segunda-feira, 25 de abril de 2011

E como andará o Tijuco?

Fonte: Blog Micuim

Tese conclui que falta de planificação compromete Ouro Preto e seu patrimônio

segunda-feira, 25 de abril de 2011, às 7h33

Primeira cidade brasileira com status de patrimônio histórico e cultural da humanidade, Ouro Preto parece não saber aproveitar-se dessa condição para promover o desenvolvimento sustentável, gerando benefícios socieconômicos para a comunidade local e satisfação do visitante. O município não cumpre exigências da Unesco em relação à exploração dos recursos culturais e naturais – entre elas a de que a atividade turística deve ter como objetivo erradicar ou minimizar a pobreza – e se vê às voltas com um turismo de massa que compromete a preservação de seus tesouros.

“Faltam maior controle da ordenação urbana, delimitação precisa da área preservada como centro histórico, que deve corresponder à que foi reconhecida pela Unesco e planificação da atividade turística”, resume a pesquisadora Antonia Reis Duarte, funcionária aposentada da UFMG e que defendeu, no ano passado, na Espanha, tese de doutorado sobre o tema.

…a ocupação desordenada da cidade e o turismo não planejado produzem impactos negativos como descaracterização da imagem urbana que resultam em danos físicos e ambientais, tráfego intenso no centro histórico, poluição sonora, visual e ambiental e perda da identidade local. “A planificação deve ter enfoque amplo, considerando as necessidades das empresas, dos visitantes e anfitriões. É preciso criar sinergias entre o turismo e entorno social, econômico e ambiental” defende Antonia Reis Duarte.

“A todos relatei o diagnóstico da cidade e as principais conclusões”, conta.
Um dos principais resultados revela que 43,6% dos residentes no município vivem com renda mensal de apenas R$ 600. O problema, segundo a pesquisadora, é que a atividade turística acaba, na prática, circunscrita à economia informal e concentrada nas mãos de poucos, o que impede uma justa distribuição dos benefícios.

(Para ler mais: http://www.ufmg.br/online/arquivos/019027.shtml)

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