Fonte: Divirta-se – UAI – clique aqui
Nascido em Diamantina, Evandro Passos chegou a Belo Horizonte com 16 anos. Seu programa preferido era frequentar as portas dos teatro. Ficava do lado de fora porque ainda não tinha dinheiro para o ingresso. Certa vez, na entrada do Palácio das Artes, foi convidado a fazer um teste por Geraldo Vidigal, do Grupo Folclórico Aruanda. Aceitou, entrou, aprendeu danças folclóricas e recebeu convites para outros trabalhos, quando começou a expandir horizontes.
Nessa época, meados dos anos 1970, surgiu em BH o hábito de as academias de dança oferecerem bolsas a homens, que eram escassos nesse mercado. Evandro aproveitou todas as oportunidades. Aprendeu e treinou diversas modalidades, passou por diferentes companhias e professores e também participou de todas as oficinas que passaram pela cidade. Uma delas, da coreógrafa Marlene Silva, que abriu a primeira academia de dança afro da capital. Evandro foi conhecer e decidiu: era o que faria. “Era 1977 e quando vi aquilo quis me especializar”, recorda.
Certo dia, o Sindicato dos Bancários precisava de uma apresentação voltada para a cultura negra. O diretor cultural chamou Evandro, que abriu inscrições, reuniu 15 pessoas e montou uma coreografia. Foi um sucesso. Por conta disso, o diretor Gilson Fubá ofereceu o espaço para Evandro Passos criar um grupo e ter um local de ensaios.
Esse empurrãozinho faria nascer, em 1982, o Grupo Bataka, especializado em dança afro. Trinta anos depois e com dezenas de bailarinos tendo passado pela companhia, saiu o estatuto da Bataka, que se tornou uma associação sociocultural. “A gente vem dando aulas de dança afro e folclórica na escolas, fazendo interlocução com música e artes plásticas. Decidimos ampliar e registramos. Mas o mote ainda é a dança. Estamos dando formação de professores, trabalhando muito com a Secretaria Municipal de Educação. Queremos patrocinar o pessoal que trabalha a cultura afro nas escolas”, avisa Evandro.
Paralelamente, Evandro é ator. Estudou arte cênicas e já participou de novelas, minisséries e espetáculos teatrais. Recusa-se a ver a dança como arte única.
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