De repente, a cidade aparentemente na maior pasmaceira, todo mundo ainda desanimado, sem entender, acreditar ou conseguir decifrar o enigmático plano de metas da prefeitura, surge um fim de semana com programações para ninguém botar defeito. Fortes mudanças chegam com a Trezena de Santo Antônio. Desde antigamente, existiam por aqui dois santos casamenteiros: o dos pobres e o dos ricos. Assim como as Barraquinhas do Centro e as do Pão de Santo Antônio. Que já foram famosas, com suas quermesses, fogueiras, quentão, jogo de argolinha, hasteamento do mastro, foguetório, concorridíssimos leilões de ceias, leitões, bezerros e até bois. Mas isso só durou enquanto foi permitido ao velho asilo vender bebidas em suas barraquinhas. Com a oferta só de refrigerante, como impôs um de nossos bispos, lá se foi uma das mais festejadas tradições do Rio Grande. Em contrapartida, porém, as Barraquinhas do Centro cresceram, ganharam enorme estrutura, palco iluminado, potente serviço de som, chegando mesmo a fomentar o comentário de que, além do dos pobres e do dos ricos, estava a surgir o terceiro taumaturgo já apelidado de Santo Antônio da Prefeitura.
Mas deixemos para lá essas firulas e voltemos ao rebuliço do fim de semana. Na noite de quinta-feira, depois da missa e da piedosa ladainha de Santo Antônio, ninguém arredava pé da catedral. É que seria ali realizado um concerto em homenagem aos 239 anos da Polícia Militar de Minas Gerais e aos 124 anos do 3° Batalhão de Diamantina. Uma boa ideia da grandiosidade do evento pode ser formada através de um artigo publicado nas páginas 06 e 07 desta edição. Quem não pôde, não quis ou não soube de sua realização só teve a perder, pois foi um espetáculo de raro brilhantismo.
Na noite de sexta-feira, o Largo do Mercado fervilhava de gente. Mesmo de longe, a decoração das barraquinhas se destacava. De um mastro muito alto, filas de bandeirolas com a foto de Santo Antônio cheias de pequenas e coloridas lâmpadas convergiam para o telhado do Mercado Velho e davam o clima da grande festa. Flâmulas, balões e outros enfeites alegravam todo o ambiente. Um grupo enorme de bonitas moçoilas e guapos rapazotes, muito bem caracterizados em suas vestimentas caipiras, dançava animada quadrilha.
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 670, de 14 de junho de 2014
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