Dentro do consolidado viés da imprevisibilidade, Diamantina mais uma vez surpreendeu quem imaginava que sua Festa do Rosário dos Homens Pretos nada mais teria a acrescentar e, menos ainda, a inovar. A cada ano mais bem criada, produzida e autêntica, que mais poderiam oferecer seus festeiros que não fossem as alegres manifestações de devoção, de crendices e de fidelidade a antigos e arraigados costumes? Por outro lado, nestes dias de tantas dificuldades, os cofres municipais se recuperando de enormes, crescentes e herdados rombos, com que recursos organizar uma festa de que participam centenas de figurantes? Aí, certamente, é que reside a força maior do Reinado do Rosário: suas centenas de participantes! Que impulso negativo conseguiria dominar multidões que se negam a deixar morrerem suas raízes, desaparecerem suas tradições, sucumbirem traços de história que atravessaram o mar em navios negreiros e, mesmo degradados pela mancha da escravidão, sobressaíram, impuseram-se e influenciaram fortemente a música, o idioma, a culinária, a cultura e todo o jeito de ser brasileiro?
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 635, 12 de outubro de 2013
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