segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Novo encontro das áreas de Literatura, Artes Plásticas e Audiovisual, dia 08/02, às 15 horas

No dia 20 de janeiro aconteceu a reunião das áreas temáticas de Literatura, Acervo Cultural, Artes Plásticas e Audiovisual para composição do novo Conselho Municipal de Cultura de Diamantina.

Houve quórum apenas para a eleição do setor de Acervo Cultural, e foram escolhidos dois representantes: um da Igreja de São Francisco de Assis e um do Museu do Diamante.

Ficou decidido que um novo encontro será realizado, desta vez no dia 08 de fevereiro, terça-feira, às 15 horas, no Cine Teatro Santa Izabel, para escolha dos representantes da Literatura, Artes Plásticas e Audiovisual.

No I Fórum Municipal de Diamantina, realizado de 5 a 7 de dezembro de 2010, foi acordado que os agentes e grupos culturais do município se reuniriam por área temática para escolha dos representantes que irão compor o Conselho Municipal de Cultura de Diamantina.

O envolvimento da sociedade civil é condição fundamental para que o Conselho se fortaleça e possa dar conta das tantas demandas culturais do município, tanto de seu núcleo urbano como das comunidades rurais. Toda a comunidade diamantinense, incluindo os distritos, está convidada a partilhar desse encontro, pois é de extrema importância que a definição dos representantes de cada área seja fruto de um debate bastante participativo.

Aos representantes que ocuparão as respectivas cadeiras caberá a tarefa de mobilização constante em sua área e, a partir desse diálogo, o recolhimento das demandas e das considerações de seus pares.

Peço por gentileza a ampla divulgação deste convite. Participem!

Atenciosamente,

Silvio Diogo Lourenço dos Santos

Produtor cultural – Proexc/UFVJM

(38) 9950 2736

Inhotim: um passeio imperdível pertinho de Belo Horizonte

O Instituto Inhotim foi idealizado pelo empresário Bernardo Paz em meados da década de 1980. Em 1984, o local recebeu a visita do renomado paisagista Roberto Burle Marx, que apresentou algumas sugestões e colaborações para os jardins. Desde então, o projeto paisagístico cresceu e passou por várias modificações.

A propriedade particular foi se transformando com o tempo. Começava a nascer um grande espaço cultural, com a construção das primeiras edificações destinadas a receber obras de arte contemporânea. Ganhava vida também o rico acervo botânico, consolidado a partir de 2005 com o resgate e a introdução de coleções botânicas de diferentes partes do Brasil e com foco nas espécies nativas.

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Não empreste seus livros. Dê.

Fonte: Livro e Afins

Um livro fechado em uma prateleira não tem valor nenhum. Se você já o leu, passe-o adiante.

A única razão de guardar um volume com suas palavras enclausuradas para todo o sempre é ele ser uma edição rara ou ele ter a dedicatória de um amigo querido ou do próprio autor.

Um livro com as páginas cerradas tem valor igual a zero. É como se você, de maneira egoísta, calasse o autor e quisesse guardar aquelas histórias, aquele conhecimento, apenas para você.

Não duvido que muitas das pessoas que reclamam que o Brasil é um país que não lê, que este é um lugar onde os livros são muito caros, sejam as mesmas que guardam em suas estantes edições banais (mas caras) que poderiam ser muito bem passadas adiante. E assim elas chegariam gratuitamente às mãos de pessoas para quem elas fariam diferença.

Talvez as mesmas pessoas que reclamam de que alguns dispositivos de leitura de livros eletrônicos não permitem o adequado compartilhamento de obras sejam as mesmas que não compartilham os seus livros.

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domingo, 30 de janeiro de 2011

Um tesouro escondido no Espinhaço

Local: Presidente Kubitschek – 70 km de Diamantina ( 55 de asfalto e 15 de terra)

Guia local: Eberton/Edinho (38)99489761

Hospedagem: Estalagem Pouso Alto  em Presidente Kubitschek – (38) 35451169 ou 98756439 – epousoalto@uol.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dona Ambrosina: uma fazedora do nosso chão

Texto de Fernanda Salvador, no excelente blog Fazedores do Nosso Chão

No chão de sua simplicidade, Ambrosina Dias da Cruz costura virtudes e faz com que uma se equilibre na outra. Da humildade que não a deixa se esquecer da importância de uma terra firme para caminhar e que, ao mesmo tempo, não a deixa se humilhar, colocando-a em contato com seu próprio valor, nasce a altivez que não necessita ser elogiada: “Tenho medo do elogio, de ficar orgulhosa. Eu gosto de reconhecimento e isso é diferente”.

Ambrosina nasceu no ano de 1917, em Diamantina (Alto Jequitinhonha – MG), cidade onde mora. Ela aponta como razão de sua vitalidade e longevidade a postura ativa que mantém desde menina: “Minha vida foi cheia de serviço, por isso estou bem de saúde”. Já foi doceira, costureira e “até pegava na enxada”. Nas atividades na Igreja encontrou o trabalho que lhe traz satisfação. Lá, aos nove anos de idade, começou a cantar. Ajudou, com as Pastorinhas de Diamantina, a arrecadar fundos para construir a Capela de Nossa Senhora da Consolação. Apresentando-se nas ruas da cidade, as meninas-pastorinhas cantavam e dançavam, acompanhadas pela orientação e pelo acordeon de Ambrosina. O grupo terminou em 2009, mas pôde deixar registrado, em CD, um pouco do seu trabalho. Os 50 anos em que permaneceu com as Pastorinhas não abandonam suas lembranças: “Tenho muita saudade. Eu gostava demais”.

