Autor: Antenor José Figueiró – antenor.figueiro@ig.com.br
Quatro potencialidades, possibilidades. Diversas cabeças, pouco equilíbrio. Muitas instituições, pouca autenticidade. Valores blasfemados, moral e eticamente, transvestidos de falso simbolismo.
As engrenagens da indústria do Turismo ainda estão emperradas. Durante um ano assistimos uma forte queda da economia local, aumento da violência, prostituição e explosão do tráfico de drogas, falência da cultura, das artes, do brilho e fluxo de turistas (sem deixar de mencionar a qualidade) em nossa cidade.
Há uma dificuldade imensa de limpar a cidade, arrancar matos que estão quase dentro de nossas casas, exterminar baratas, ratos e muriçocas, pouca ou nenhuma criatividade, pois até hoje só temos para oferecer o mercado, a Rua da Quitanda e a Vesperata.
2013 foi um ano difícil, de poucos recursos, “irresponsabilidades do passado”, mas corre a bocas miúdas que este carnaval custou próximo de R$ 1.400,000, 00.
A beleza e a sensibilidade para com as barracas da Catedral e coretos não foram suficientes para abafar o abuso e o desrespeito para com um Templo Sagrado e uma Instituição Pública e a gritante diferença em relação às barracas das praças do Bonfim e Largo Dom João. Ainda estamos na política de dois pesos e duas medidas? Ainda temos uma administração de todos para alguns?
Digo que não. Não porque somos frutos da ausência de um projeto político, estamos sob as consequências de um programa de campanha. Alguns pilares do atual governo são mesclados de governos passados já conhecidos, batidos, esgotados e outros novos... Novos de que? Como diz um amigo “Diamantina não tem uma cabeça de burro enterrada e sim um dinossauro”.
A novidade nunca foi o nosso forte assim como no governo passado este também tem no seu quadro de funcionários comissionados (de confiança) um bobo da corte com direito a erros grosseiros, mazelas e traquinagens para que nosso rei exercite suspiros profundos.
Agora, o mínimo que eu espero é que em breve seja feito um balanço detalhado deste carnaval com custo, receita e o impacto na economia da cidade, para todo o ano de 2014, até porque com R$1.400.000,00 dá para se fazer sete festas, uma por mês (festival da canção, da seresta, verão, inverno, encontro de quitandeiras, corais, literário, torneio de poesias, troperagem, feira de bordados, doces e guloseimas para adoçar um final de semana).
Desperta Diamantina! Estamos andando a pé empurrando o carro e olhando para trás, quando deveríamos estar pilotando este carro, refletindo o passado pelo retrovisor interno para transformarmos o futuro. Ainda somos dentes de ouro na boca de cachorro. Este modelo de carnaval transforma a todos nós em porcos neste imenso chiqueiro público cultural epoliticamente incoerente da humanidade.
Sugestão: Do dia 17 a 19 de Agosto /2014 acontecerá em Diamantina o XVI Seminário sobre a economia mineira (CEDEPLAR), um contato com Maristela Dória pode dar bons resultados para um debate sobre a economia do carnaval.
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