Apesar de o editorial anterior ter versado sobre o engatinhar de Diamantina na área de grandes eventos, não há como descartar o assunto sem acrescentar que este patrimônio da humanidade tem tratado com amadorismo a valiosa e forte vocação turística que a história, a cultura, a religiosidade, as tradições, a gastronomia, a arquitetura e seu jeito de ser lhe concederam. Na semana passada, eu enaltecia a realização de um evento que desde 1982 é aqui sediado. Em sua 16ª edição bianual trouxe à cidade 700 participantes, ofereceu espaço para que artesãos da região vendessem seus produtos e proporcionou a congressistas e anfitriões dois magníficos espetáculos musicais. Mas quando se sabe que um congresso da Maçonaria com mais de mil inscritos teve de ser cancelado quando seus participantes não conseguiram vagas em hotéis em razão do Seminário da Cedeplar, alguém, ingenuamente, poderá argumentar que tão lamentável perda ocorreu fortuitamente. O que não passará de tolo desejo de enganar-se a si mesmo. Falhas como esta revelam claramente que a cidade, como um todo, não está afinada, sincronizada, em diálogo inteligente, constante, produtivo.
Tais digressões vieram à tona menos pelo grande movimento de visitantes que os olhos viam e mais pelos alertas à degradação urbana que a sensibilidade registrava. De fato, em meio a centenas de motocicletas de variadas e altíssimas cilindradas manejadas por jovens, adultos e maduros pilotos em bonitas vestimentas de couro, de botas, luvas, óculos, vistosos capacetes e outros sofisticados apetrechos que tão bem caracterizam os amantes das aventuras sobre duas rodas motorizadas, quem imaginaria que no glorioso rasto dessa tribo alegre e afoita - cujo prazer é dar asas às suas poderosas máquinas - um bando de outros personagens degradava o Largo do Mercado Velho, point do 4º Encontro Nacional de Motociclistas de Diamantina?
Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 686, de 04 de outubro de 2014
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