De seu otimismo, ela colhe o prazer para viver. A vida, afirma, “é cheia de coisas boas, é só saber levar”. A lucidez que sustenta sua visão otimista lhe dá, também, coragem para não temer o fim. “Quando alguém morre, penso: foi?! Eu também vou. Ah, pode falar: a parte real de nossa vida é a nossa irmã morte. Na hora que você nasce, você já está morrendo. Deus põe na mão da gente uma vela da proporção da vida que vamos viver. Quando acende a vela, já estamos morrendo”, diz.

Para quem é senhora de si mesma, servir o outro é uma grata oportunidade de expressar e dividir seu afeto, além de poder se livrar da prisão do egoísmo: “Me fechar, me trancar em mim, isso não! O que sei e tenho, eu divido. Ah, o prazer de servir: que alegria me dá!”.

Ficar trancada em si mesma não apenas tira o prazer de servir, como também pode impedir a convivência com uma postura que Ambrosina considera fundamental: “Dizer a verdade, somente a verdade”. É saindo de dentro de si, é não escondendo dentro dela fraquezas que ela deixa sua naturalidade se expressar: “Ah, eu era ranzinza. Não vou falar que só sou santa não. Eu também sou desconfiada, desapontada”.

Desconfiada de um lado, porém confiante por outro, Ambrosina repele a hesitação que duvida do êxito. Quando nos lançamos a uma empreitada, ela ensina, “não é pra dizer: ‘se der certo’, tem que tirar o ‘se’. Tem que dizer assim: ‘vai dar certo!’”. Como amiga de sua terra e artista de rua, foi ganhando o reconhecimento de onde tira estímulo para, no cultivo de um modo simples de viver, colher vida do seu chão.

Clique aqui para conhecer outros “fazedores”

Documentário colaborativo do YouTube estreia hoje

Fonte: Época

No meio de 2010, o YouTube apresentou o projeto Life in A Day (A Vida em Um Dia) e pediu que os usuários do site mandassem vídeos com imagens do seu cotidiano. As pessoas tinham 24 horas, no dia 24 de julho, para “documentar um trecho da sua vida com uma câmera” e mandar para o YouTube. O resultado seria um documentário colaborativo sobre um dia da vida no planeta, produzido por Ridley Scott e dirigido por Kevin Macdonald.

Agora, o documentário ficou pronto. Macdonald e sua equipe passaram os últimos meses transformando 80 mil vídeos com mais de 4500 horas de imagens em um filme de 90 minutos que "dá uma visão honesta e inspiradora do nosso mundo". O documentário estreia nesta quinta-feira (27) no festival de Sundance e será transmitido simultaneamente no YouTube. No horário de Brasília, a exibição do filme será às 22 horas.

Macdonald dirigiu o documentário One Day in September, sobre o assassinato de 11 atletas israelense nas Olimpíadas de 1972, em Munique, que ganhou Oscar de melhor documentário longa-metragem em 2000, e o filme O Último Rei da Escócia, sobre um jovem escocês que se torna médico particular do ditador de Uganda. Para saber mais sobre o Life in A Day e assistir a transmissão, acesse a página do projeto no YouTube.

Veja o trailer:

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cicloviagem de Curvelo a Diamantina

Este é o teaser do vídeo oficial da cicloviagem Curvelo / Diamantina 2011. Cerca de 50 bikers de diversas cidades puderam conhecer o paraíso. É uma região com um excelente potencial turístico ainda pouco explorada. Todos os detalhes estão publicados no www.noispedala.com.br

Juscelino era cigano?

Fonte: Carta Capital

Anatomia de um povo desprezado

Autor: Helion Póvoa Neto, Professor da UFRJ e Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (NIEM)

Os ciganos por vezes aparecem como povo “à parte”, não pertencente a nações territoriais, com vida nômade ou seminômade, provocando estranheza numa sociedade com valores associados à sedentarização, como a Europa.

Junto disso, é bom lembrar que, na sociedade moderna, pessoas partem em busca de novos lugares para viver e se estabilizar, por causas econômicas, políticas e religiosas. São as migrações.

Ao mesmo tempo, há movimentos associados à “errância”, ao nomadismo ou à incapacidade de estabelecer relações duradouras com os lugares e as formas de trabalho mais tradicionais, que são fortemente estigmatizados, levando a iniciativas de assimilação ou sedentarização forçada. Os povos ciganos já foram alvo de tais processos, embora muitos mantenham seu estilo de vida característico. Costumam atuar em ofícios ligados à arte e às atividades mágicas, com uma existência tida como “aventureira”, suscitando atitudes ambíguas da parte dos que vivem em sociedades não nômades.

Tem sido este o tom do relacionamento das sociedades ocidentais com os ciganos ao longo da história, desde que apareceram no continente europeu, causando, ao mesmo tempo, curiosidade e medo. Não havia registros escritos sobre sua origem e história. Paralelamente, praticavam uma cultura de transmissão oral, em uma língua incompreensível e cheia de segredos para os ocidentais.

