Fonte: Jornal A Cidade (clique aqui para ler a reportagem completa)
Pouca gente sabe, mas Maria Mercedes Duarte é uma das figuras centrais do samba nacional. Não exatamente como cantora e compositora, mas como musa inspiradora de uma das músicas mais conhecidas do cancioneiro popular. Foi para ela que os compositores Luís Antonio e J. Júnior escreveram, em 1952, “Lata D’Água” - quem não se lembra dos versos “Lata d’água na cabeça/ Lá vai MAria/ Lá vai Maria...”?
A canção ficou célebre nas vozes de estrelas como Marlene. Mais de seis décadas depois, vai ser relembrada por velhas e novas gerações graças a um documentário idealizado por dois ribeirão-pretanos.
Criado pela engenheira de produção Thalita Magalhães e pelo músico Júlio Fejuca, do grupo Sambô, o projeto “Tá No Mundo” resgata personagens que fizeram ou fazem parte da história do País. Maria, ex-passista da escola de samba Portela, foi a escolhida para inaugurar a série de homenageados. “São nomes que se tornaram um marco na sociedade de forma positiva e impactaram pessoas com sua forma de levar a vida, tornando nosso mundo melhor”, explica Julio.
Maria Mercedes Duarte, a Maria Lata D’Água, nasceu há 81 anos, em Diamantina (MG), e foi morar no Rio de Janeiro antes de completar 13 anos. Começou no Carnaval carioca em 1949, desfilando pelo Acadêmicos do Salgueiro. A sua vida artística começou em circo e boates, onde ganhou o apelido graças a sua habilidade em dançar com uma lata d’água na cabeça.
Maria Lata D’Água saiu em quase todos as escolas de samba do Rio, mas a sua preferida era a Portela.Foi lá que ela desfilou por mais tempo.
Deixou o Carnaval em 1991, quando entrou para a igreja Canção Nova, comunidade que faz parte da ala carismática da Igreja Católica. Em 2012, o programa “Fantástico”, da TV Globo, chegou a fazer uma reportagem sobre Maria, na qual a ex-passista mostrava que, mesmo longe da passarela, ainda tinha samba no pé.
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