Vale do Jequitinhonha 24 de janeiro de 2012
Ao Conselho Universitário da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – Diamantina.
Prezados (as) Senhores (as),
O Vale do Jequitinhonha vive uma ebulição sócio-política desde agosto/2011 cujo epicentro se localiza na administração do REUNI da UFVJM, ou seja, em torno da forma como se processa a expansão da sua Universidade e de como a região será contemplada nesse processo. Ao longo desses sete meses, várias frentes empenharam suas forças reivindicando a construção de três campi a serem instalados nas microrregiões do vale.
Em outubro último, diante deste mesmo conselho, uma comissão, representante da sociedade civil da região, reforçou os protestos feitos ao reitor Pedro Ângelo, via email. Desde então, os movimentos sociais, grupos políticos e população do Vale aguardam ansiosos pelo pronunciamento do CONSU, que nomeou uma equipe com o propósito de, após estabelecimentos de critérios e estudos geo-referencidos, indicar quais cidades postulantes revelam condições exigidas pelo MEC/REUNI.
A sinalização de que seria viável atender a demanda acarretou uma emulação política ímpar em todas as cidades que serão beneficiadas, direta e/ou indiretamente, pela expansão da UFVJM. No entanto, fatores exógenos acarretaram um profundo estresse na população e lideranças do movimento “A UFVJM É NOSSA!”. Políticos oportunistas vêm se apresentando como bastiões do interesse público, prometendo viabilizar que diferentes cidades do vale sejam contempladas sem que haja condições para tanto. Já foram prometidos mais campi do que a universidade pode implantar a curto-médio prazo. Tememos ainda que esse estresse se agrave, pois, como se sabe, esse é um ano eleitoral, e certamente políticos locais farão promessas eleitoreiras, valendo-se da expectativa de um campus para suas respectivas cidades.
Fica claro, portanto, que a questão adquiriu uma tendência política que interfere nas relações sociais causando fadiga aos que mais carecem de uma definição: a população do Vale, principalmente jovens que esperam ansiosos pela oportunidade de estudar próximo de sua residência. Sendo assim o movimento “A UFVJM É NOSSA!”, reconhecendo nesse conselho a instância depositária dos valores humanos e estatutários da comunidade acadêmica dessa universidade, afirma a urgência de se ter uma resolução sobre quais cidades serão contempladas em seu planejamento de expansão.
Sendo assim, o Movimento vem, muito respeitosamente, sugerir que o CONSU indique, na sua próxima reunião, neste dia 10/02/2012, quais as cidades que atendem os critérios técnicos para sediarem campus no Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha, condição para que a convivência entre as cidades demandantes possa voltar à sua normalidade.
Anna Angélica Soares – Senador Modestino;
Eric Renan Ramalho – Coronel Murta
Movimento "A UFVJM É NOSSA!"
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