O nome com que passaram a ser conhecidos já revela esse aspecto. Identificando-se como refugiados do Egito muçulmano, favoreciam a associação entre “egípcios” (égiptiens, egyptians, egitanos) e os nomes gitans, tsiganes em francês, gypsies em inglês, gitanos em espanhol, ou ciganos em português. Muitos ciganos consideram tais nomes pejorativos e, mesmo sem consenso, preferem a designação de povos romani, rom ou roma.


A chegada à Europa


Sendo o continente europeu fundamentalmente cristão, especulações sobre a origem dos ciganos apoiaram-se em escritos bíblicos. Já foram qualificados como amaldiçoados, condenados a vagar pelo mundo por descenderem de Caim, por terem negado abrigo a José e Maria na volta do Egito ou por haverem forjado os pregos usados para a crucificação de Jesus Cristo.

Vale notar a semelhança com lendas referentes a outro grupo, os judeus, também associados à errância, a uma “culpa original” e ao exercício de ofícios diferentes daqueles dos cristãos. Séculos mais tarde, tidos como “sem pátria”, os dois grupos seriam vítimas do Holocausto na Alemanha nazista.

As conclusões já aceitas sobre os ciganos baseiam-se em registros escritos e nas línguas e dialetos romani, que foram assimilando características das regiões pelas quais passavam.

A explicação mais aceita aponta para a península indiana como área de origem, com a saída ocorrendo na Antiguidade. Textos e imagens de época registram a chegada e passagem de músicos e outros trabalhadores indianos à Pérsia (atual Irã) entre os séculos III e V de nossa era. Outros registros históricos documentam um movimento progressivo, rumo ao Ocidente, de grupos nômades com origem indiana.

No século XIV, a presença dos ciganos começou a se fazer notar na maior parte da Península Balcânica, onde hoje estão Croá-cia, Sérvia, Bulgária e Romênia. Nessas regiões registram-se também os primeiros sinais de escravização de ciganos, um fenômeno que ocorreria até o século XIX em boa parte do Leste Europeu.

Estigma e Violência

As guerras e as crises agrárias na Europa, entre o fim da Idade Média, haviam deixado senhores de terras sem trabalhadores, o que acarretou uma legislação contra a vagabundagem e a errância, visando compelir as pessoas ao trabalho. Os ciganos, com pele mais escura, sem vínculos a nenhuma nação reconhecida e parecendo “naturalmente” nômades, foram as maiores vítimas. Eram alvos também para a Igreja Católica, preocupada com formas de magia (a leitura de mãos e a previsão do futuro).

Assim, ao mesmo tempo que os ciganos chegavam à Europa Ocidental, por volta do século XV, as atitudes discriminatórias se acentuavam. Mesmo onde não havia escravidão, ser reconhecido como cigano ou judeu equivalia a ser criminoso e ao trabalho nas galés (prisões). Nobres, reis e papas buscavam submeter os nômades vistos como irredutíveis ou indesejáveis. O papa Pio V incitou os governos de Portugal, Espanha e França a expulsar ciganos das áreas católicas para África e América. Em alguns casos, os próprios ciganos tomaram a iniciativa de emigrar para o Novo Mundo, seguindo os judeus que se cristianizavam e fugiam das perseguições na Europa.

No século XVIII, permaneceram tentativas de sedentarização forçada e erradicação das línguas romani. Muitos, porém, permaneceram nômades: viviam de transporte e a venda de animais, comércio em mercados temporários, trabalho como músicos e artistas de circo, leitura de mãos e adivinhação da sorte nas cidades.

Em alguns países, tiveram uma relativa estabilidade e integração às sociedades locais, como na Espanha, onde a cultura flamenca é praticada por ciganos e reconhecida como um símbolo de identidade nacional.
No Leste Europeu, onde ciganos representam porcentagem significativa da população em países como a Romênia e a Bulgária, permanece predominantemente o grupo rom, ou roma, que pratica a língua romani e apresenta diversos subgrupos.

A partir do século XIX, as atitudes quanto aos ciganos estabilizaram-se, na Europa, persistindo a discriminação, mas com um crescente interesse em sua linguagem, música e cultura. As leis anticiganos tendiam a ser abolidas, juntamente com a servidão e a escravidão no Leste. O espírito romântico nas artes voltou-se muitas vezes para os ciganos.

Da sedentarização ao extermínio
A relação entre ciganos e povos europeus voltou a ser violenta com o governo nazista da Alemanha. Manifestações de intolerância surgiram na década de 1920, quando leis pronunciavam ciganos e judeus como “raças estrangeiras” de sangue “impuro” e ameaçadoras ao projeto de pureza racial alemã.

Classificados como criminosos, alheios à “sociedade normal”, foram deportados à Polônia, aprisionados em campos de concentração e submetidos, de 1943 a 1945, à chamada “solução final”, com o extermínio de 200 mil a 800 mil ciganos.

No pós-Segunda Guerra Mundial, os ciganos do Leste Europeu, habitantes dos países do bloco socialista, estiveram sujeitos a projetos de assimilação e sedentarização- forçada. O nomadismo sofreu interdições, e a escolarização tornou-se obrigatória, com negação do estatuto de minoria étnica e linguística. A sedentarização foi atingida, mas em geral a assimilação fracassou: ressentimentos e preconceitos entre ciganos e não ciganos existem até hoje.

A abertura da União Europeia
Durante a Guerra Fria, ciganos do Leste Europeu eram proibidos de viajar. Porém, na década de 1960, ocorreu uma vinda de ciganos, principalmente da antiga Iugoslávia, para países ocidentais.

