Atuar: lavrar um auto de infração contra (alguém).
Aturar: suportar com paciência e resignação; aguentar, tolerar. (Dicionário Houaiss)
Não por acaso este editorial é encabeçado por acepções que o dicionário Houaiss dá aos verbos autuar e aturar que muito bem se coadunam com as fotos estampadas na capa da edição. Uma delas mostra um veículo estacionado na Rua das Mercês, aonde vou todas as semanas buscar as crônicas de Ademir Pão. Essa rotina custou-me três multas: uma, por estacionar veículo na contramão de direção; outra, por estacionar nas esquinas e a menos de 5 m do alinhamento da via transversal; e a última, por estacionar em guia de calçada rebaixada destinada a entrada e saída de veículos. Alertado por celular que meu carro estava sendo multado, ainda pude prestar ao policial algumas informações que ele me pediu enquanto lavrava as multas. Não recebi, ainda, os boletos para pagá-las, ignorando, pois, seu valor. Mas aplaudo o agente 156478, da Polícia Militar. E mais até: agradeço-lhe pelo rigor profissional e também por não ter mandado guinchar o carro. Mas lamento que a PM não faça esse importante trabalho com a frequência necessária. O caos do trânsito de Diamantina só começará a melhorar quando infratores souberem que serão multadas e terão seus veículos rebocados. Não esporadicamente, mas em todos os dias do ano.
A eficiência do policial me remeteu ao carnaval e à terrível agressão que o diamantinense sofre com sons fixos e automotivos. Que, neste ano, a bem da verdade, foram mais rigorosamente coibidos. A polícia atendeu as várias denúncias que fiz desse tipo de desrespeito na rua em que moro, admoestando os infratores. Isso só foi possível graças à redução do público carnavalesco. Aí é que está? Se existe um decreto municipal que proíbe esse tipo de transtorno do sossego público e prevê multa, apreensão de veículo, de equipamento e processo criminal, por que não autuar os transgressores tão logo infrinjam a lei? Além de poupar o pequeno contingente de policiais e o minguado número de viaturas, nada mais se estaria exercitando do que a bem-vinda, prometida e alardeada tolerância zero. Com a vantagem adicional de inibir potenciais infratores.
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 659, 29 de março de 2014
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