Fonte: Estado de Minas (clique aqui)
Urnas fechadas, sonhos desfeitos. A cada quatro anos, a pobreza extrema, a falta de perspectiva, o desemprego e até a seca desaparecem do Vale do Jequitinhonha, e a região – uma das mais pobres do Brasil – é brindada com recursos para obras de infraestrutura, além de investimentos em saúde e educação, transformando-se, nos reiterados discursos eleitorais, na própria terra prometida. A mágica exibida nos palanques, entretanto, dura pouco. Arrebanhados os votos locais e garantida a vitória, as enfáticas promessas de mudanças evaporam. A reportagem doEstado de Minas percorreu o Jequitinhonha e constatou o esquecimento a que está relegada a população local, apesar dos afagos recebidos nas campanhas políticas. A região convive com um problema que afeta todo o país, mas que ganha ares de tragédia numa área marcada pelo martírio da seca e por baixos índices de desenvolvimento sócioeconômico: obras e projetos implementados pelo poder público que não funcionam, estão parados ou abandonados. O resultado é o desperdício de dinheiro público, enquanto os cidadãos sofrem as consequências da falta de investimentos e de compromisso dos governantes.
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