Todos os anos é a mesma coisa. Quanto mais próximo, menos favoráveis são os prognósticos para o maior dos nossos eventos. Esta sensação parece ocorrer pela farta sequência de improvisos que emperram as engrenagens que deveriam impulsionar o que era até recentemente exaltado como um dos melhores carnavais do país. Apesar de o centro da cidade ainda se encontrar na maior balbúrdia, caminhões e operários a conferir redes elétricas, instalar holofotes, erguer portais, montar palanques descomunais, testar ensurdecedoras caixas acústicas, na noite da quinta-feira o grupo Me Ampara Se Não Eu Caio dá uma reviravolta no carnaval de rua deste velho e animado burgo. Quando então é quase impossível passar na Capistrana, atravessar a Quitanda e alcançar a Praça da Catedral. Com seus arlequins, colombinas e pierrôs no embalo de saudosas marchinhas e sambas de outrora, o Me Ampara funciona como revigorante elixir dos carnavais de uma Diamantina que ainda teima em resgatar seu passado de muita glória, fascínio e sedução.
Como então explicar a percepção de que este carnaval atrairá menos público do que o de 2013, se, diferentemente daquela época, não vivemos pendências econômicas ou contendas políticas? É que várias outras cidades passaram a oferecer folias mais organizadas, com shows, bandas e artistas de renome. E até a capital mineira, celeiro do público-alvo do interior, se deu conta de que já é tempo de reviver a folia do Bairro Santa Tereza e, quem sabe, voltar a sacudir a Afonso Pena com a famosa Batalha Real que abria na quinta-feira seu grandioso carnaval. Bem... E ainda temos por aqui a degradação dos espaços públicos, a fedentina do xixi, os carros de som em áreas residenciais... E o mais grave: a quase certeza de que as normas do Decreto do Carnaval não serão obedecidas e nem seus infratores notificados, multados e punidos.
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 655, 01 de março de 2014
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