, xinapre, zuninga . . .
IX Festival Mundial da Cachaça*
Quando: 16 a 18 de julho de 2010
Onde: Salinas - MG
O crescimento da produção de cachaça genuinamente nacional é destaque no Brasil e no Exterior e representa cerca de 80% do segmento de destilados, sendo que a produção de cana-de-açúcar no Brasil, somente para a fabricação de cachaça, chega a 10 milhões de toneladas por ano, o equivalente a uma área plantada de 125 mil hectares.
Os produtores de Salinas também são atores deste mercado e respondem por uma das principais atividades econômicas do município que gera emprego e renda, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento da região.
Todo o processo produtivo da cachaça de Salinas é artesanal e obedece a rígidos padrões de qualidade, sendo esta característica um grande diferencial para os mais exigentes paladares que apreciam o nosso produto, pois possuem sabor e aroma inigualáveis.
Intitulada CAPITAL MUNDIAL DA CACHAÇA, Salinas é terra de gente acolhedora, amiga e receptiva. Sempre de braços abertos ao nosso turista que prestigia a nossa cidade com sua presença.
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