terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estão todos bem

Recomendo.  O cartaz sugere uma comédia leve e despretensiosa, mas o filme é um drama da melhor qualidade; na verdade uma refilmagem americana do italiano "Estamos Todos Bem", de Giuseppe Tornatore. Robert De Niro,  em excelente forma, acompanhado de bons atores e uma ótima trilha sonora, contam-nos uma história bela e reflexiva sobre um viúvo que tenta criar a ligação com seus filhos, após a morte da sua esposa.

Veja abaixo a crítica do jornalista Renato Alves, no portal Cranik:

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Em meus 34 anos de vida e cinema, todos que me conhecem sabem, que nunca escondi que, na minha humilde opinião, Robert de Niro e Jack Nicholson são os melhores e mais competentes atores da sétima arte. Fico triste e acho uma pena que os dois só atuaram juntos em um filme – “O Último Magnata” - que não foi uma obra tão marcante, como merecia um encontro desse nível. Alguém consegue me dar outros atores para representar tão bem um personagem psicopata como esses dois mitos vivos? Porém, minha comparação, pura brincadeira sem maiores intenções, é sobre os dois atuando como pais de família pacatos e que resolvem fazer uma viagem de recuperação familiar.
Na produção “Estão Todos Bem” De Niro nos apresenta um viúvo que resolve fazer uma viagem para tentar reunir e entender os problemas da família. Nesse longa o lado dramático é forte e não existem muitos espaços para humor. Em “As confissões de Schmidt” Nicholson – o melhor Coringa do cinema na minha visão– também nos apresenta um viúvo que tenta reunir e conhecer mais sua própria família através de uma viagem. Apesar de ser um drama sério, existem momentos de humor na produção. Nos dois filmes somos apresentados a personagens exatamente iguais em sua essência, apesar de diferenças de personalidade.
Em “Estão Todos Bem” a trilha sonora toca a alma do espectador, a escolha do elenco foi simplesmente perfeita – com destaque para Sam Rockwell (do imperdível, Lunar), Kate Beckinsale (Anjos da Noite) e Drew Barrymore (Somente Elas) - e o roteiro é simples, tocante e maravilhoso. Em “As confissões de Schmidt” Nicholson tinha a parceria da não menos talentosa Kathy Bates (Titanic).
Se Jack Nicholson recebeu uma merecida indicação ao Oscar de melhor ator pelo papel no filme, acho um pecado Robert de Niro não ter recebido a sua indicação. Os dois trabalhos foram perfeitos e magistrais, provando que numa “briga” de titãs não existem vencedores ou derrotados. Nós temos é que aproveitar essas aulas e aplaudir os dois belos ótimos trabalhos.
Corram a locadora para ver ou rever “As confissões de Schmidt” em seguida se prepare: o cinema merece que você pague ingresso para ver “Estão Todos Bem”. Veja Jack no baixar do sol e Robert a noite.

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