RIO - O Rio de Janeiro pode ser declarado, em 2012, Patrimônio Mundial da Humanidade, na categoria de paisagem cultural. A decisão será tomada na 36ª Sessão do Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, que acontecerá ano que vem, ainda sem uma sede definida. Paisagens mundialmente famosas, como o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca ou a Praia de Copacabana, além da relação do homem com a natureza, serão os trunfos da candidatura da cidade, cujo dossiê foi encaminhado à Unesco no último mês de janeiro.
Até agora, os lugares reconhecidos pelo Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade se relacionam a áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. E se a candidatura do Rio for aprovada, será a primeira paisagem cultural urbana na lista de patrimônios mundiais, abrindo espaço para uma nova visão e abordagem sobre os bens culturais, conceito adotado pela Unesco em 1992.
A elaboração da proposta do Rio foi coordenada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com participação do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), da prefeitura do Rio, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Fundação Roberto Marinho.
Atualmente, o Brasil tem 18 bens culturais e naturais na lista de 911 reconhecidos pela Unesco.
Os bens naturais são: o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná (1986); a Costa do Descobrimento, entre a Bahia e o Espírito Santo (1997); o Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí (1998); a Reserva Mata Atlântica, em São Paulo e no Paraná (1999); o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas (2000); o Pantanal Mato-grossense, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul (2000); os parques nacionais dos Veadeiros e das Emas, em Goiás (2001); e o Parque Nacional de Fernando de Noronha (2001).
Já os bens culturais são: o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Ouro Preto, em Minas Gerais (1980); o Centro Histórico de Olinda, em Pernambuco (1982); as Ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul (1983); o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, em Minas (1985); o Centro Histórico de Salvador, na Bahia (1985); o Conjunto Urbanístico de Brasília, no Distrito Federal (1987); o Centro Histórico de São Luís, no Maranhão (1997); o Centro Histórico de Diamantina, em Minas (1999); e o Centro Histórico de Goiás, em Goiás (2001).
No ano passado, na 34ª Sessão do Patrimônio Mundial, realizada em Brasília, a Praça de São Francisco em São Cristovão, Sergipe, se tornou o 18º bem brasileiro reconhecido pela Unesco.
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