sábado, 5 de julho de 2014

Voz de Diamantina: a inesgotável magia da Vesperata

Capa (56)Ficou para trás o tempo em que este editorialista tentava enumerar o tanto de vesperatas a que já tinha assistido. Desde seu mágico advento, em meio à indescritível emoção de vê-la turbinar a campanha Diamantina Patrimônio Cultural da Humanidade, ao orgulho de testemunhar o mundo a enaltecê-la como um produto cultural inimitável, e à alegria de morar em uma cidade não apenas bonita, charmosa e seresteira, mas meritoriamente reconhecida como precioso templo da musicalidade. Não tenho ideia desse número, assim como da quantidade de textos que já escrevi sobre a principal atração deste velho e festeiro burgo. Na mais das vezes, elogiando-a; e em não poucas outras, apontando falhas em sua execução, sugerindo mudanças, propondo correções.

No último sábado de junho, lá estava eu na Quitanda para assistir a mais uma vesperata. Como sempre, na gostosa expectativa de me embevecer com suas belas músicas, por mais que já as tenha escutado uma, duas, dezenas de vezes. Quem tem sensibilidade sabe que concertos, serenatas e vesperatas nunca se repetem. Principalmente numa Diamantina cujos casarões se acumpliciam com o frescor da noite sob o manto celeste pontilhado de estrelas, na confluência de becos, ruelas e esquinas guardiãs de mil segredos. Novidade para mim foi a reprodução de um coral de serestas entremeada pela saudosa voz de Juscelino a afirmar que “uma serenata em Diamantina é mais bela que uma noite de trovadores em Nápoles”. Pus-me a imaginar que comparação mais feliz o seresteiro-mor diamantinense encontraria para descrever esse espetáculo que, infelizmente, ele não conheceu. Cosmopolita e atilado observador que era, quase o ouço a dizer que “uma vesperata em Diamantina é tão ou mais bela que tudo o que se tenha conhecido ao redor do mundo”.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 673, de 05 de julho de 2014

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