Febrônio Índio do Brasil, nascido em 1898, em São Miguel do Jequitinhonha, no Baixo Jequitinhonha, morreu em 1984, internado no Manicômio Judicial do Rio de Janeiro. Era um psicopata, assassino, estuprador, e oh, horror, mesmo homossexual.O que resta a liberar, numa pessoa assim, e, argumento definitivo, morta?
Por que Febrônio é talvez um dos maiores escritores da nossa Jequitinhonha, quiçá de nossa Minas Gerais, quem sabe do Brasil. Como ter certeza disso? Com a liberação do livro “O Espiríto da Luz”, de sua autoria, um semi-analfabeto, uma das obras mais comentadas e menos lidas nesse nosso Brasil.
Desse livro, resta um exemplar, guardado no “Inferno”. Os demais foram destruídos pela polícia. O único que resta, vendido pelo próprio Febrônio ao sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, num buteco da Lapa, foi doado por este ao escritor Oswald de Andrade e pertence hoje à Biblioteca da USP.
Toda grande biblioteca desse mundo, como a Bibliothèque Nationale, da França, a do Vaticano, tem o seu “Inferno”, onde ficam relegadas obras que, na época de sua edição, poderiam ter feito um grande mal aos leitores (assim pensava a censura).
Carlos Augusto Machado Calil, professor de cinema da Universidade de São Paulo devotou-lhe um opúsculo intitulado O livro de Febrônio São Paulo: [Editora USP], 2001.
Esse opúsculo parece ter sido tirado de circulação, e o autor não responde às solicitações. Não se conseguem informações sobre o exemplar original guardado nos subterrâneos da USP, no “Inferno” da Universidade.
Segundo a Wikipedia, Febrônio “ficou vagando pelas localidades vizinhas à sua cidade-natal, até que chegou a Diamantina, onde foi alfabetizado e ganhou a vida como copeiro. Clique aqui para saber mais sobre Febrônio Índio do Brasil
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