Autor: Joaquim Ribeiro Barbosa - “Quincas”
Quando os tempos atuais e desconcertantes por que passa este velho e ainda não amadurecido burgo fizerem parte do passado e forem lembrados pela posteridade com alguma irreverência, incompreensão e incredulidade, é muito possível que Diamantina esteja colhendo os benefícios de uma situação política que, ao contrário de jogá-la nos precipícios da insensatez, reergueram-na ao ápice de sua importância e devolveram-lhe o glorioso e novamente merecido título de Atenas do Norte. Para nós, entretanto, que vivemos a turbulência da impugnação da chapa vitoriosa de prefeito e de vice em 2012, os embates pelo poder que então se travaram, as divisões intestinas que tanto abalaram partidos e alianças, chega a ser inacreditável que caminhos tão ínvios, desinteligentes e tortuosos pudessem desembocar em novas e alentadoras perspectivas para a cidade e para a região.
A marcha dos eventos não poderia ser mais caprichosa ao definir os destinos políticos, administrativos e desenvolvimentistas de Diamantina exatamente no dia 6 de março, quando esta terra de tanta história, cultura e tradição completa 175 anos de municipalidade. Data que se tornará extremamente marcante não pelo brilhantismo com que as autoridades comemoraram mais um aniversário de emancipação, mas por ter sido o dia limite para o encerramento das convenções partidárias para homologar o nome dos candidatos a prefeito e a vice na eleição extemporânea marcada para o dia 7 de abril. O resultado das convenções ainda não é plenamente conhecido, uma vez que nem todos os partidos quiseram anunciá-lo, por terem no dia 8 de março o derradeiro prazo para o registro das atas com os nomes escolhidos.
A única notícia concreta até a noite de quarta-feira, 06/03, e a manhã de quinta, 07/08, tempo limite para o fechamento deste jornal, é que o PSDB homologou os nomes de Paulo Célio e de Cássio Moreira para compor a chapa de prefeito e vice no pleito de 7 de abril, aos quais se alinhou o PMDB, sepultando as fuleiras pretensões do pseudoreverendo. Comenta-se que Ragosino Araújo, postulante já de muito autoproclamado, está ainda na dúvida se mantém João de Nico como vice ou escolhe outro nome. Alastram-se também rumores de que um partido da ainda dita esquerda morre de esperança na impugnação do nome de Paulo Célio, e pretende lançar algum candidato que, mesmo com votação inexpressiva, ocuparia o cargo por ser o segundo mais votado. Como as artimanhas da política não têm limites e nem a sede do poder é saciável, existe o risco de que se imponha a Diamantina situação tão risível quanto patética e errática.
Continua na Voz de Diamantina edição 604 de 02 de março de 2013
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