As viagens com voos regionais para o interior do estado começam a ter preços próximos aos do transporte rodoviário. A guerra de tarifas e as pechinchas nos bilhetes aéreos deixaram de ser realidade só das linhas operadas por grandes aeronaves. A concorrência mais forte, a ampliação da malha aérea regional e o aumento do número de passageiros que voa pelo interior do estado levam as companhias aéreas a lançar promoções de passagens com preços menores ou próximos dos praticados pelas empresas de ônibus. Até pouco tempo, esses bilhetes custavam quatro ou até cinco vezes mais caro do que os comprados nas rodoviárias. Segundo especialistas, a tendência é que os preços de bilhetes da aviação regional caiam nos próximos anos, assim como ocorreu em outros países, como nos Estados Unidos e na Europa.
Quem for voar de Belo Horizonte para Montes Claros, por exemplo, paga hoje preços a partir de R$ 79,90 na Trip Linhas Aéreas e R$ 95,90 na Gol. Já de ônibus, o valor é bem próximo, de R$ 94. A Trip também lançou no fim de semana uma promoção com preço bem competitivo de Belo Horizonte para Varginha: R$ 59,90. O valor é bem abaixo do cobrado pela passagem de ônibus que faz a mesma rota, de R$ 69,28. Além de reduzir os preços, as companhias aéreas ampliam a frequência dos voos nos aeroportos.
“As empresas aéreas já estão trazendo para o segmento o conceito do low cost (preços baixos)”, observa o superintendente do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, Silvério Gonçalves. A expectativa é de que a concorrência na aviação regional seja acirrada este ano, com a definição de capacidade do terminal de BH. A publicação do documento, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vai apontar quais os aviões podem operar no aeroporto, abrindo espaço para a concorrência. Hoje, como as regras não são totalmente claras, a capacidade do espaço está restrita, o que limita a competição e a escolha do consumidor. Com a publicação do documento da Anac, voos de companhias como TAM e Gol poderão ser atraídos para a Pampulha, esquentando a disputa pelos passageiros, chave para a queda de preços.
Entre 2008 e 2010 o embarque de passageiros em vôos comerciais, decolando do Aeroporto da Pampulha cresceu 42%. O avanço é um termômetro do potencial de alta da aviação regional, que esbarra na infraestrutura limitada. Enquanto o movimento de passageiros aumentou, no mesmo período os pousos e decolagens cresceram apenas 5% no aeroporto, um reflexo do número ainda pequeno de empresas habilitadas a operar no local. “A aviação no Brasil cresceu como nunca porque surgiram empresas ofertando passagens a um preço vantajoso, uma expressão da concorrência” diz o superintendente, apostando em um crescimento da disputa na aviação regional.
Atualmente, os voos na Pampulha são feitos basicamente pela Trip Linhas Aéreas e Passaredo. O diretor de Marketing e Vendas da Trip, Evaristo Mascarenhas, reforça que a empresa já voa para 85 cidades brasileiras, além do Distrito Federal. Segundo ele, o plano para as rotas regionais é agressivo e à medida em que aeroportos vão sendo liberados, novas rotas são criadas. Ele considera que uma das razões de não haver número maior de aeroportos aptos a operar no estado é que a responsabilidade pela infraestrutura é dos municípios. Sem parceiros, as prefeituras nem sempre conseguem disponibilizar recursos, o que segura o avanço da aviação. “Não sei se essa é a forma mais justa de se fazer (a liberação dos aeroportos)”, comenta.
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Enquanto isso Diamantina continua engatinhando com apenas 1 vôo da TRIP que sai de BH às 11h de sábado, "passeia" dando volta até Montes Claros, e pousa aqui apenas às 12:50. (se viesse direto gastaria apenas 35minutos); Para retornar a capital a situação é ainda pior, há 1 vôo também no domingo, que sai de Diamantina às 13:20, anda para trás e volta a Montes Claros, e só depois segue para BH, chegando por lá às 15:00. Além desta logística absurda e sem propósito, incapaz de atender ao turísmo, aos moradores e aos negócios, ainda há o agravante do valor da tarifa do bilhete, que varia de R$130,00 a R$ 460,00/trecho!!! (Leonardo Pinheiro)
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