domingo, 6 de março de 2011

Chuva e falta de luz (e de água) fazem foliões desistirem da festa em Diamantina

Fonte: UAI

Paulo Filgueiras | EM | D.A Press

Antes mesmo da data mais esperada no Brasil chegar ao fim, foliões em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, anteciparam a quarta-feira de cinzas. Desiludidos com São Pedro, que até este domingo não tinha ouvido as preces dos carnavalescos mantendo as tempestades e a garoa, muitos deram adeus ao carnaval na cidade, voltando para casa de manhã.

 Além das águas de março atrapalharem a folia, cancelando apresentação de blocos, como o infantil Rato Seco, previsto para a tarde deste domingo, a falta de luz e o valor de R$ 2 para o uso do banheiro público irritaram os visitantes em uma das festas mais tradicionais de Minas Gerais.

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O domingo amanheceu com nevoeiro na cidade, a chuva fina trouxe também a queda na temperatura. Para piorar a situação, a falta de luz foi outro estopim para o adeus à cidade. Na noite de sábado, um raio caiu próxima à estação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), deixando todo o município sem luz, como explica a secretária de Cultura, Turismo e Patrimônio da cidade, Márcia Betânia. Segundo ela, até a manhã deste domingo, muitas residências distantes do Centro Histórico ainda sofriam com a falta de energia. “Mas a Cemig já está resolvendo o problema”, garantiu.

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Mas há quem pouco se importou com tudo isso. Muitos turistas, que conhecem a fama da boa folia da cidade, disseram que só na quarta-feira de cinzas que deixarão o carnaval. Mesmo com a chuva fina e a temperatura em torno dos 20 graus, 12 amigos, entre eles cariocas, gaúchos, pernambucanos e paulistas, vestiram sungas e resolveram fazer um churrasco no meio da rua do Centro Histórico.

Comentário: além da chuva e falta de energia, segundo o relato de alguns foliões muitas casas estão sem água. Hoje, segundo dia oficial de Carnaval, quatro adolescentes de Brasília acabam de bater na porta de nossa casa querendo “comprar” um banho.

Ficam as perguntas:

A cidade está preparada para essa quantidade de pessoas?

Será que existe um outro modelo que valorize a qualidade da festa em detrimento ao modelo da quantidade?

A quem interessa esse modelo atual?

Quem ganha com esse carnval?

O cidadão que aqui vive durante os outros 361 dias do ano tem algum retorno ou benefício proveniente do carnaval?

Novamente, lembrei-me de minha mamãe (clique aqui para entender)

Um comentário:

  1. Acho que o comentário dessa jornalista resume tudo: http://tvig.ig.com.br/359400/jornalista-causa-polemica-na-internet.htm

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