Fonte: Estado de Minas – 15/12/2013 (clique aqui)
As três gerações de peritos que analisaram as circunstâncias da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek em um acidente de carro, em 22 de agosto de 1976, não têm a menor dúvida sobre o que ocorreu naquele fim de tarde de domingo no quilômetro 165 da Via Dutra. Todos eles afirmam, categoricamente, que a tragédia foi resultado de uma batida de trânsito comum, em que o Opala dirigido pelo motorista do ex-presidente, Geraldo Ribeiro, perdeu o controle e atravessou o canteiro central da estrada após ser atingido, de leve, por um ônibus da Viação Cometa. O carro acabou colidindo com um caminhão no sentido contrário. Na última terça-feira, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo aprovou um documento com 90 pontos com supostos indícios de que a morte do ex-presidente foi resultado de uma conspiração dos militares.
Os peritos que prepararam os laudos na época do acidente ganharam o respaldo de quatro outros profissionais que fizeram a exumação do corpo de Geraldo, em 1996, e de dois peritos que auxiliaram os trabalhos de uma comissão especial criada no Congresso para investigar as causas da morte de JK, em 2001. O colegiado foi presidido pelo então deputado federal Paulo Octávio, casado com Anna Christina Kubitschek, neta do ex-presidente.
Sem acreditar que a morte de JK foi consequência de uma batida de carro comum, seu ex-secretário Serafim Jardim, autor do livro Juscelino Kubitschek — Onde está a verdade?, pediu a exumação do corpo de Geraldo em 1996, após a morte de dona Sarah Kubitschek. Uma das versões, até hoje não comprovada, é de que o motorista levou um tiro na cabeça e, por isso, perdeu o controle do carro e bateu no caminhão. O tiro teria partido de um veículo Caravan, que emparelhou com o Opala na pista. Porém, a perícia feita nos anos 1990, em um trabalho assinado por quatro profissionais, derruba essa tese.
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