segunda-feira, 13 de abril de 2015

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

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Nunca me cansarei de repetir que a Semana Santa é a mais importante das muitas e vistosas festas diamantinenses. Além de acrescentar a tal assertiva a constatação de que a magnitude dessa piedosa e comovente manifestação religiosa se deve à autenticidade com que o diamantinense a celebra. Assim como à fidelidade com que procura revivê-la e preservar seus fundamentos. Haja vista o traje negro com que graves senhoras, de cabeças cobertas por lutuosos véus, entoam em coro os belos e lúgubres Motetos das Dores, de Lobo de Mesquita. Há mais de dois séculos as ruas do antigo Arraial do Tijuco testemunham essa enternecedora e musical peregrinação. Que, seguida pelas várias cerimônias, ritos, procissões, tornam o diamantinense virtuoso protagonista de uma tradição que atrai milhares de conterrâneos ausentes e visitantes de todo o estado, do país, do mundo.

Mais força ainda ganhou a impressionante festa diamantinense neste ano. O grande número de visitantes revelou claramente que essa poderosa atração tem luz própria. Com a colaboração ou apesar do enfoque dúbio da mídia maior do estado. Que, ordinariamente sovina para veiculações institucionais, estampou em sua edição do dia 26 de março - às vésperas do famoso evento - a seguinte manchete: Crise sobe as ladeiras das cidades históricas, destacada pelo subtítulo: Tradicionais na recepção de turistas na Semana Santa, Ouro Preto, Tiradentes, Mariana, São João del-Rei e Diamantina sofrem com a recessão e já reduzem valor de diárias. Talvez até o escopo da reportagem tenha sido influenciar turistas via preços baixos. O que, no entanto, é lamentável, diante não apenas do enfoque jornalístico, mas também e principalmente do rarefeito espaço dedicado a propagar uma das mais bonitas e tradicionais festas de Minas Gerais.

Na manhã do Sábado da Aleluia, em minha visita costumeira à Feira do Mercado Velho, escutei de um dos nossos mais destacados empresários da área gastronômica este comentário: eu trocaria, de bom grado, três carnavais por uma Semana Santa. Ele assim se expressava sem nenhuma olheira e outros sinais de cansaço, apesar de só ter conseguido fechar seu estabelecimento de manhã.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 713, de 11 de abril de 2015

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