Cerca de um mês atrás, quando foi proibido o estacionamento de carros ao redor da catedral, já para a adoção do Estacionamento Rotativo na cidade, o diálogo de duas senhoras muito humildes me chamou a atenção. Eu descia por aquele meio-fio onde outrora existia a banca de revistas, e as duas transeuntes, vindas do Largo do Mercado, cruzaram comigo exatamente ali. “Puxa vida, como foi bom tirar daqui aqueles carros e motocicletas! A praça ficou mais bonita e muito mais fácil da gente andar” comentou uma delas. Ao que a outra ponderou: “é mesmo. Tomara que isso aconteça em outras ruas também”. Prosseguindo em meu trajeto, surpreendi-me não apenas a admirar a observação daquelas passantes, mas a dizer para mim mesmo, para meus botões: puxa vida! Na gestão do prefeito Iraval, ou seja, lá pelos idos de 1993/1996, perto de 20 anos atrás, o Estacionamento Rotativo tinha sido implantado em alguns logradouros deste velho e tão falado burgo naquela época já quase reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Tantos anos depois, consolidadas importantes conquistas como o título da Unesco, a transformação em centro universitário, a estruturação para o turismo, como Diamantina teve coragem de parar no tempo e permitir que seu belo centro histórico se degradasse a ponto de o domínio absurdo dos automóveis tornar-se um dos seus menores problemas?
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 637, 26 de outubro de 2013
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