Fonte: Jornal Estado de São Paulo
Com uma produção obviamente de mais fôlego que a anterior, a Globo marcou ontem 20 pontos no Ibope com a estreia A Cura, que foi ao ar apor volta das 23 horas. Na Forma da Lei, o seriado que ocupou o horário até a semana passada, marcou 17 pontos no capítulo final.
Escrita por João Emanuel Carneiro, o autor de TV mais festejado dos últimos tempos, e Marcos Bernstein, a série enche a tela com a charmosa cidade histórica de Diamantina numa fotografia fantasmagórica bastante interessante. Foi filmada pelo diretor-geral Ricardo Waddington com a poderosa Sony F-35, que resulta numa imagem superior ao que se costuma ver na TV aberta, até mesmo na própria Globo.
Mas o grande trunfo do seriado parece ser mesmo a presença de Selton Mello como o protagonista Dimas. Claro que depois de vê-lo dando vida ao médico perturbado, que volta à cidade natal e descobre que pode curar de uma maneira que a ciência não explica, é difícil imaginar outro ator no papel.
É mais do que bem-vinda a volta do sobrenatural à teledramaturgia nacional, ainda mais de maneira renovada. Na onda de produções americanas que agradam dando sustos na plateia, João Emanuel e Marcos Bernstein foram muito felizes ao compor Dimas como um jovem comum – definitivamente, aquele motoqueiro que chega a Diamantina não é o que a gente imagina de um sujeito que faz operação espiritual. Dessa forma, A Cura bebe na fonte do misticismo brasileiro mais tradicional, sem parecer, entretanto, um conto folclórico.
Depois da boa estreia, o desafio do seriado é manter o telespectador interessado semana após semana, pois os 9 capítulos, totalmente interligados, serão apresentados toda terça-feira. O gancho que ficou para a semana que vem é bom: o que houve com Edelweiss (Ines Peixoto) depois que foi operada por Dimas, a sangue-frio, naquele casebre?
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