A grande mudança nos fluxos aconteceu a partir de 1989, com a queda dos regimes socialistas e a migração, em massa, de grupos acalentados pelo sonho do “Ocidente próspero” e receptivo à imigração. Juntando-se a outros não ciganos do Leste, milhares de roma deslocaram-se legal ou ilegalmente.
A partir de 2004, ingressaram na União Europeia países com considerável população cigana, como Hungria, Eslováquia, República Tcheca. Em 2007, aderiram também Bulgária e Romênia.

O problema dos ciganos confunde-se com a rejeição aos imigrantes em geral, e também com o tema político, extremamente sensível, o da expansão da UE rumo ao Leste. Outros países com consideráveis contingentes de ciganos são também candidatos ao ingresso, como Sérvia e Turquia.

A União Europeia foi pensada como um espaço comum de circulação, com eliminação do controle de fronteiras para os países participantes. Todavia, os habitantes dos últimos países a entrarem na UE não são ainda membros plenos, o que têm repercussões para a situação dos imigrantes do Leste nos países europeus ocidentais.

As iniciativas recentes de deportação de ciganos romenos e búlgaros pela França, com ameaças em outros países, podem ser entendidas nesse contexto. A situação de “sem domicílio fixo” de boa parte dos ciganos e a alegação de constituírem risco para a ordem pública também aparecem como justificativas. A criminalidade é frequentemente alegada como razão para o estigma da comunidade. Porém, a situação de rejeição parece ser também uma causa para a restrição das opções de trabalho e sobrevivência para os ciganos.

A história mostra que responsabilizar todo um povo, cultura ou etnia, por problemas sociais mais amplos, pode ter consequências graves. Notícias recentes quanto a um “cadastro étnico” que a polícia francesa teria elaborado para os ciganos evocam perigosamente iniciativas semelhantes já mencionadas, e causam temores quanto ao que podem prenunciar.
A situação dos ciganos alerta a todos nós para os riscos da busca dos “culpados mais fáceis”, numa Europa que valoriza a diversidade cultural e tem como um de seus princípios a livre circulação.

Os Ciganos no Brasil
No século XVI, os primeiros ciganos desembarcaram na Colônia, provavelmente ibéricos degredados. Há registros também da presença de ciganos na região das Minas Gerais no século XVIII, em geral acusados de “desordeiros”. No Rio de Janeiro, alguns ciganos enriqueceram com o comércio de escravos.

No século XIX, outros grupos começam a chegar, em meio à política de abertura à imigração europeia. Tidos como indesejáveis pelos oficiais de imigração na maioria dos países, ocultavam sua condição tanto às autoridades dos locais de partida quanto às dos países de chegada. Assim, mesmo sem identificação precisa, nos séculos XIX e XX, o Brasil recebeu ciganos em meio aos fluxos de imigração alemã, italiana e do Leste Europeu.
Essa falta de identificação no processo migratório explica a imprecisão das estimativas atuais quanto ao número de ciganos e descendentes em território brasileiro. Com exceção de alguns grupos no interior do País, atuando como artistas de circo, comerciantes e ferreiros, a comunidade cigana é bem pouco visível na sociedade brasileira.

A recente valorização da identidade cigana, em novelas de tevê, em grupos de música e dança, estimulou alguns a se assumirem ou redescobrir suas “raízes ciganas”, embora o preconceito e as associações negativas ainda persistam. Um exemplo de origem cigana pouco conhecida é o de Juscelino Kubitschek de Oliveira, presidente da República (1956-1961), neto de um imigrante do império austro-húngaro que chegou a Diamantina (MG) em meados do século XIX.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dica de blog interessante: Fazedores do Nosso Chão

Blog: Fazedores do Nosso Chão

Autora: Fernanda Salvador, Jornalista - Rio de janeiro:

Entre as desejadas potencialidades naturais do Brasil e as pesquisadas mazelas sofridas pelo seu povo há uma riqueza pouco valorizada e explorada: a sabedoria que nasce do nosso chão, concebida na prática da vida. Muitos mestres estão espalhados pelo país, construindo, na peleja pela sobrevivência, na poeira que o viver levanta, um fecundo chão de saberes.

Na intenção de conhecer como vivem e pensam esses mestres, decidi iniciar, no Vale do Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, uma incursão à sabedoria brasileira. Viajei com a ideia de, lá, poder ser uma garimpeira. Não fui explorar os recursos minerais do rico solo da região, mas o mundão de possibilidades que brotam do chão humano. Durante as três semanas de minha passagem pela região, conheci gente de muito saber em Araçuaí, Berilo, Chapada do Norte e Diamantina.

Ao tentar garimpar as riquezas de suas percepções, comecei a perceber que é de troca e convivência que o chão se alimenta. Ele é formado por gente e não por deuses. Seu Antenor, um dos fazedores com quem conversei, ensina: “Deus é um sozinho que tem”. No chão, ama-se e se é amado, acolhe-se e se é acolhido, dá-se e recebe-se, perde-se e ganha-se: nele se vive! E com abundância. Nas prazerosas conversas que tive com os fazedores, comecei a compreender: o aprender e o ensinar é uma peleja constante e comum a todos.

