Autor: Saul Moreira, blog Micuim (13/07/2012)
Interessante o fato de apenas cerca de 7%dos 35.414 eleitores de Diamantina,conforme dados do TRE, serem oficialmente filiados a algum partido político. Não é coisa de se espantar demais, porque parece ser mais ou menos a média de todo o País, que ainda engatinha na tão sonhada e tão recente Democracia. Entretanto, pra quem gosta, tal percentual até que dá para se entabularem algumas especulações descompromissadas sobre um possível – possível, repita-se, não provável – resultado das próximas eleições majoritárias no antigo Tijuco.
Obviamente as coisas não funcionam deste jeito, e geralmente eleição não dá muita bola para a aritmética nem para a lógica. Porém, mero exercício especulativo, pode-se imaginar que, se o pleito próximo se resolvesse tão somente pelos fiéis filiados partidários −teoricamente os eleitores mais interessados e envolvidos na disputa eleitoral−, poder-se-ia já prever um resultado para a eleição majoritária.
O raciocínio baseia-se no número de partidos registrados em Diamantina e a respectiva quantidade de eleitores a eles filiados: PRP-1 filiado; PRTB-13; PMN-19; PHS-29; PSL – 32; PSC – 44; PC do B – 48; PTN-50; PRB-51; PSB-52; PSD-56; PV-61; PTC-67; PPS-93; PDT-106; PTB-139; PSDB-209; PR-221; DEM-235; PP-266; PMDB-345; PT-380. TOTAL: 2.515 filiados a partidos.
Considerando a hipótese de que o PR esteja vinculado a uma das maiores coligações (o registro no TSE ainda é dúbio), teríamos o seguinte resultado nas urnas, baseado em que somente os filiados a partidos votassem:
“Juntos por Diamantina”: PRB+PDT+PT+PMDB+PSL+PR+PRTB+PMN+PC do B = 1.215 =48,3% dos votos.
“Diamantina Unida”: PP+PTB+PSC+PPS+DEM+PHS+PSB+PV+PSDB+PSD) = 1.184 =47,1% dos votos.
“União Participativa Defesa Dignidade do Povo Diamantinense”- PTN+PTC = 117 = 4,6%dos votos.
Por fim, esta “projeção” – que não é nada, não é nada, vai ver não é nada mesmo – possa talvez levar ao menos à conclusão óbvia da importância das coligações no atual sistema eleitoral, tanto na eleição majoritária quanto, e principalmente, na proporcional, em que o Coeficiente Eleitoral é fundamental para a eleição dos legisladores. E mais: ou os filiados partidários trabalham (com dignidade e respeito) pra valer desde já ou a coisa pode ficar ainda mais difícil em outubro. Depois, então, Inês estará morta. Restará somente o choro e o ranger de dentes… e por 4 longos anos.
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