Fonte: Estado de Minas, Gustavo Werneck
Um casarão centenário, no Centro Histórico, será a futura sede do Ministério Público Estadual (MPE) em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. A expectativa é de que as obras de restauração do imóvel, com 350 metros de área construída, localizado na Rua Macau do Meio, 196, sejam concluídas em março de 2011, para instalação imediata das três Promotorias de Justiça. “O MPE está construindo sedes próprias nas diversas comarcas de Minas. No caso de Diamantina, o importante é recuperarmos um imóvel que estava bem degradado, para prestar os nossos serviços”, disse, terça-feira, o promotor de Justiça Enéas Xavier Gomes.
A edificação que, durante 20 anos, funcionou como hospedaria, recebe intervenções na fachada, estruturas de madeira, cobertura e cômodos internos. “O espaço é muito grande, suficiente para que as promotorias fiquem num único lugar. Duas delas funcionam em salas cedidas pelo fórum, e outra em casa alugada na praça JK, no Centro”, disse Enéas. Adquirido em 2008, o prédio se encontra no núcleo tombado desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que aprovou o projeto arquitetônico. “As obras estão aceleradas, a previsão é de nos mudarmos em abril, mas pode ser que isso ocorra até antes”, espera o promotor.
Ao ser concluído, o imóvel terá quatro gabinetes para os promotores, salas para os servidores, de reunião e de espera, secretaria, copa, dois depósitos e banheiros adaptados às normas de acessibilidade. Conforme o projeto de restauração, o casarão manterá suas características externas, enquanto, internamente, está sendo adaptado, com redistribuição de cômodos, alterações para atender portadores de necessidades especiais, idosos e outros públicos, e rebaixamento do piso do porão.
Segundo o MPE, será mantida a volumetria original, sem necessidade de construção de anexos. Quem visitar a sede poderá conhecer um pouco mais sobre a cidade. Na recepção, haverá painel com fotos. O objetivo é resgatar as paisagens urbana e natural de Diamantina e o cotidiano dos seus moradores.
VestígiosAo longo do restauro, cada elemento do casarão está sendo cadastrado, fotografado e mapeado, para que, no término, sejam reinstalados corretamente nos seus locais de origem. Os que não sofrem restauração, devido ao estado de conservação, também são catalogados para servir de moldes às novas peças. Os responsáveis pelo restauro informam que, nas obras, surgem vestígios que remetem às épocas da construção, reformas e ocupação da casa, detalhes utilizados para análise de seu valor histórico e sua possível exposição. “Os promotores de Justiça estão sempre atentos para garantir a integridade do patrimônio cultural. E, agora, em Diamantina, temos a oportunidade de recuperar um casarão histórico e trabalhar nele”, comemora Enéas.
Acredito na recuperação do imóvel, Fernando, mas lamento tanto pelas parreiras centenárias... A antiga proprietária sempre nos permitia apanhar folhas para os charutos. Das minhas bas lembranças...
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ResponderExcluirSalvem as parreiras !!! Será que ainda há possibilidade de preservá-las? Espero que o MPE seja sensível a isso.
ResponderExcluirHá projeto de estacionamento para essa Sede do Ministério Público? Afff! O caos instaurado no centro de Diamantina!
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