Autor: Joaquim Ribeiro Barbosa - “Quincas”
Eu nunca pensei que chegaria a idade tão proveta assustado com a pasmaceira de Diamantina. Depois de tanto repetir que esta cidade se sujeitou ao nefasto sortilégio de resignar-se a sofrer perdas irrecuperáveis com a mesma passividade com que aufere pequenos e ilusórios ganhos, descobri, quase por acaso, que ela está prestes a ser vítima da maior, mais irreparável e inadmissível das derrotas. Já fomos vencidos por fatores da natureza que, mesmo pródiga por quase três séculos, exauriu-se dos diamantes; já nos depenaram de órgãos importantes como vingativa retaliação ao magnetismo insuperável do mais ilustre de nossos conterrâneos; assim como temos vivido retrocessos causados por nossa própria incompetência para superar a orfandade política que há tão longos anos nos impomos através das urnas. Mas a perda que já se vislumbra no horizonte, fugidia como os melhoramentos pactuados com o Prodetur NE II, palpável como a tolerada inutilidade do Aeroporto JK e malcheirosa como o saneamento de nossos córregos-esgotos, está mais próxima do que imaginamos. E o pior: ela é muito mais grave do que o desatino da nossa autoridade maior diante de uma CPI que mal engatinha; mais desnorteante do que os processos que lhe foram movidos nos tribunais; e tão corrosiva para o seu futuro quanto as nocivas desinteligências que lhe têm sido infligidas. Pouco ou nada se tem ouvido falar sobre a instalação em Diamantina do Parque Tecnológico da UFVJM em estreita sintonia com o Ifet. E menos ainda se ouvirá, pois este velho e desprotegido burgo está na iminência de perder essa conquista, só comparável em importância à criação da UFVJM.
O diamantinense precisa ler atentamente o artigo publicado na página 04 desta edição, assinado pela Associação Comercial. E, mais que isso, tem de unir-se numa forte e irrefreável corrente de indignação. A atitude incompreensível e inexplicável com que o reverendo-alcaide e sua claque de assessores vêm conduzindo assunto tão determinante para a cidade e para a região, muito mais que irresponsável, é altamente lesiva. A argumentação do padre de que não pode desmembrar um lote de 200 metros quadrados de um terreno da Estamparia S.A. é de uma sandice desconcertante.
Continua na Voz de Diamantina Edição 561 de 12 de maio de 2012
Confira nesta edição:
- Balaio de Pitacos
- Empresários se mobilizam para que Diamantina seja a sedo do parque tecnológico da UFVJM
- Mais um endereço da boa gastronomia diamantinense
- Um passeio ecológico, turístico, gastronômico e cultural
- A evolução do nosso sistema prisional
- Um programa diferente
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