Voltar os olhos para o nosso chão pode ser uma experiência reveladora. É que, quando nos limitamos às alturas, deixamos de enxergar, nas sutilezas e miudezas que ensinam vida, a grandeza que tanto procuramos no alto. Colocando os pés na nossa terra podemos descobrir o nosso chão, o chão do Brasil e, mais do que isso: podemos ter um valioso guia na aventura que é o viver.

O blog é o espaço que encontrei para compartilhar a experiência de conhecer um pouco mais sobre a vida e o pensamento de brasileiros cujas vozes, embora quase não tenham vez para ecoar Brasil afora, muito têm o que dizer. São eles os fazedores do nosso chão.

Encontrei, no Vale do Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, alguns desses brasileiros e é com textos sobre eles que dou início ao blog. A experiência de conhecê-los me fez prestar mais atenção a um modo de vida que, no cultivo do coletivo e no movimento do dia-a-dia, constrói um vigoroso chão de saberes. É bastante estrada que precisamos percorrer, há muito desse país a ser redescoberto…

Clique aqui para conhecer o blog Fazedores do Nosso Chão

Segue abaixo uma mensagem da autora:

Meu nome é Fernanda, sou jornalista e moro no Rio e Janeiro. Ano passado, estive no Vale do Jequitinhonha para fazer um trabalho sobre um Brasil que muito me encanta. Minha intenção era conhecer o modo de viver e pensar de brasileiros que muito têm o que dizer. Passei por Diamantina e entrevistei duas figuras formidáveis da cidade: Dona Ambrosina Dias da Cruz e Seu Gonçalo do Rosário Silva.

Convido vocês do Passadiço Virtual e toda Diamantina para conhecer o trabalho: http://fazedoresdonossochao.com/

Minha vontade é de dar continuidade ao trabalho e entrevistar, pelo país e Vale do Jequitinhonha a dentro, brasileiros que fazem o Brasil ficar ainda mais bonito! Fiquei encantada, de verdade: como a terra de vocês é rica!

Abraço, Fernanda Salvador.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Manifesto dos povos indígenas dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Encaminhamos a carta - manifesto das organizações sociais dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri em favor da luta territorial e pelo direito a soberania dos povos indígenas dos Vales. Esta carta é fruto do I Seminário de Agroecologia e as realidades dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri onde aconteceu a oficina Resistência cultural e camponesa em que participaram os Pataxó Pankararu, os Mocuriñ e os Pataxó hãe hãe hãe.

Encaminhamos com a intenção de expor a situação das populações indígenas desta região e de tornar pública a necessidade da conquista territorial para continuidade e fortalecimento da reprodução dos modos de vida, organização cultural e social desses povos.

Abraços de esperança e luta!! Grupo Aranã de Agroecologia

As organizações sociais abaixo assinadas após a construção/participação no I Seminário de Agroecologia e as Realidades dos Vales, realizado na Escola Família Agroecológica em Araçuai - MG nos dias 13 e 14 de dezembro de 2010, onde estiveram presentes os povos indígenas dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, dentre eles os Pataxó Pankararu, Pataxó hãe hãe hãe e os Mocuriñ vêm por meio deste manifesto, elucidar a situação de espoliação do direito de fixação e uso da terra, bem como o descaso dos órgãos oficiais de apoio ao índio e a ausência manifesta de resposta dos mesmos. Vale ressaltar, que para os povos dos Vales a conquista do território não se resume apenas à conquista da terra, está imbricada ao acesso a tantos outros direitos, como saúde e educação diferenciada e o exercício de práticas agroecológicas que possibilitem o “viver soberano” das populações indígenas.

Pataxó Pankararu: Foi adquirida uma área (via Programa de Crédito Fundiário) de 68 hectares em 2005, com uma produção não suficiente para o pagamento da dívida. Os Pataxó Pankararu da Aldeia Cinta Vermelha Jundiba de Araçuai reivindicam a quitação da dívida e a ampliação territorial com a aquisição das Fazendas Cristal e Pouso Alegre. Projeto já encaminhado a FUNAI.

Pataxó hãe hãe hãe: O povo Pataxó hãe hãe hãe encontra-se há anos desterritorializados. Foram expulsos de seu território na Bahia em 1941 pelo Serviço de Proteção ao Índio – SPI. Atualmente vivem, entorno de 82 pessoas (entre elas crianças, adolescentes e idosos com até 105 anos) na periferia de Bertópolis, onde continuam lutando por seu território, sendo que a terra é uma das ferramentas de resgate, revalorização e reconstrução da cultura e modo de vida.

Mocuriñ: O povo Mocuriñ reivindica o reconhecimento étnico a nível federal, até agora esse reconhecimento só foi alcançado estadualmente. Vivem hoje na zona rural de Campanário, numa área de 16 hectares (90% do território preservado), onde residem 9 famílias. O território é insuficiente para as famílias Mocuriñ, sendo que maioria delas hoje vive na cidade. Diante disso, reivindica-se a ampliação territorial por meio da aquisição de uma fazenda vizinha, penhorada no Banco do Brasil. Projeto já encaminhado a FUNAI.

