segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Voz de Diamantina: a posse do novo presidente da câmara

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Comecei o ano exercitando o meu civismo. Em vez de jogar paciência, como sempre faço ao assistir - on-line - a reuniões da câmara, lá fui eu para o centro da cidade. Que na tarde de 1º de janeiro parecia ainda meio inebriada pelos muitos tintins e excitada com o foguetório que espocou na Serra do Cruzeiro festejando o réveillon. Sentei-me numa das muitas cadeiras vazias do auditório poucos minutos antes da hora marcada no convite para a reunião de posse do novo presidente do legislativo. Sem nem mesmo imaginar que nossos vereadores também aderiram ao péssimo hábito da impontualidade. No Teatro Santa Isabel, em todos os casos, os músicos e artistas ainda tentam justificar essa falta de respeito por alguma falha elétrica, de refletores, de caixas acústicas e outras mentiras desse tipo. Mas, puxa vida! Não é que a egrégia Câmara Municipal de Diamantina deu início à sua primeira reunião do ano com mais de meia hora de atraso? E sem ninguém pedir desculpas ou apresentar qualquer explicação.
Não são animadoras as opções para prestigiar as reuniões do nosso legislativo. Uma delas, a mais prática e menos enfadonha, é ouvi-las pela internet jogando paciência. Outra é munir-se de paciência para escutar longas xaropadas discursivas que variam de autoelogios ao puxa-saquismo, passando sempre pelo agradecimento a Deus, à família, aos ilustres colegas de parlamento, aos eleitores, à cidade que eles tanto amam e pela qual imolam suas vidas. Além de grande parte da incrédula população não lhes conferir a merecida aura de heróis do civismo, da cidadania, do mais puro e exacerbado espírito de doação, persiste também a crença de que o sonho de muitos deles é fazer desse múnus público confortável, vitalícia e bem remunerada (in) atividade. Mas isso são ossos do ofício. Algum dia virá em que o estoico desempenho desses patriotas terá o reconhecimento das cidades, dos estados, da nação. Quando, então, a glória de Jeová será exaltada na mesma proporção em que cresce o engajamento e o proselitismo político-evangelizador.
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 700, de 10 de janeiro de 2014
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