Fontes: Revista Veja (clique aqui) e Prefeitura de Diamantina
Na ultima segunda-feira (21), durante Festival de Cannes, na França, foi exibida a cópia restaurada do filme ‘Xica da Silva’, do afamado diretor Cacá Diegues, gravado em Diamantina no ano de 1976.
Compareceram à sessão representantes do governo brasileiro, como a ministra da Cultura Ana de Hollanda e o presidente da Ancine (Agência Nacional de Cinema) Manoel Rangel.
A exibição fez parte de uma homenagem ao cinema brasileiro promovida pelo Festival de Cannes. Foram exibidos também os filmes "Cabra Marcado Para Morrer" (1985) de Eduardo Coutinho e "Ópera do Malandro" (1987) de Ruy Guerra. Além disso, o documentário de Nelson Pereira dos Santos, "A Música Segundo Tom Jobim" (2011), foi exibido em sessões especiais.
“Xica da Silva é um filme especial porque ele foi feito em um momento de mudanças no país, quando se começou a falar sobre o fim da ditadura militar. É uma fábula sobre uma mulher que conquista a própria liberdade, carregado de simbolismos sobre a época em que foi lançado”, contou Diegues em seu discurso de apresentação.
O Filme foi restaurado pela Cinemateca Brasileira
“Xica da Silva”, filme de Cacá Diegues que conta a história de uma escrava que tornou-se a primeira dama negra de nossa história, está totalmente restaurado. O lançamento aconteceu no dia, 3 de maio, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo e contou com presença da secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana. O longa, de 1976, fez parte do Programa de Restauro da Cinemateca Brasileira, do MinC.
Segundo a diretora da Cinemateca e coordenadora técnica do Programa, Patrícia de Filippi, devido ao sucesso do filme, muitas cópias foram feitas. “Naquela época, infelizmente não existia o hábito de se fazer materiais intermediários para reproduzir obras sem sacrificar o negativo original. Com a confecção de muitas cópias diretamente a partir do negativo, esse material estava muito riscado, apresentando rasgos e mutilações em alguns trechos”.
Depoimentos
“Protagonizar o filme, na época, foi um grande desafio. Eu tinha pouca experiência em cinema, foi o meu terceiro filme. Um pouco antes, atuei em “Vai trabalhar, vagabundo”, de Hugo Carvana, mas não era um papel tão importante como o de protagonista de “Xica da Silva”. O personagem era muito complexo, pois além de ser um tema polêmico para a época – uma negra passar de escrava para rainha –, era uma protagonista negra, fato novo para o momento, e, nessa época, já havia certa preocupação com os papéis destinados aos negros. [...]”
Zezé Motta, atriz, protagonista de “Xica da Silva”.
“Xica da Silva foi um de meus filmes que mais me deu alegria. Primeiro, durante as filmagens, pela química entre equipe e elenco que tornou o trabalho de quase cinco meses, em Diamantina (MG), um prazer inesquecível. Depois, no lançamento do filme, pelo enorme sucesso que ele fez no Brasil e, em seguida, no exterior. Foi o primeiro filme da distribuidora da Embrafilme a obter uma bilheteria consagradora, que garantiu a boa partida da empresa na área da distribuição. [...]”
Cacá Diegues, cineasta, diretor de “Xica da Silva
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