Assinam, Associação Indígena Pataxó Pankararu – AIPPA Grupo Aranã de Agroecologia,  Escola Família Agroecológica de Araçuai, Associação de moradores e Amigos de Itinga – Amai Coletivo de mulheres Retalhos de Fulô - MMM Visão Mundial - PDA Ponto dos Volantes e PDA Araçuai Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica – CAV Associação Mineira das Escolas Família Agrícola – AMEFA Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Grupo JEQUI – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Grupo de Estudos dos povos indígenas de Minas Gerais – GEPIMG/UFVJM Grupo de extensão e pesquisa da agricultura Familiar – GEPAF/UFVJM Cáritas diocesana do Baixo e Médio Jequitinhonha Associação Regional Mucuri de cooperação aos pequenos agricultores – ARMICOPA Associação de mulheres quitandeiras de Diamantina/Bairro Gruta de Lourdes – Grupo Mulheres Reais Grupo de mulheres artesãs de Diamantina/Bairro Cidade Nova – Grupo Mulheres em ação

Projeto Ambiente Gastronômico no Vale

Fonte: Sebrae/MG

A vida das pacatas localidades rurais de Minas Gerais, com paisagens pitorescas, costumes e artes seculares, linguajar típico e o sabor inesquecível de alimentos saudáveis, inspirou uma nova parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE-MG e do Governo do Estado para estimular o resgate da cidadania e o desenvolvimento econômico e social de comunidades das diversas regiões mineiras. O programa Turismo Solidário criou roteiros para despertar a imaginação e os sonhos dos visitantes, que viram protagonistas do processo de valorização da sabedoria popular, das tradições, da arte e da cultura, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da gente simples do interior.

A coleção Ambiente Gastronômico do Vale registra a história, o ambiente e o saber culinário dos moradores de Alecrim, Bonfim, Capivari e Mendanha, distritos do Jequitinhonha que já desenvolveram atividades de organização do turismo receptivo familiar. Os quatro volumes foram produzidos com a participação das comunidades, que buscaram, nos tradicionais cadernos de receitas preservados e ampliados de geração em geração, as anotações pessoais sobre os pratos mais saborosos e informações sobre remédios caseiros para diversos males. A publicação também fala das rezadeiras e de bênçãos que a força da crendice popular ainda prefere no lugar de modernos tratamentos médicos.

Na sua mais atualizada concepção, o turismo considera que a originalidade dos destinos e a emoção que provocam são marcas indispensáveis à atração de visitantes cansados da padronização mundial dos roteiros. Com esta coleção, o SEBRAE-MG entende que, além de divulgar um inovador programa turístico que possibilita a geração de emprego e renda, contribui para recuperar e preservar a rica culinária de Minas. Os sabores e cheiros dos salgados, doces e quitandas mineiros oferecem aos turistas, em singelas mesas de confraternização, o sonho e a fantasia. E, nas conversas sobre habilidades e conhecimentos culturais, artísticos e práticos, é possível reconhecer aquilo que, ao longo dos séculos, forjou o jeito de ser do povo mineiro.

Clique aqui para fazer download gratuito dos livros.

Diamantina é invadida por objetos e animais

Fonte: Blog do Izzidoro

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

100 dicas para educar e divertir as crianças

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Prefeitura gasta R$ 5 milhões ao ano para capturar animais abandonados e devolvê-los às ruas

fotos teila 189Acabo de ler uma reportagem no Estado de Minas que  aborda o abandono de cães  em Belo Horizonte e percebo que o problema é muito complexo. A Prefeitura de Belo Horizonte  gasta 5 milhões de reais por ano para tentar resolver o problema. Isso mesmo, não é erro de digitação: 5 milhões de reais por ano.

Aqui em Diamantina, de férias, resolvo  dar um passeio com meu filho e sou recepcionado na porta de minha casa por cinco cachorros andando livremente. Dois deles são da raça Fila, pretos e enormes, que me encaram e desafiam. Meu filho, com medo, corre para dentro de casa. Os cães ficam ali, removendo  e espalhando o lixo, assustando as pessoas. Procuro o irresponsável dono dos cães, mas não consigo identificá-lo. Lembro-me que a Prefeitura de Diamantina prometeu resolver o problema , mas vejo que agora é pior, pois o problema está na porta de minha casa.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Asas do Tejuco

Fonte: Sentando a Pua

Texto: William Spangler
(Diamantina MG, em 02 de junho de 2005.)

João Milton PratesEm 08 de maio de 1945 a rendição alemã foi assinada. A guerra na Europa estava finda. Na manhã deste dia, uma esquadrilha de aviões P-47 D Thunderbolt da FAB estava sobre os céus da Itália para uma missão, quando nos cockpits o rádio de comunicação anunciou: Não ataquem. Repito, não ataquem. A guerra terminou. O conflito que levara aqueles jovens pilotos em janeiro de 1944 ao treinamento nos USA e no Panamá, ceifaria a vida de muitos, mas finalmente expirava de seus horrores .Porém nos céus italianos, a recém formada FAB, criada pelo Decreto 6.123, de 18-12-43, sob o comando de Nero Moura que recrutara 32 voluntários e fizeram seus treinamentos na Escola Tática em Orlando-Flórida e na base área de Aguadulce - Panamá, foram enviados a Itália em 19-09-44 e integrada ao 350º Flight Group- USAF na base aérea de Tarquinia, deixara a sua epopéia e a sua história. O emblema “Senta a Pua!” pintado na carenagem dos aviões, idealizado pelo capitão Aviador Fortunato Câmara de Oliveira, a insígnia do cruzeiro do sul e a palavra “Jambock” que significa “chicote”, foram os distintivos do 1º Brazilian Fighter Squadron em suas operações de guerra. Dentre aqueles destemidos jovens que ousaram se apresentar para servir ao seu país estava um diamantinense: João Milton Prates.

