Fonte: Revista Sagarana (clique aqui)
A região possui uma paisagem diversificada que caracteriza, de forma marcante, as suas divisões regionais. Na porção ocidental, por exemplo, próximo à Serra do Espinhaço, onde nasce o Rio Jequitinhonha, as terras são altas, com predominância das chapadas cuja vegetação natural é o cerrado. Essas são entrecortadas por córregos, ribeirões e pequenos rios que, numa porção mais baixa formam as grotas.
Já na porção oriental, as terras são mais baixas e os índices de temperatura são mais elevados devido à diminuição da altitude — é onde predomina a vegetação do tipo savana. E, onde um dia foi Mata Atlântica, encontra-se hoje uma extensa plantação de capim colonião que serve para alimentar as fazendas de gado, principal atividade econômica nesta faixa.
A desigualdade social entra como uma das características mais fortes do Vale, uma das mais pobres e estagnadas regiões de Minas Gerais. De um lado, a extrema pobreza em que vive grande parte de sua população — que sofre com problemas nas áreas de saúde, saneamento e educação, sem contar as constantes lutas contra a seca. O progresso por ali, as vezes parece que fez uma curva, e retornou. A agropecuária é caracterizada pela pecuária de corte e uma agricultura na qual predomina a pequena produção de alimentos básicos, atividades, em sua maioria, descapitalizada e com baixa utilização de insumos e de equipamentos modernos. O Vale dispõe de uma precária base industrial, composta basicamente por pequenas e micro empresas que absorvem uma parcela mínima da mão-de-obra disponível.
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