A Cia de Teatro LEOLEO apresenta uma comédia tipicamente mineira de forma bem divertida com oito personagens, iniciando pelas donas de casa do interior de Minas, Pafúncia e Mãe Justina, identificadas pela etnia branca e negra. Elas mostram a importância da boa prosa à beira do fogão a lenha com um café servido na hora, e destacam a linguagem poética da alegria, do prazer e do sentido, entre o cheiro do café e a sensibilidade humana.
As visitas vão chegando, uma a uma, numa variação de linguagens, como a do caipira Gerunço, que brinca com a língua portuguesa e as suas regras ortográficas, aproveitando para contar seus causos e vantagens.
A seguir vem o Coronel Apolodoro, um exagero de erudição e conhecimento histórico, misturado ao causo tradicional mineiro de uma onça gigantesca, que ele naturalmente põe para correr.
O Juju Cajibrina, um caipira bêbado, relata as suas peripécias e tece algumas críticas sociais de forma satírica, provocando o riso e levando o público a algumas reflexões importantes.
O Izé é um filósofo da roça, com tese de doutorado, e embora mantenha o seu jeito matreiro e sua linguagem caipira, traz uma bagagem de conhecimento científico interessante sobre um tema incomum nas teses acadêmicas; assim, desfiando os seus emaranhados conceitos, ele leva o público a gargalhadas.
O desfecho da peça é realizado pelos dois velhinhos, Vô Firmino e Vó Bastiana, que relembram a importância da tecnologia do abraço, em linguagem simples, interagindo com a tecnologia atual em mensagem sensível, profunda e reflexiva.
As interações das linguagens, sinalizando o encontro entre a cultura erudita e a cultura popular, formam um território comum para a diversidade cultural atuar junto ao panorama artístico contemporâneo do Brasil.
DIAS 21 e 22 DE MARÇO
LOCAL: TEATRO SANTA IZABEL
INGRESSOS ANTECIPADOS: LOJA CANASTRA
R$10+1kg de Alimento não Perecível
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