Nascido em Diamantina em 14 de julho de 1922 e tendo mudado para o Rio de Janeiro ainda criança, Prates apresentara para servir a FAB antes da convocação oficial e fizera seus treinamentos no EUA, em Baton Rouge - Lousiana, junto com Fernando Pereyron Mocellin, que descreveria com um emocionante relato as suas peripécias pelas bases aéreas na América e as aventuras amorosas, os aprendizados na aviação de caça, os acidentes e as primeiras baixas, o fascínio pelo “americam way of life” e toda a campanha italiana, narrando com simplicidade os momentos de alegria e tristeza daqueles jovens pilotos e em especial ao Prates, que registra em seu livro “A missão 60” – Biblioteca do Exercito – , na página 32, quando iam para Miami: Ao meu lado, olhando o mar enorme, o Prates cantava o folclore mineiro: “como pode o peixe vivo, viver fora da água fria”.

Todo o caminho do jovem Tenente Aviador Prates e de seus companheiros está descrito neste livro e o autor relata com visível admiração e humor os momentos de camaradagem, boemia, displicência e simpatia deste diamantinense que foi um dos primeiros aprovados para voar em 1-12-43 no Waco Army Field , no Texas, com apenas quatro companheiros: Amaral, Clóvis, Rocha e Fernando. Os outros que foram eliminados se desesperaram: a guerra ainda era uma aventura. Em janeiro de 1944, eles se juntaram ao 1º Grupo de Caça - FAB no Suffolk Army Field, em Nova York.

Em 7-10-44, Prates chegaria em Tarquínia com o contingente da FAB e integraria a esquadrilha C BLUE, simbolizada pelo lenço azul que compunha o traje dos pilotos. Revelando um destemor nas missões de combate, Prates completaria 55 raids na frente de batalha com considerável estrago ao aparato militar germânico, muitas vezes enfrentando a artilharia antiaérea e tendo seu Thunderbolt sido atingido por estilhaços de FLAK 20 mm e traçados de MG 42. “Bom piloto, audacioso no rigor do combate, foi de fato um piloto de caça, um piloto de guerra!”(Senta a Pua - Rui Moreira Lima- Biblioteca do Exercito, pág. 300)

Em 20 de abril de 1945, a fadiga e o esforço em combate provocaram uma grande debilitação na saúde de Prates e antes de uma missão sobre o Vale do Pó, sofre um grave acidente na pista de pouso em Pisa e é enviado onde estava Pereyron internado no 12th General Hospital sediado em Livorno: O acidente com Prates fora feio e ele se salvara por milagre. Disse que abandonara o avião segundos antes de explodir, afundado numa baixada além da pista. E já havia sido considerado morto, quando apareceu andando, cambaleante: o sangue lhe escorrendo da testa. Mas salvou-se. O mineiro era mesmo da terra onde o “impossível acontece”. João Milton Prates estava no Hospital. Sim, o Damage, como o Rocha o chamava. O peixe vivo da escola de San Antonio, o mineiro complicado e amigo. Também estava no Hospital. (págs. 252 e 253) “O P-47 não deu a potência necessária para sair do chão. Correu toda a pista e foi bater numa vala de drenagem a uns 20 metros adiante. Bateu, capotou no ar e explodiu ao tocar novamente o solo. O piloto era João Milton Prates” (Senta a Pua – idem – pág. 239.)

Devido a gravidade de seus ferimentos e o tempo de recuperação, Prates foi afastado do vôo por motivos de saúde apesar de sua insistência em voltar ao combate nos estertores da guerra e deixaria seu nome e sua audácia nos horizontes de coragem e patriotismo que a FAB com seus indômitos pilotos sobrevoou nos céus italianos.

O jovem piloto Prates foi honrosamente condecorado com a Cruz da Aviação fita A com duas palmas, Cruz de Sangue, Campanha da Itália, Air Medal com duas palmas, Distinguished Flying Cross e Presidential Unit Citation (EUA) pela bravura e destemor que desempenhou frente ao inimigo com seu Thunderbolt P47D, esquadrilha C BLUE nas 55 missões nos horizontes italianos. Prates casaria com Dona Aldina, seu eterno amor e galante companheira nos vôos eternos da felicidade.

Em 1950 foi requisitado pelo Governo de Minas para voar com JK e tornou seu amigo, acompanhando a trajetória política deste ilustre conterrâneo e grande estadista, implantando nos céus do Brasil o horizonte de progresso e nacionalismo que o presidente implantaria no futuro do país. Prates faleceu placidamente em 05-10-73.

Se temos um aeroporto, homenagear sua coragem e sua indômita saga seria o mínimo que poderíamos fazer em sua memória.

(Artigo publicado no jornal “Voz de Diamantina”, pág. 11, edição 200, em 11-06-05)

Voltando no tempo

PracaCatedral1937

A foto acima parece o cenário de um filme ou uma montagem, mas olhando atentamente para o passado podemos ver uma Diamantina diferente: um centro histórico com ávores, praças bem cuidadas, crianças brincando no meio da rua e sem carros !!! Que sentimentos essa imagem lhe traz?

Fica a pergunta: que cidade estamos deixando para nossos filhos?

Hoje tem cinema grátis e de qualidade para a criançada

Animações para a Primeira Infância

(Brasil, Curtas Infantis 3; 70 min.)

