Fonte: Jornal Hoje em Dia (clique aqui)
A negra Chica da Silva figura como umas personagens mais folclóricas da História do Brasil. Há histórias sobre seus feitos e sua influência na Inconfidência Mineira e também sobre sua relação com o português João Fernandes.
Chica é a inspiração para a exposição “Estampoemas – Os Filhos de Chica da Silva”, de Elisa Grossi, que expõe seu trabalho a partir desta terça, no Centro de Arte Popular da Cemig. “Ela era uma espécie de princesa de contos de fada para mim”, revela a artista. “Eu vivi em Diamantina e lá a gente ouvia toda sorte de histórias. Eu, como gostava muito dela, dava ouvidos apenas para as histórias boas”, completa.
“Estampoemas” são poemas para vestir. O trabalho de Grossi consiste na fusão de artes plásticas e moda – ou como ela mesma diz: “ artes da indumentária”. Ao longo de dez anos ela vem desenvolvendo um estilo minucioso que – através da influência de sua personagem preferida – une várias influências. “Meu trabalho tem traços da cultura negra, portuguesa e outras culturas europeias”, detalha.
As peças trazem textos bordados, desenhos e impressos, texturas e riqueza de manufaturas como os estandartes do século XVIII expostos em ambientes fechados e abertos, e procissões cujo principal objetivo era levar informação aos colonos. “Minha ideia é fazer quadros que estejam fora da moldura, que sejam móveis”, acrescenta ela.
Completando a cenografia, quadros de Elisa Grossi terão detalhes reproduzidos a partir das indumentárias, junto à poética de artistas como Fernando Pessoa, Chico Buarque e Caetano Veloso. Uma das peças exposta foi feita por alunos de Grossi, em um ciclo de oficinas que aconteceram na semana passada. “Eu me surpreendi demais com o desenvolvimento deles”, afirma.
Agenda
O quê. “Estampoemas – Os Filhos de Chico da Silva”
Quando. Desta terça até 31 de agosto
Onde. Centro de Arte Popular da Cemig (rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes)
Quanto. Entrada franca
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