A reportagem “Escola, só com 16 quilômetros de caminhada”, da jornalista Leida Reis, está entre os finalistas do Prêmio CNT de Jornalismo. Ela foi publicada na edição de 27 de junho deste ano, no Caderno Minas do Hoje em Dia, e retratou o sacrifício de estudantes que moram na comunidade quilombola de Covão, em Diamantina, Vale do Jequitinhonha, e precisam caminhar por oito quilômetros para chegar à sala de aula, e outros oito para retornar às suas casas.
Crianças e adolescentes são obrigados a andar durante duas horas até a estrada, e, então, entram no ônibus escolar, cujas condições são precárias. Gastam, em média, quatro horas na ida e o mesmo tempo no retorno para suas casas. “Os professores atestam o desempenho nada satisfatório de crianças e adolescentes que enfrentam o martírio da caminhada até o ponto de ônibus”, relata a reportagem. A intenção foi mostrar como a falta de estrutura viária prejudica a educação. Para fazer a reportagem, a jornalista, acompanhada do repórter fotográfico Wesley Rodrigues e o motorista Washington Wallace, acompanhou o grupo de estudantes da estrada que dá acesso ao ponto de ônibus até a sala de aula.
O resultado da 18ª edição do Prêmio CNT será divulgado na segunda quinzena de novembro. Os demais veículos finalistas na categoria Impresso são a “Folha de S.Paulo” (três reportagens), o “Estado de São Paulo” e o “Correio Braziliense”. Neste ano, houve seis finalistas, e não cinco como de costume, o que se explicou pelo empate de notas e alto nível das matérias inscritas, segundo a comissão julgadora.
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