Sinopse: A coletânea apresenta curtas brasileiros feitos pelos melhores animadores autorais do país da última década, incluindo dois ótimos exemplares de animações realizadas com a participação das próprias crianças.

Quarta, 19/01, às 17h00

Local: Instituto Casa da Glória da UFMG

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mercado Velho na Rede Minas

Fonte: Rede Minas

Mercado: cores e sabores – Clique aqui

Cine Mercúrio apresenta o ciclo MATINÊ: Cinema para as todas as idades

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O projeto de Extensão Cine Mercúrio retoma as atividades em 2011 com o ciclo Matinê: cinema para as todas as idades, composto de coletâneas de curtas metragens brasileiros e franceses voltados ao público infantil, além de produções nacionais do acervo da Programadora Brasil.

As sessões, gratuitas e abertas ao público, acontecerão no horário das 17 horas, às quartas-feiras, no auditório do Instituto Casa da Glória da UFMG, e aos domingos no Cine Teatro Santa Izabel, com o qual o projeto iniciou uma importante parceria em dezembro de 2010.

O Cine Mercúrio busca fomentar a atividade audiovisual e a formação de público em cinema e acontece graças à parceria entre diferentes setores da UFVJM (Instituto de Humanidades, Diretoria de Relações Internacionais, Centro de Apoio a Idiomas, FCBS, PROEXC), Cinemateca da Embaixada da França, Instituto Casa da Glória da UFMG, Cine Teatro Santa Izabel/SECTUR, IPHAN, Programadora Brasil/Minc e Federação de São Gonçalo do Rio Preto.

Confira o cartaz em anexo!

PROGRAMAÇÃO:

Vida de Menina

(Brasil, 2005; 102 min.) / Direção: Helena Solberg

Sinopse: Ambientado em Diamantina, tendo como pano de fundo um Brasil que acaba de abolir a escravatura e proclamar a República, o filme acompanha três anos (1893-1895) da vida da adolescente Helena, no período em que ela começa a lutar por sua liberdade e integridade.

Domingo, 16/01, às 17h00

Local: Cine Teatro Santa Izabel

Animações para a Primeira Infância

(Brasil, Curtas Infantis 3; 70 min.)

Sinopse: A coletânea apresenta curtas brasileiros feitos pelos melhores animadores autorais do país da última década, incluindo dois ótimos exemplares de animações realizadas com a participação das próprias crianças.

Quarta, 19/01, às 17h00

Local: Instituto Casa da Glória da UFMG

Curtas Infantis

(Brasil, Curtas Infantis 1; 64 min.)

Sinopse: O Programa Curtas Infantis reúne sete animações para a criançada. Feitas em diversas técnicas e condições, formam um interessante panorama da produção brasileira no gênero.

Domingo, 23/01, às 17h00

Local: Cine Teatro Santa Izabel

Ah! Amor...

(França, 2008; 73 min.) / Indicação etária: 14 anos

Integrante da série “Decididamente animados”, da Cinemateca Francesa, reúne curtas metragens de animação com a temática do amor. Alguns dos títulos: A Queda do Anjo (5 min.); Para que Serve o Amor? (3 min); Sinais de Vida (10 min); Uma História Vertebral (9 min).

Quarta, 26/01, às 17h00

Local: Instituto Casa da Glória da UFMG

A Marvada Carne e Almoço Executivo

(Brasil, 1985; 77 min.) / Direção: André Klotzel

(Brasil, 1996; 14 min.) / Direção: Jorge Espírito-Santo e Marina Person

Sinopses: A Marvada Carne. Nhô Quim vive nos cafundós em companhia do cachorro e da cabra de estimação. Aquela vidinha besta no meio do mato não dá pé e ele resolve cair no mundo e procurar a solução para duas questões que o incomodam: arranjar uma boa moça para casar e comer a tal carne de boi.

Almoço Executivo. Cinco amigos se encontram para almoçar. Nada poderia ser mais corriqueiro, mas por alguma razão ninguém fica para a sobremesa.

Domingo, 30/01, às 17h00

Local: Cine Teatro Santa Izabel

Não Somos Máquinas

(Coleção Decididamente Animados, França, 2008; 70 min.)

Sinopse: Onze curtas de animação franceses que refletem sobre a tecnologia e o mundo contemporâneo. Alguns dos títulos: Desafio à Morte (3 min.); Sem Nada por Baixo (4 min.); O Processo (8 min.); O Moinho (6 min.).

Quarta, 02/02, às 17h00

Local: Instituto Casa da Glória da UFMG

Boleiros, Era uma Vez o Futebol e Uma História de Futebol

(Brasil, 1998; 97 min.) / Direção: Ugo Giorgetti)

(Brasil, 1999; 21 min.) / Direção: Paulo Machline

Sinopse: Boleiros. Em um bar paulistano, com fotos de jogadores espalhadas pelas paredes, um grupo de homens tem algo em comum: todos são boleiros, profissionais e ex-profissionais do futebol.

Uma história de futebol. A partir das lembranças de Zuza, um companheiro de pelada, o curta conta histórias da infância do rei do futebol Pelé nos campos de terra da cidade de Bauru, no interior de São Paulo.

Domingo, 06/02, às 17h00

Local: Cine Teatro Santa Izabel

Nascimento e Batismo de Sinos na Rede Minas

Fonte: Rede Minas

Nascimento dos Sinos – Clique aqui

Batismo dos Sinos – Clique aqui

Dica do Micuim.org