quarta-feira, 16 de abril de 2014

Voz de Diamantina: o andar titubeante da Vesperata

Capa 1 (1) Passam-se os anos, substituem-se maestros, músicos se aposentam e chuvas ameaçam desabar sem que as vesperatas percam sua mágica e inimitável atração. Desde sua criação, na última década do século passado, este singular espetáculo diamantinense que ressurgiu e turbinou a campanha para a outorga do título de Patrimônio Cultural da Humanidade a este velho e altaneiro burgo, quanta água passou debaixo da ponte. Quanta modificação para o aperfeiçoamento deste sensacional evento. Desde a necessária, incompreendida e combatida cerca de fita em torno das mesas e a limitação de seu número para garantir o mínimo de conforto e de segurança para o público pagante; o acompanhamento de visitantes até as cadeiras por eles adquiridas; a proibição de vendedores ambulantes, principalmente menores e pedintes entre a assistência; o aumento de suas apresentações para duas vezes no mês, e uma série de outros pequenos, mas importantes cuidados para melhorar e preservar a maior e mais concorrida atração turística-cultural de Diamantina.

Apesar do magnetismo que a vesperata exerce sobre viajantes de pequeno curso ou conhecedores do mundo inteiro, volta e meia leio na internet ou escuto, por acaso, críticas à sua maneira de ser apresentada. Alguns a acusam de excludente, por não ser franqueada ao diamantinense, sob o argumento de que elas são realizadas em praça pública e ninguém pode coibir ou dificultar o ir e vir das pessoas e, muito menos, cobrar qualquer importância de quem deseja escutá-las confortavelmente acomodado. Há também os que reclamam de seu repertório de músicas, ora o tachando de muito erudito, ora de muito popular e, quase sempre, censurando-o por não ser composto só de partituras de compositores diamantinenses. Sem falar de algumas aves raras que tentam achincalhá-la com o apelido de ‘besterata’, revelando a própria e cultivada insensibilidade, ao mesmo tempo em que talvez pensem que esse desprezo por um bem tão apreciado lhes trará alguma notoriedade.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 662, de 19 de abril de 2014

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