Autora: Profª Lúcia Valéria do Nascimento – Diamantinense
Foto da região de Curralinho: Cintia Z, no Flickr
É preciso descerrar os olhos e deixar que toda a beleza, a luminosidade, todo o colorido, todo cenário que desfila a cada instante diante dos nós, nos inebrie, nos presenteando de uma forma única.
Ver e sentir o cerrado é extremamente prazeroso! E sem bairrismo, é necessário observar que o cerrado que circunda a região de Diamantina é de deixar qualquer pessoa extasiada. Uma paisagem que nunca se repete, com matizes criados somente para ele e que dele são a expressão de singularidade. As pedras que nos permite ver formas com os olhos da alma, e assim criar no nosso universo interno verdadeiras obras de arte, formam imensos campos rupestres dignos de horas e horas de apreciação.
A flora, a fauna e as pedras fazem desta natureza um retrato que não deixa nada a desejar a nenhum outro lugar no mundo.
Mas as pedras... Estas que compõem o cerrado, que estão há milhões de anos sendo lapidadas pela natureza para nos proporcionar este visual ímpar para nossos olhos e nossa alma, estão sendo quebradas indiscriminadamente para fazer ornamentações em jardins (japoneses ou não), e se estão embelezando os lugares por aí, estão deixando um cenário tosco, feio e totalmente violentado.
É preciso abrir os olhos da face para ver e denunciar esta agressão que não é minha e nem sua, mas atinge a todos nós.
É preciso deixar o tempo continuar dormindo entre as pedras e as flores...
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